Titular absoluto do São Paulo até o início de abril, o lateral-esquerdo Welington foi sacado da equipe pelo técnico Thiago Carpini após a derrota por 2 a 1 para o Talleres, na Argentina, e nem sequer saiu do banco nas últimas duas partidas do time, contra Cobresal, na Libertadores, e Fortaleza, no Brasileirão.

Acostumado a jogar pela esquerda na linha de quatro defensiva, o jogador perdeu espaço após más atuações e deixou o time com a mudança do esquema para o 3-5-2, que hoje conta com o meia Michel Araújo jogando como um ala pela esquerda, apoiando muito o setor de criação.

Com contrato até 31 de dezembro, nenhum acordo para renovar e especulações sobre o interesse de outras equipes brasileiras, o jogador teve queda de desempenho em 2024, sem gols nem assistências.

Questionado se os fatores extracampo contribuem para a mudança de status, Carpini negou a relação:

– Em relação a futuro, contrato, isso é institucional e não me meto. A minha escolha por não utilizá-lo nas últimas rodadas foi pelo o que seria melhor para o São Paulo. Ele não estava entregando, mas entregou em outros momentos e vai continuar nos ajudando, vai ter oportunidades. São muitos jogos, nosso grupo é enxuto. Ele tem parte ofensiva muito forte, a parte defensiva são algumas situações que precisamos ajustar, entendi que nestes jogos com três zagueiros estivemos mais respaldados.

– Mas não vai parar este âmbito, não (de situação contratual). Não trato as escolhas desta maneira, temos outros atletas com contrato acabando ou não. Se estão no grupo à disposição, podem ser chamados a participar e nos ajudar – explicou o treinador.

Por enquanto, um acerto entre Welington e São Paulo parece distante. O clube já fez duas propostas, nenhuma agradou ao lateral – o relato é de que há grande diferença entre as expectativas do clube e do atleta, que já poderá assinar um pré-contrato com outro time a partir do meio do ano.