O Conselho Deliberativo do São Paulo foi convocado para votar, na próxima terça-feira (05 de setembro) o projeto que prevê eleição direta para presidente do clube. A proposta foi apresentada por um grupo de 50 conselheiros, a gigantesca maioria ligado à oposição.
O presidente do Conselho, Olten Ayres de Abreu, foi muito ágil. A propositura deu entrada no dia 18 de agosto, foi imediatamente encaminhada à Comissão Legislativa que já deu seu parecer no dia 22 de agosto.
A comissão sugeriu a rejeição da proposta entendendo que “aspecto significativo e de acentuada importância e sensibilidade, no sentir desta Comissão Legislativa, contudo, diz respeito à conveniência da Proposta, que, no caso, parece-nos inconveniente, dada a insegurança jurídica e instabilidade associativa a que se propõe instaurar, e que serão decorrência da admissibilidade da proposta, uma vez desmedido e imponderável cogitar-se alterar (e tão substancialmente) regras do (jogo de um) processo eleitoral interno em marcha, e em ano eleitoral”.
Acontece que a proposta prevê eleição direta a partir de 2026 e não agora. Portanto, não é um golpe, como o que foi praticado pela diretoria, ao aprovar a reeleição já para a atual gestão, ou seja, mudando a regra do jogo com a partida em andamento. Portanto, não há qualquer instabilidade associativa, nem jurídica (como a que houve, repito, no golpe da reeleição).
A Comissão conclui que ” na visão da Comissão Legislativa manter o sistema vigente, trazendo confiabilidade e “calculabilidade” (sic) para os partidos e candidatos é mais importante do que democratizar o processo de eleição do presidente do SPFC.”
Perceberam: a Comissão entende que é melhor a situação ficar do jeito que está, nas mãos de 260 conselheiros, do que democratizar a eleição no clube, permitindo, primeiro, que seis mil sócios patrimoniais votem para num segundo passo incluir mais de 50 mil sócios torcedores. Ou seja: a tal Comissão Legislativa é contra a democracia.
O parecer desta comissão, como o próprio nome já diz, não é definitivo nem exigível para que os conselheiros o acompanhem. O que quer dizer que cada um vota no que achar melhor para o clube.
Então, de forma híbrida, na próxima terça-feira, os conselheiros que forem a favor da democracia, da transparência, votarão SIM, aprovando a proposta; os que forem a favor da ditadura, do obscurantismo, da opacidade, votarão NÃO. Pelo que pude apurar, muitos conselheiros não vão querer votar contra o sócio e vão se ausentar da votação. Isso conta para a não aprovação, pois uma reforma estatutária só vai para a Assembleia Geral se for aprovada no Conselho Deliberativo por 50% mais um dos votos do Conselho. A ausência, ou mesmo abstenção, portanto, é voto NÃO.
O Tricolornaweb vai divulgar os nomes de todos os conselheiros, como votaram. Se sim, se não, se se abstiveram ou se se ausentaram. Os nomes, com os respectivos grupos a que pertencem, ficarão em destaque em nossas páginas até a eleição deste ano.
Paulo Pontes
Temos um parlamentarismo no SPFC, vocês querem propor uma eleição direta… não acho que os sócios que eleger mal seus representantes fariam melhor em voto direto. Seria mais fácil aparecer um “ditador” topo Eurico Miranda e se perpetuar no cargo.
Agora vocês novamente vem com esse papo de meu lado é democracia o outro não, vimos isso no Brasil, sabemos onde termina…
Brida! Há um equivoco. O Regime no SPFC é presidencialismo.
A alteração para voto direto, dará à todos, uma melhor condição de avaliarem o administrador candidato.
Abraços
Parabéns a todos os envolvidos na elaboração da proposta, e aos que a subscreveram.
Um parecer baseado na “inconveniência” não me parece uma argumentação muito forte. Um bom exemplo de esforço para manutenção do “status quo”.
Que os Conselheiros votem visando o bem maior da Instituição e aprovem a proposta.
Paulo, sugiro colocar também os nomes dos partidos antidemocráticos, que estarão atuando contra os sócios e clube, no primeiro momento, e contra os sócios torcedores, no segundo plano.
Aberração desses imbecis, que se apoderaram do SPFC.