O técnico Luis Zubeldía foi expulso na partida entre Atlético-MG e São Paulo no último domingo, no Mineirão, pela segunda rodada do Campeonato Brasileiro. Na súmula, o árbitro Ramon Abatti Abel registrou que o são-paulino recebeu cartão vermelho por “bater palmas irônicas em forma de protesto e avançar em direção à arbitragem de campo”.
Zubeldía reclamou depois de Lyanco, que já tinha cartão amarelo, acertar o zagueiro Ferraresi. O técnico pedia a aplicação do segundo cartão para o jogador do Atlético-MG, mas acabou advertido.
– Motivo: A8.2. Fizer gestos provocadores, debochados ou exaltados – Após tomar o cartão amarelo, o mesmo bateu palmas de forma irônica, protestando contra as decisões da arbitragem. Após ser expulso, o mesmo entrou no campo de jogo indo em minha direção com dedo em riste protestando de forma acintosa contra as minhas decisões, tendo que ser contido por seus atletas – escreveu Abatti Abel, em súmula.
Depois de receber o cartão vermelho, o treinador argentino entrou em campo para seguir discutindo com a arbitragem e precisou ser controlado por jogadores do São Paulo antes ir ao vestiário.
– Após ser contido por seus atletas, o mesmo voltou e, pela segunda vez, veio em minha direção protestando de forma ostensiva contra a decisão da arbitragem, tendo que ser contido novamente – concluiu o árbitro.
Em entrevista coletiva, Zubeldía questionou os critérios de arbitragem e lamentou que o episódio esteja sendo repetido com frequência em jogos da equipe tricolor:
– Não sei qual é o critério que esse árbitro utiliza. Não é a primeira vez que temos problemas com ele. O segundo amarelo para o Lyanco era claríssimo, não deveria existir essa dúvida. Tem coisas que não posso aguentar. Não sou líder dos árbitros, mas aquele lance do Lyanco era para expulsão. Não me interessa que eu saia na televisão ou nas redes sociais sendo expulso, pois vou fazer isso para defender o São Paulo sempre. Uma e mil vezes.
A expulsão foi a terceira de Zubeldía como técnico do São Paulo. No clube desde o ano passado, ele já havia recebido outros dois cartões vermelhos, todos em 2024.
Expulsar técnico ou jogador por bater palmas é uma palhaçada.
Se o árbitro é tão frágil que não consegue aguentar isso deveria procurar outra coisa para fazer.
A torcida paga ingresso para ver os jogadores, não os árbitros.
Se jogadores, que são ac razão de o arbitro existir, podem tomar pancadas e sofrer provocações com palavrões e empurrões, os árbitros pedem aceitar um pouco de ironia.