Depois da derrota para o Arsenal, Rogério Ceni foi um dos primeiros jogadores do São Paulo a admitir que o time não vinha bem – “nem no Paulista” –, mas, nesta quinta-feira, encerrada a vitória sobre o São Bernardo, a atuação criticada pelo goleiro foi a da imprensa. Em sua opinião, a turbulência criada nas últimas semanas não partiu do elenco ou da comissão técnica.
“Isso aqui só vai acabar quando chegar o dia 4. Até lá vocês vão fazer a festa, vão criticar. Futebol é assim. Vocês precisam disso. E a gente até alimenta. O time jogou bem hoje, teve posse de bola. Isso aqui só vai acabar no dia 4, e espero que com uma vitória com chances de classificar na última rodada”, falou o camisa 1, referindo-se ao duelo com o The Strongest, em La Paz.
Daqui a duas semanas, os comandados do técnico Ney Franco precisam de uma vitória sobre o lanterna de seu grupo para não aumentar o risco de desclassificação precoce às oitavas de final da Libertadores. Até lá, haverá ainda mais três compromissos no Estadual, no qual a equipe afasta um pouco a fumaça da desconfiança questionada por Ceni.
“Você abre o jornal, tem fumaça. Liga a televisão, tem fumaça. Mas, às vezes, a gente não tem maturidade. Na situação momentânea, impulsiva, a gente dá material, dá muita corda para vocês (jornalistas), para que vocês encham a grade de programação. E a gente apanha. Temos que evoluir nas respostas. São coisas muito simples, e não aconteceu nada”, voltou a dizer, confiante na conquista da vaga na Libertadores.
“O torcedor tem desconfiança, mas nós temos total confiança. No Paulista, é tudo muito bonito ganhar, mas só valem os quatro jogos finais. E você tem de ganhar porque vira tudo ruim. Em se classificando na Libertadores, a gente pode crescer, entrar desprestigiado e ir mais longe do que seria com uma classificação tranquila”, concluiu o capitão são-paulino.
Fonte: Gazeta Esportiva