O Conselho Deliberativo debate nesta segunda-feira à noite o orçamento do clube para 2025. A sessão foi convocada pelo presidente Olten Ayres de Abreu e será de forma híbrida. A votação será eletrônica, começando às 22h se encerrando às 17 desta terça-feira.
Apesar de contar com maioria massacrante dentro do Conselho Deliberativo, Julio Casares e sua diretoria de fantoches vai ter dificuldade em fazer o “orçamento conto de fadas” ser aprovado. Depois de muita discussão neste final de semana, a partir do editorial do Tricolornaweb intitulado “Vende-se”, muitos conselheiros abriram os olhos e acordaram para a realidade que o clube vive.
Como pode um orçamento prever para 2025 superávit de R$ 44 milhões (em números redondos)? Vamos puxar na memória e lembrar que em 2023 o Conselho Deliberativo aprovou um orçamento prevendo superávit de R$ 300 mil (sim, 300 mil reais) e tivemos um déficit que vai ultrapassar R$ 200 mi (sim, 200 milhões de reais). Uma pequena questão de zeros e colocação de vírgula.
Nos últimos dias a crise entre a diretoria de futebol e a presidência, que não é de hoje segundo as informações que temos veiculado, ganhou força e tomou a grande imprensa. Isso fez com que Júlio Casares convocasse uma reunião, ou melhor, uma foto para tentar mostrar a união, apesar da cara de missa de sétimo dia dos presentes; exceção feita ao presidente, sorridente para mostrar seu botox.
Os conselheiros também acordaram para o seguinte ponto: não cumprimento de orçamento, com furo no teto, remete ao Estatuto do clube que prevê impeachment. Os conselheiros podem ter relevado no primeiro e no segundo ano. Mas no terceiro, o estouro foi abissal (repito, de 300 mil de reais e superávit para 200 milhões de reais de déficit).
Para evitar levar para frente algo que tumultuaria ainda mais o já agitado e abalado bastidor do clube, estão discutindo sobre a possibilidade de rejeitar esse “orçamento de conto de fadas” e esperar que a diretoria envie outro, mais próximo à realidade.
Não tenho dados concretos sobro como o clube alcançaria a receita de R$ 859,9 milhões, contra despesa de R$ 815,1 mi, o que geraria o tal superávit de R$ 44,8 mi. Talvez vendas de jogadores (quais, por quais valores?) mas que não seriam efetuadas em dezembro, e sim em janeiro, para já ser receita entrando no ano fiscal de 2025. O problema é que o futebol já chamou a Galápagos para conversar e tentar fazer algum acordo, pois o valor destinado a ele, ou seja, R$ 350 milhões, é apenas para que o time fique todinho no CT da Barra Funda, sem tirar o bumbum da cadeira para qualquer viagem ou qualquer locomoção. Portanto, pura ficção.
E ficção é o que podemos falar deste diretoria, que mente por todos os cantos e a todo momento. Por isso espero ter acordado e mexido com a são-paulinidade dos conselheiros, principalmente os mais antigos, para que deixem de votar no piloto automático e percebam o que está acontecendo com o clube e para onde essa diretoria maléfica está levando o São Paulo.
Por isso estou convicto de que o voto NÃO ao “orçamento conto de fadas” esta noite pode prevalecer.
Paulo Pontes