78 anos de glória. Mas as coisas precisam mudar

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, o São Paulo comemora neste 16 de dezembro 78 anos de existência, depois de sua refundação. Foram 78 anos de glória, vitórias, conquistas, alguns dissabores, mas de muito amor dedicado por sua torcida, que cresce ano após ano.

Ao longo de nossa existência conquistamos 21 títulos paulistas, um Rio-São Paulo, seis brasileiros, três Libertadores, três mundiais, duas Recopas, uma Supercopa, uma Conmebol e uma Sul-Americana, entre tantos outros torneios internacionais.

É bem verdade que o ano de 2013 não nos deixou nada para comemorar. Ao contrário, talvez não tenha em nossa história um ano que tenha sido marcado por tantas amarguras e desespero como este. Vimos, como nunca, muito de perto a série B do Campeonato Brasileiro. Nos salvamos, mas não  chegamos a lugar nenhum. Fomos eliminados da Sul-Americana por um time rebaixado no Brasileiro. E ficamos longe de qualquer chance de título no Paulista, por exemplo. Uma viagem internacional onde coletamos várias derrotas. Enfim, um ano para esquecer.

Não dá para não culpar a diretoria por essa série de fracassos. Aliás, situação que se agravou a cada ano, a partir do golpe dado no estatuto do clube, com a perpetuação de Juvenal Juvêncio no poder. Aliás, sempre falei a quem quisesse ouvir: tivesse Juvenal cumprido o estatuto e não feito a alteração tirana que fez, teria saído do poder como um dos melhores presidentes da história do São Paulo, pois é inegável que nos quatro primeiros anos no poder seu comando foi absolutamente vitorioso.

Mas como ocorre com todos aqueles que se perpetuam no poder e fazem do clube o seu negócio, o São Paulo padeceu sob a égide de Juvenal Juvêncio e, se antes ele era um presidente vitorioso, sai como um derrotado e responsabilizado por levar o time a este estado de penúria, pois a última impressão é a que fica.

Espero que este aniversário marque, mais do que uma comemoração do passado, o início de uma nova era, com outros dirigentes, novos jogadores e que a mentalidade vitoriosa, que deve permear em nosso clube, volte e vigore para o próximo ano.

Despedida melancólica, espelho do que foi 2013

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, o São Paulo perdeu para o Coritiba em Itu, encerrando um ano que vamos apagar da nossa história. Mas, assim como em Criciuma, semana passada, fez o possível para fechar o ano de forma melancólica, com marasmo, empáfia e desprendimento com a responsabilidade.

Não tenho nem o que falar do jogo deste domingo. Escrever que Antonio Carlos e Edson Silva foram sofríveis? Que Denilson é o jogador que mais coleciona cartões no São Paulo? Que não temos laterais? Que o ataque foi de “riso”?

Bem, concluo que, excetuando-se Muricy Ramalho, Rogério Ceni e Paulo Henrique Ganso, o resto pode colocar num saco e trocar.

Sei que vão gritar aqui nomes como Rodrigo Caio, Aloísio, Luis Fabiano. Tá bom, segura esses três também. O resto, tchau! A não ser que melhorem muito, mas muito, mas muito, mas muito mesmo, não tem condição de vestir o manto sagrado do Tricolor.

Tive a impressão, vendo os jogos contra Fluminense, Botafogo, Criciúma e Coritiba, que foram os jogados depois que nos livramos matematicamente do rebaixamento, que a pressão foi tão grande, a adrenalina chegou a tal ponto, que houve o relaxamento de todos e mergulhamos no marasmo que vivemos o campeonato inteiro.

Vou, então, continuar com minha tese que, mediante tudo o que vinha se passando com o time, nosso objetivo sair do rebaixamento e que o resto seria lucro. Vamos, então, considerar lucro termos fechado o campeonato à frente de nosso maior rival, ainda que por número de vitórias. Vamos comemorar que o São Paulo, mais uma vez, mostrou que time grande não cai. E vamos voltar nossos olhos para 2014. E, principalmente, que essa diretoria acorde.

PS: Antes de encerrar, não posso deixar de comentar as cenas de selvageria que vimos na arquibancada da Arena Joinville, no jogo entre Vasco e Atlético-PR. Nada a lamentar pelos três que estão internados – um com traumatismo craniano – pois todos pertencem às torcidas organizadas, que só abrigam marginais. Mas pelo fato em si que mostra que, pouco a pouco, as famílias, que já não estão indo, se afastarão ainda mais dos estádios. E que até nós, verdadeiros torcedores, temos que pensar muito bem antes de frequentar essa praça de guerra.

 

Rogério Ceni continua por mais um ano. Obrigado M1TO!

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, ainda não é agora que vai acabar  a história de Rogério Ceni como jogador do São Paulo. Num evento muito concorrido, o M1TO decidiu renovar seu contrato por mais um ano e adiar sua aposentadoria.

Assim ele vai dar sequência a uma história digna de um atleta correto, beirando a perfeição, plenamente vitoriosa, de amor dedicado a um clube, a uma torcida, como ninguém mais fez.

Rogério Ceni continua sendo um gigante debaixo do gol, brilhante nas cobranças de falta, maestro nas reposições de bola,e líder nos momentos bons e ruins.

Rogério Ceni vai aumentar sua lista que recordes em tudo. Até agora  foram 1119 jogos (serão 1120 no domingo) com a mesma camisa, 113 gols. Conquistou campeonatos Paulista, Brasileiro, Libertadores, Mundial, Conmebol, Sul-Americana, Recopa, enfim, possui títulos de todos os torneios dos quais participou. Foram 23 anos de dedicação integral ao Soberano. E esses números aumentarão, tenho certeza.

Juvenal Juvêncio pediu, Muricy insistiu, os jogadores apelaram, a torcida implorou, e Rogério Ceni mesmo com  as dores constantes que tem sentido antes de cada jogo, recuou da ideia inicial e renovou seu contrato, seguindo sua caminhada como jogador profissional.

Tinha muito medo de que o dia do fim chegasse. Não sei como seriam os jogos dali para a frente. Acostumado a publicar a escalação do São Paulo, o único nome que eu sempre tive certeza de que jogaria era o primeiro que vinha na lista: Rogério Ceni. E, para nossa alegria, esse nome vai continuar aparecendo. E no Templo Soberano e Monárquico do Futebol ele continuará reinando no gol, com a camisa do Soberano.

Rogério Ceni já faz parte da história do São Paulo. Lá no topo, como o maior ídolo desta imensa torcida, como o verdadeiro M1TO que nos conduziu a caminhos de glória.

Fica, então, a alegria pela sua decisão, pois sabemos ser consciente.  Um atleta do estirpe de Rogério Ceni não colocaria sua reputação a perder caso não tivesse plena convicção de sua condição física para continuar. Por isso agradeço ao M1TO por tudo o que fez e, principalmente, por continuar defendendo as cores do Tricolor, o clube que tanto amamos.

Obrigado, muito obrigado mesmo, Rogério Ceni! Para sempre estará em nosso coração.

 

O futebol ficou um pouco mais pobre

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, o futebol está mais pobre. Morreu Pedro Rocha, El Verdugo. Craque, gênio, fenômeno, são adjetivos pequenos para retratar o que foi Rocha dentro dos campos.

Ídolo do São Paulo, do Peñarol, da Seleção do Uruguai,  um exemplo de jogador, inteligente, perspicaz, agudo quando necessário, cadenciado quando o jogo pedia, Pedro Rocha era o diferencial e tratava a bola como poucos o sabiam fazer.

Me lembro de sua chegada ao São Paulo no final de 1970. Ele formou, ao lado de Gerson, o meio de campo bicampeão paulista em 1971.Naquele time jogavam Sergio; Forlan, Jurandir/Samuel, Dias/Arlindo e Gilberto; Edson, Pedro Rocha e Gerson; Terto, Toninho e Paraná.

Não tenho dúvidas em afirmar: Pedro Rocha foi o melhor jogador de futebol do mundo, depois de Pelé. Aliás, o próprio Rei o coloca entre os cinco melhores jogadores de futebol de toda a história. Eu, portanto, vou mais além e o coloco como o melhor – porque Pelé é incomparável.

 Ele era grande, forte e elegante. É possível ver nas fotos dele em ação toda a postura dos craques de verdade. Cabeça erguida, passadas largas, a bola era tratada com desdém. Era apenas um apêndice de sua chuteira. Não tinha vida própria. O jogo de Rocha era cirúrgico. Carregava a bola, lançava Terto na direita e corria na área para cabecear. Quando não dava para lançar, ele mesmo chutava. Fez 119 gols em 390 jogos.

Pedro Rocha foi meu ídolo. Com sua morte morre também boa parte daquilo que aprendi a ver no futebol: a arte de fazer o bem com a bola. Marcou o final de minha infância, começo de minha adolescência. Pedro Rocha foi único e está inscrito nos anais do Tricolor como um dos maiores que um dia vestiram o sacrossanto manto das três cores.

A arbitragem atrapalhou, mas o time não ajudou

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, foi mais uma daquelas partidas ridículas do São Paulo esta, contra o Criciúma. Incrível como o nosso time tem se aprimorado em jogar mal sucessivamente. Cada vez mais agradeço ao técnico Muricy Ramalho pela injeção de ânimo que deu na sua chegada para tirar o Tricolor da zona de rebaixamento. Não fosse isso, merecidamente, iríamos disputar a série B no próximo ano.

Muitas vezes não quero acreditar que o time seja tão horrível assim. Entendo que nessa momento, onde não temos mais nenhuma pretensão no Brasileiro, os jogadores entrem com desinteresse. Mas o fato é que, olhando o que foi o ano, poucos foram os jogos onde o time demonstrou alguma coisa.

Neste domingo, mais uma vez, Lucas Evangelista, por exemplo, foi patético. Não sei se ele é lateral, meia, volante, atacante, o fato é que não consegui vê-lo jogar bem em nenhuma função. Esse é aquele típico jogador de Cotia, que tem um “grande” empresário por trás, e que é enfiado goela abaixo dos treinadores. Osvaldo é um fim de feira só. Wellington é outro que não consegue dar um passe de um metro, não cobre espaço no meio de campo e ainda recebe cartão em todos os jogos, mesmo não sendo titular. Isso é incrível.

Não vou deixar de falar da arbitragem de hoje. O gol do Criciúma, de pênalti, aos 30 segundos de jogo, foi um descalabro. A bandeira não ver um impedimento de dois metros, na sua cara, só pode me levar a mandá-la para casa lavar roupa e louça, que é a sua praia – com todo o respeito que tenho pelas mulheres -. Entretanto não foi esse erro, que culminou no único gol da partida, que matou o São Paulo. O Tricolor já entrou morto em campo e não fosse dessa forma, seria de outra. Mas o São Paulo não conseguiria resultado melhor com a moleza que agiu no jogo de Criciúma.

Êta ano de 2013, termine logo, pois está difícil até achar que dia de jogo do São Paulo é um dia especial.

O que era improvável se mostrou impossível

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, o São Paulo está fora da Sul-Americana e vai fechar o ano melancolicamente, jogando contra Criciuma e Coritiba para cumprir tabela e, quiça, garantir presença na Sul-Americana no próximo ano. Lógico, torcendo para não ter a Ponte Preta pela frente mais uma vez.

É difícil imaginar como pode um clube, com a estrutura e a camisa que tem o São Paulo perder, no placar agregado, por 4 a 2 para um time que está rebaixado no Campeonato Brasileiro para a série B. Bem, certamente esse seria nosso destino, não fosse a providencial chegada de Muricy e a injeção de ânimo que durou algumas rodadas, suficientes para nos tirar dessa tragédia.

Torci muito por este título e abomino alguém que se diga são-paulino que tenha torcido contra, para que houvesse um enfraquecimento de Juvenal Juvêncio. Isso é torcer contra o clube e eu não faço. E tem mais: queiram ou não, gostem ou não, Juvenal vai fazer seu sucessor sem grande dificuldade. E pode ser até em chapa única. Portanto, não é perdendo ou ganhando a Sul-Americana que algo mudaria na eleição em abril.

O jogo desta quarta-feira, em Mogi Mirim, foi exatamente o que todos esperavam:o São Paulo com a posse de bola, a Ponte se defendendo com onze, três jogadores marcando Paulo Henrique Ganso e deixando livres Denilson (depois Wellington) e Paulo Miranda, pois sabiam que por ali nada iria acontecer. E, de sobra, ao deixarem Paulo Miranda livre criaram um corredor em suas costas e ali encontraram a bola do jogo, marcando no final do primeiro tempo e destruindo o pouco de psicológico que ainda havia no São Paulo.

Todavia, ao contrário de outras eliminações, não estou puto. Não. Como venho dizendo há algum tempo, essa diretoria nos jogou no lodo e sair do rebaixamento era nosso objetivo. O resto seria lucro. A eliminação da Sul-Americana só reduziu um pouco esse lucro. E nos deu a certeza que uma boa reformulação deve ser feita nesse elenco.

Só que não estou no time dos que defendem a dispensa, por exemplo, de Luis Fabiano. Me desculpem os fãs de Aloísio, mas em condições normais, mesmo fora de forma, Luis Fabiano é muito melhor que Aloísio. Cabe a Muricy Ramalho, com a experiência e o respaldo que tem, colocar Luis Fabiano na linha, cobrá-lo e exigir sua participação mais ativa no elenco.

E vamos passar uma borracha sobre o ano de 2013, um dos piores de nossa história.

Pode ser improvável, mas não é impossível!

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, por culpa dele mesmo, a tarefa do São Paulo é das mais árduas na noite de hoje, em Mogi Mirim. Precisar ganhar de três gols de diferença da Ponte Preta, por mais que seja um time rebaixado para a série B do Campeonato Brasileiro, não é fácil. Até porque o jogo desta noite é completamente atípico, com ampla vantagem para o time de Campinas.

Mas tenho muita fé em nosso time e estou usando essa máxima: pode ser improvável, mas não é impossível. Se achasse que em hipótese alguma o resultado poderia ser obtido, não estaria aqui sentado em frente do computador, escrevendo esse editorial. Deixaria o dia correr com as notícias e, depois do jogo, abriria o espaço para os comentários, com as famosas notas dos jogadores e o Sobe e Desce.

Mas não. Acredito sim, e sempre acreditarei. Enquanto houver um por cento de chance há esperança. E é exatamente disso que estou alimentando meu espírito e me preparando para o jogo.

Também tenho em mente que estamos colhendo muito lucro. Nosso objetivo maior traçado para esse segundo semestre era fugir do rebaixamento, situação dantesca que essa diretoria repugnante nos colocou. Mas Muricy conseguiu esse feito e, desde então, passei a defender a tese de que o que viesse dali para a frente seria lucro. Até por isso não fiquei tão chocado com a acachapante derrota para a Ponte Preta, no jogo de ida, no Morumbi. Só reduziu um pouquinho do lucro.

Torcer é nosso dever. É exatamente isso o que eu vou fazer.

Então, à vitória Tricolor!

Empate sem valor no Morumbi

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, todo dia de jogo do São Paulo é dia especial para mim. Mas hoje o jogo seria daqueles que não valeria nada. Aliás, valia, sim, pelo novo recorde de Rogério Ceni. E isso, por si só, já foi mais importante que o próprio jogo.

Um jogador atingir 1117 jogos envergando a camisa de um clube não é para qualquer um. E não é mesmo. Antes dele, apenas Pelé, o rei do futebol, havia atingido a marca de 1116. Agora Rogério, o M1TO, é recordista. Vai para o Livro dos Recordes. Fez história. Uma história que pode ter acabado no Morumbi neste domingo. É que, graças à Independente (salve, Independente!) não jogaremos contra o Coritiba no Morumbi. E se não vencermos a Ponte Preta por três gols de diferença na quarta-feira, estaremos fora da Sul-Americana. O que quer dizer que não jogaremos mais no Morumbi este ano. E se Rogério se aposentar mesmo, no Templo Soberano e Monárquico do Futebol não mais o verá atuando com a camisa um do São Paulo.

Pena que foi um dia de muita chuva, com pouco mais de 12 mil pessoas no estádio e um empate contra o Botafogo. Poderia ter sido melhor. Poderia ter sido disputando um título, como a Sul-Americana. Mas, foi um simples empate, quando marcamos a três minutos, sofremos o gol de empate com extrema naturalidade, chutamos três bolas na trave e o resto ficou por isso mesmo.

Por tudo isso o empate sem valor e eu preferi falar do recorde co M1TO, esse sim, merece toda a nossa reverência.

Uma ponte desabou sobre nós

Amigo são-paulino, leitor do Tricolor na Web, por essa ninguém esperava. Nem o mais otimista torcedor da Macaca afirmaria, antes do jogo, que a Ponte faria três gols no São Paulo dentro do Morumbi, praticamente definindo sua passagem para a final da Copa Sul-Americana. E foi um banho, com direito a muita água que veio do céu.

Para mim duas coisas explicam essa derrota: a soberba e o erro humano. Soberba porque o time começou bem, marcando na frente, pressionando e conseguiu logo marcar o gol através de Paulo Henrique Ganso. Aí começou a soberba, pois foram toques de calcanhar, chapéus e relaxamento na  marcação. Então ficou claro o erro humano, de Muricy Ramalho, pois com escalação de Lucas Evangelista no lugar de Douglas (olhem só, estou reclamando a ausência de Douglas), o lado direito da defesa são-paulina ficou vulnerável e a Ponte ganhou o jogo por esse setor.

Absoluta falta de ver o que ocorreu na Argentina, quando a Ponte venceu o Veles. O jogo da Macaca foi toda pelo lado esquerdo com o Rildo, bom jogador. Nessa quarta-feira não foi diferente. Lucas Evangelista e Ademilson, que se revezavam pelo lado direito, não voltavam para ajudar na marcação e os dois homens da esquerda pontepretana jogavam em cima de Paulo Miranda. Denilson, que deveria cobrir o lado direito não o fazia e Rodrigo Caio não deixava a área. O resultado foi trágico, com Paulo Miranda sendo humilhado pelo setor e a Ponte deitando e rolando.

Muricy percebeu o erro e colocou Wellington, no intervalo, no lugar de Evangelista, mas entendo que errou duplamente, pois a situação ficou inalterada.  Além disso, a chuva colaborou decisivamente para o desastre total e agora a situação ficou complicada demais.

Não acho que seja impossível marcar três gols em Mogi Mirim contra a Ponte. Se ela fez isso aqui, por que nós não podemos fazer isso lá? Mas é fato que, se for para repetir a atuação de ontem, é melhor mandar o time reserva, dar férias já para os titulares e começar a reformulação profunda que deverá ser feita para 2014.

Lugar de chorar é na cama

Amigo são-paulino, leitor do Tricolor na Web, noticiamos nesses últimos dias o imbróglio envolvendo São Paulo e Ponte Preta, e a questão do estádio Moisés Lucarelli. Somente ontem a Ponte se pronunciou oficialmente sobre a decisão da Conmebol, que vetou o estádio pontepretano para a semifinal da Sul-Americana.

Sinceramente não estou entendendo os ataques que o presidente da Ponte está fazendo contra o São Paulo, só porque o Tricolor exigiu o cumprimento do regulamento do torneio, que prevê capacidade mínima de 20 mil lugares no estádio que sediar a semifinal da competição. Não foi essa mesma Ponte que cobrou ética do São Paulo na contratação do goleiro de 16 anos e que liderou um boicote na Copinha contra o Tricolor?

E não concordo, também, com o que dizem que essa atitude do São Paulo vai gerar para a eternidade mal-estar entre as duas agremiações e torcedores. Isso é forçardemais. Até porque a diretoria do Tricolor fez o que é de seu ofício: defender o São Paulo e existir que se cumpra o que foi assinado.

Acho que as pessoas precisam se enxergar melhor e serem menos incoerentes em suas iniciativas. Por que o São Paulo vive de picuinhas por exigir o cumprimento do regulamento?Brigar por um garoto de 16 anos, que ninguém sabe o que vai virar daqui a quatro anos, não é picuinha?

Vamos lembrar 1977? Quem já era nascido naquela época e acompanhou os acontecimentos vai lembrar.A final do Campeonato Paulista, entre Corinthians e Ponte Preta, seria realizada em dois jogos, um com o mando de cada time. E a Ponte se vendeu e jogou seu mando no Morumbi. Portanto, a história não credencia o time de Campinas criticar quem quer cumprir regulamento.

Desculpem se vou ofender, mas cresçam e se estabeleçam. Se acham que são grandes o suficiente para disputar um torneio internacional, apresentem estrutura para isso.  E, como ocorreu em 1977, se quiserem o Morumbi para mandar o seu jogo, estamos abertos ao alugá-lo. Ou vão chorar na cama, que é o lugar ideal para isso.