Carlos Belmonte, diretor de futebol do São Paulo, explicou por que a passagem de James Rodríguez pelo tricolor não teve o sucesso esperado.

De acordo com o dirigente, James não se encaixou no pensamento de jogo dos últimos técnicos do São Paulo.

A chegada do meia colombiano contou com o aval do então técnico Dorival Júnior e sua comissão técnica. Agora, James e o São Paulo estão estão negociando um acordo de rescisão amigável. Ele foi liberado da reapresentação nesta segunda-feira (22).

O James nunca deu problema aqui, é um jogador que trabalha como os demais. É uma questão de pensamento de jogo, e no pensamento dos últimos três treinadores, Dorival, Carpini e agora o Zubeldía ele não se adequou. O James no futebol colombiano é o Pelé, é o jogador mais importante da história lá, até para os meninos que hoje estão na seleção, tem ele como um ídolo. Aqui ele é um ótimo jogador, mas é mais um no nosso meio. Então o relacionamento do elenco no ponto de vista do quanto os outros vão fazer para que o James jogue tem diferença.
Belmonte, ao UOL.

A gente não contrata jogadores que não tenham o aval da comissão técnica. Quem contrata é diretoria, porque o treinador amanhã pode ir embora e se eu contratei só quem ele quer e eu não acredito o jogador fica aqui. Também não contratamos jogadores que o técnico não quer, porque aí ele não vai colocar para jogar. Quando tomamos a decisão naquele momento, praticamente simultânea de trazer o Lucas e o James, isso estava conversado e aprovado pela comissão técnica do Dorival.

O ‘histórico’ de James nos últimos anos de Europa foi visto como algo que poderia ser mudado. Antes de chegar ao tricolor, o colombiano teve passagens apagadas por Olympiacos, Al-Rayyan e Everton.

É claro que a gente tinha ideia do histórico e é claro que o treinador também tinha, mas uma coisa é um histórico no futebol europeu, outra é de tentar encaixar no processo de jogo aqui. Quando conversamos com o Dorival, nós tivemos um retorno que iria ajudar, depois porque isso não acabou acontecendo é uma questão técnica que envolve o treinador, mas naquele momento tinha o aval. Sabíamos dos riscos, assim como eram os do Lucas, que vinha de contusões, mas o Lucas tinha a relação com a instituição, que era gigantesca. A chegada do James com o Lucas nos colocaram em outro patamar naquele momento.
Belmonte.

Fonte: Uol