Alguém me disse

O caldeirão político ferveu de vez e derramou da panela, como todos estão acompanhando. Ninguém sabe o que vai acontecer daqui para a frente. Até que ponto Carlos Miguel Aidar terá a maioria que tinha, ou que a oposição crescerá, se passará para o lado da situação, se Juvenal se manterá forte.

Um conselheiro vitalício muito ligado a Juvenal me disse essas palavras, quando perguntei a ele se o Conselho aprovará o modelo de projeto de cobertura do Morumbi na reunião do próximo dia 13 de outubro: “Não. A partir de agora não se aprova mais nada no Conselho”. Este mesmo conselheiro me disse que outros atrelados a Juvenal terão a postura de barrar toda e qualquer tentativa de votação.

Outra ala, menos “juvenalina”, mantém apoio a Carlos Miguel Aidar, mas reuniões estão pipocando todos os dias, todas as horas, no Morumbi, com o presidente tentando ver a quantas anda a lealdade a ele. E, ao menos por enquanto, ninguém vai entregar o cargo.

Mas Carlos Miguel Aidar fará uma grande reformulação administrativa em janeiro, quando fica pronto o estudo que está sendo preparado pela auditoria contratada. Até lá ele terá visto até que ponto os atuais diretores são fieis a ele ou a Juvenal.

E claro que nesse contexto a oposição ganha força. Mas entendam bem: ganha força passando para o lado de Carlos Miguel Aidar, com alguns cargos até em setores importantes do clube. Já alguns, que hoje estão muito fortalecidos – caso do vice-presidente Social e de Esportes Amadores -, Antonio Donizete (o Dedé), tem que se cuidar. Aliás, na reunião da última segunda-feira, ele falou mais do que devia e ouvir e viu o presidente dar um murro na mesa e falar que as coisas mudaram. Foi quase um cala boca.

Gosto muito mais de falar sobre o futebol do time que está brigando pelo título do que de política. Mas recebi muitos e-mails de leitores pedindo que eu mantenha todos informados dos bastidores políticos. Por isso vou cumprir esse papel a passar a todos o que as paredes dos corredores do Morumbi estão falando.

 

Paulo Pontes

4 comentários em “Alguém me disse

  1. Esses caras não estão nem ai pro são Paulo, é um bando de velho gagá querendo ficar mamando no time até morrer.
    Essa briga ai é de ego, e a instituição que se dane.

  2. Isso mostra o quanto esses conselheiros não deveriam estar no conselho. DEVERIAM SER EXPULSOS IMEDIATAMENTE DO TRICOLOR!
    “Não passa mais nada”??? Como assim??? O que é benéfico ao clube não interessa? O que é necessidade não interessa? O bom senso não existe? A infantilidade tomou conta, o clube está a mercê de cabecinhas que não tem a seriedade necessária para tocá-lo. Essa briga política está trazendo a tona o quanto é importante a PROFISSIONALIZAÇÃO do nosso futebol. Chega de amadores!!!

  3. Parabéns pela coragem. Precisamos saber o que de fato acontece dentro do clube. Não é possível que ninguém sabia de nada de Cotia, da dívida, dos contratos, das festas e inaugurações. O Dr. Miguel sabia que muito dinheiro foi gasto na eleição para elegê-lo. Não estou concordando com o Dr. Juvenal mas a situação não pode fazer “cara de susto”. A briga certamente, e o Paulo Pontes sabe disso, não é somente picuinha dos dois presidentes. Algo aconteceu para isso surgir “do nada”. O Dr. Juvenal foi expulso do SPFC. Isso não é um fato banal. Algo muito pesado está por trás. Não foi algo momentâneo. O Dr. Miguel já sabia de muita coisa antes mesmo da eleição.

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