Contestado em sua chegada, Rafinha vira exemplo no São Paulo

Rafinha chegou ao São Paulo bastante contestado após ser rebaixado com o Grêmio no ano passado. Entretanto, passadas as primeiras rodadas do Campeonato Paulista, o lateral-direito já acabou com qualquer tipo de dúvida no Tricolor em relação a sua conduta no dia a dia de trabalho.

“Eu acho que a chegada do Rafinha é muito importante. Excepcional o comportamento dele diário, quando joga e quando não inicia o jogo como titular. Você vê o brilho de um cara de 36 anos que ainda tem prazer de jogar futebol, de servir ao grupo”, comentou Rogério Ceni.

Mesmo com pouco tempo de casa, Rafinha já vem exercendo um papel de liderança, dando exemplo diariamente no CT da Barra Funda. Mas, o fato de a presença do experiente jogador no elenco causar impactos que vão além das quatro linhas não é novidade.

Parte do time supercampeão do Flamengo em 2019, Rafinha era um dos pilares do elenco rubro-negro e peça fundamental para que as estrelas não deixassem seu ego comprometer o relacionamento diário no Ninho do Urubu, conforme ele mesmo admitiu em sua coletiva de despedida do clube, em 2020, antes de se transferir para o Olympiakos, da Grécia.

“Esses moleques sabem muito o quanto eu me dediquei para que o grupo seguisse fechado. Tenho esse espírito de liderança, coloquei algumas regrar que uns gostavam, outros não. Mas, sempre tentei deixar o vestiário com o melhor ambiente possível. Por isso, fiz muitos churrascos. Todos têm problemas em casa, mas tentei deixar o ambiente de trabalho bem”, disse Rafinha à época.

Neste domingo, na vitória sobre a Ponte Preta por 2 a 1, em Campinas, Rafinha não foi acionado pelo treinador são-paulino. Após iniciar a partida contra o Santo André, na última quarta-feira, como titular, o experiente lateral-direito foi poupado no fim de semana, ficando como opção no banco de reservas.

“Eu tento fazer o melhor time que eu posso pra cada jogo, é o que tento fazer, e analiso para que alguns jogadores não tenham lesões. Jogadores mais velhos a gente tenta encaixar, os mais jovens trabalham e suprem a necessidade. O Igor Vinícius é força e profundidade, Rafinha é construção, não precisa nem chegar no fundo para cruzar, tem cruzamento perfeito. São características diferentes, mas você tenta dar minutagem para que todos cheguem bem no meio da temporada”, disse Ceni.

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