O  Conselho Deliberativo aprovou por 163 votos a 42 (com com cinco abstenções) o Orçamento Conto de Fadas para 2025. Assim, segundo essa egrégia diretoria, cujo presidente acaba de colocar um botox, teremos um superávit de R$ 44,8 milhões no próximo ano. Só quero lembrar que para este ano o orçamento previa superávit de R$ 300 mil reais e teremos um déficit superior a R$ 200 milhões.

Aliás, posso antecipar que o terceiro trimestre deverá fechar com déficit de R$ 35 milhões de reais. Somados aos R$ 191 milhões já confirmados pelo próprio presidente, teremos o fechamento do ano com déficit recorde de R$ 226 milhões, o que levará nossa dívida total ao patamar de R$ 1,082 bi.

Na votação encerrada às 17h desta terça-feira, 40 conselheiros  sequer votaram. A votação era eletrônica. Bastava teclar S, N ou A (Abstenção). Esses 40 conselheiros se preocupam tanto com o clube que não se deram ao esforço de fazer um clique, provando que, além dos que aprovaram, não estão lá bem assim para zelar pelo São Paulo e, principalmente, cumprir o papel de um conselheiro que é fiscalizar a diretoria.

Mais uma vez ficou provado que o voto de cabresto ganha força a cada dia no clube. Fiquei sabendo de alguns conselheiros que migraram recentemente da oposição para a situação que gostaria de votar Não. Mas foram obrigados por seus “donos” a votarem Sim. Os donos a que me refiro são Júlio Casares, Olten Ayres de Abreu, Douglas Schwarzmann e Carlos Belmonte.

Esse  é o nosso São Paulo, aquele que outrora nos dava orgulho de torcer e que hoje nos dá depressão de ver existir.

Por outro lado, hoje publiquei uma matéria sobre a coleta de assinaturas para convocar Júlio Casares a prestar esclarecimentos sobre a venda de Cotia, a reforma do Morumbi e o FIDC. 48 assinaram até este momento. São necessárias 50 assinaturas. Percebam a dificuldade que é encontrar, entre 260 conselheiros, 50 (menos de 20%) que amam, realmente, a instituição e não estão lá só pensando em si mesmo.

Mais empréstimos

O Conselho Deliberativo vai se reunir no dia 26 de dezembro para aprovar mais vários empréstimos bancários com Bradesco, Banco Rendimento e Banco BMP Sociedade Crédito Direto. Isso tudo antes de janeiro chegar, pois aí, para manter o acordo do FIDC, esta festa do boi gordo vai ter que parar.

Paulo Pontes