Acordaram o gigante adormecido. Agora saiam da frente!

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, foi uma noite épica. Houve a combinação perfeita: Libertadores + frio + chuvisco + vento + Morumbi lotado = goleada sobre aquele que encantou a todos na primeira fase, que se classificou em primeiro lugar com uma rodada de antecedência no chamado “grupo da morte”, e que todos temiam pelo exímio toque de bola. O São Paulo jogou tudo isso lama abaixo e arrasou o Toluca.

Foi, sem dúvida alguma, de longe a melhor exibição do ano. Algo visto em grandes equipes de futebol do mundo. Sufocando o adversário desde o início, marcando a saída de bola, não deixando a bola passar do meio de campo, criando chances, em muitos momentos massacrando a defesa adversária. Eu disse a melhor exibição do ano, mas se for puxar pela memória, poderia dizer dos últimos anos.

Nem o mais otimista são-paulino iria admitir um placar destes. Eu, brincando, quando saía da Jovem Pan ontem para ir ao Morumbi, fui provocado pelo Vampeta para uma possível derrota. Disse a ele que seria 3 a 0 para o São Paulo. Ele me perguntou:

– Com Centurion?

Eu disse que ele marcaria um dos gols. Claro que foi tudo na brincadeira e eu me contentaria muito com uma vitória simples, de 1 a 0. Fosse um placar de 2 a 0, já seria uma festa.

A atmosfera criada pela torcida embalou a vontade do time. O casamento foi perfeito. Ganso, o maestro. Kelvin e Michel Bastos abriam nos cantos do campo, escancarando o sistema defensivo ferte montado pelos mexicanos. E Centurion, quem diria, em noite de rara inspiração, atormentando o miolo de zaga do Toluca. Não só ele. Muitas vezes era Ganso quem entrava por ali. Até Thiago Mendes e Hudson chegaram a fazer as vezes de um centro-avante.

Vi um time muito compacto, mordendo e dividindo todas as bolas, criando chances, chutando de média e longa distância, não dando sossego para a defesa oposta. Os mexicanos ficaram atônitos. O São Paulo não deixou o Toluca jogar. Edgardo Bauza surpreendeu o técnico mexicano colocando o time todo à frente, impedindo o toque de bola, característica principal do Toluca. E então os gols foram saindo naturalmente.

O placar foi de 4 a 0. Mas poderia ter sido de mais. A noite foi tricolor. O espírito de Libertadores esteve presente em todos que estavam no Morumbi, dentro ou fora de campo. Acredito que só uma catástrofe, daquela tipo Brasil e Alemanha, para tirar o São Paulo da próxima fase. E que venha Atlético-MG ou Racing. Seja quem for, conhecerá a força do gigante que estava adormecido, e acordou!

A noite em que o Conselho Deliberativo resgatou sua imagem

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, 25 de abril de 2016 ficará marcadona história do São Paulo como o dia em que o Conselho Deliberativo resgatou sua imagem perante o torcedor e o sócio do clube. Ao expulsar de seus quadros o ex-presidente Carlos Miguel Aidar, de nefasta administração, e o ex-vice-presidente de Futebol, atual diretor de Relações Institucionais, Ataíde Gil Guerreiro, mostrou que a depuração dos maus são-paulinos começou a ser feita.

Cabem, aqui, algumas considerações individuais desta noite de segunda-feira, pois no todo, como disse acima, aquele que ama o São Paulo acima de qualquer interesse político ou financeiro, saiu vitorioso. Como eu disse ontem, comentando com alguns amigos, foi uma goleada a nosso favor fora de campo.

Não poucas vezes critiquei Marcelo Pupo, presidente do Conselho Deliberativo. Por atos e palavras que li aqui e acolá, me dava a impressão de ter criado uma Comissão Disciplinar com o objetivo claro de jogar tudo para baixo do tapete. Erro meu de avaliação. Na sessão desta segunda-feira ele conduziu com firmeza e maestria a reunião. Quando Antonio Cláudio Mariz de Oliveira pediu a palavra e defendeu descaradamente Aidar e Ataíde, pedindo, antes que o parecer final fosse apresentado, o arquivamento de tudo e uma simples advertência aos dois, Pupo foi firme e recusou a manobra. Depois foi a vez de Tércio Molica pedir a possibilidade de mudar o parecer e votar por uma suspensão, e não expulsão. Também foi rejeitado. Marcelo Pupo cumpriu o regimento, que previa voto SIM ou NÃO para a expulsão de cada um deles.

Também critiquei muito durante as últimas semanas o presidente da Comissão Disciplinar, José Roberto Ópice Blum. Se por um lado ele fez o que deveria ser feito, com as indicações de expulsão de Aidar e Ataíde, na justificativa do parecer deixou claro que foi obrigado, quase que constrangido, a pedir a pena máxima para Aidar, pois não lhe restava outra alternativa; e para Ataíde carregou no relatório, chegando a chamá-lo de homicida. A este, portanto, não retiro as críticas que fiz ao longo do tempo.

Durante toda a sessão foi crescendo em mim, pelas informações que chegavam, que Aidar seria expulso e Ataíde absolvido. Menos mau que não foi esse o resultado final.

Um parágrafo para falar do grupo de Eduardo Alfano (16 conselheiros), que esteve com Aidar até os últimos dias de sua gestão e que pelas informações que recebi votaria pela absolvição do ex-presidente. Fui procurado por Alfano e outros cinco anciãos, digo, conselheiros, me cobrando com veemência mudança no que citei no editorial. Eu nunca disse que o grupo havia fechado questão, mas falei em tendência. Fiz uma nota no mesmo instante relatando a mudada de posição, mas quando perguntei qual seria o voto daqueles seis, me disseram que o voto era secreto. Portanto me permitem imaginar que votaram com Aidar. Outros três integrantes deste grupo me procuraram mais tarde para afirmar que votaram na expulsão. Ótimo. Estou deixando isso claro aqui. Em relação ao primeiro grupo, fui ofendido em determinado momento. Poderia ter registrado alguma reclamação. Mas naquele momento éramos eu e eles seis. Portanto, minha testemunha seria eu mesmo. Chance de alguma coisa? Zero. Para concluir, me pareceram pessoas – as seis primeiras – que estão mais preocupados com o futuro político do que com a instituição. O tempo dirá se eu tenho razão.

Aidar e Ataíde foram expulsos do Conselho, mas não do clube. Isso quer dizer que eles seguem sócios do São Paulo. Isso quer dizer que amanhã posso cruzar com eles, principalmente Aidar, nas alamedas do clube, o que seria tedioso para mim. Fiquei sabendo que a  Comissão Disciplinar do São Paulo marcou uma reunião para esta semana para avaliar o parecer votado e aprovado pelo  Conselho e poderá tomar a mesma atitude, expulsando os dois da nossa sociedade. Se for necessário algum sócio fazer o requerimento para que isso aconteça, estou à disposição para isso. Ou melhor: o farei.

Fica, agora, o rojão nas mãos do presidente Carlos Augusto Barros e Silva. Ataíde Gil Guerreiro é o diretor de Relações Institucionais, e por ser sócio do clube, poderia continuar cumprindo a função. Mas uma administração que tenta se mostrar transparente – e tem feito isso, de fato – pode manter na diretoria uma pessoa que foi expulsa do Conselho? Ou Leco o tira da diretoria, ou começa a manchar a imagem de sua administração.

Mas a depuração não para por aí. Liquidado o caso Aidar/Ataíde, agora é hora da Comissão Disciplinar ir a fundo na investigação do contrato com a Under Armour, onde aparece a Far East e o tal Jack Banafshesa . Só quero lembrar que, em determinado ponto da gravação feita por Ataíde, Aidar diz que “o Jack é o Douglas, o Douglas é o Jack”. Assinaram aquele contrato, além de Carlos Miguel Aidar, Douglas Shwartzmann, Júlio Casares e Osvaldo Vieira de Abreu. A desistência do Jack para a comissão de R$ 18 milhões é, no mínimo, para ser crível por quem coloca a botinha na chaminé em 25 de dezembro. Todos estes devem ser investigados pela Comissão Disciplinar. Aliás, sobre Douglas Shwartzmann, outras acusações existem. Na mesma gravação, Aidar fala que o “Douglas está louco, pede comissão para tudo”. Portanto a limpeza de nossos quadros tem que continuar. Espero para já uma resposta da Comissão Disciplinar nesse sentido.

Termino dizendo que valeu a pena o trabalho de ontem, na transmissão em tempo real que fizemos pelas nossas redes sociais (Twitter e Facebook), informando que em determinado momento, existiam 157 mil pessoas online acompanhando a sessão. Me permito comemorar a expulsão de Carlos Miguel Aidar, principalmente, como uma vitória do Tricolornaweb. Quando passei a receber as informações e denunciar tudo o que estava acontecendo em sua gestão, tomei quase como uma coisa pessoal e virou questão de honra limpar do São Paulo pessoa tão lesiva ao clube.

 

Que o voto secreto não seja a arma dos covardes no Conselho Deliberativo

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, o Conselho Deliberativo do São Paulo tem a grande chance de resgatar a confiança, credibilidade e admiração da coletividade tricolor nesta noite. Ao votar o parecer da Comissão Disciplinar, cujo epílogo, pelo que apuramos, indicará a suspensão por 90 dias de Ataíde Gil Guerreiro e a expulsão de Carlos Miguel Aidar, coloque SIM e comece a limpeza tão necessária ao nosso clube.

Desde quarta-feira da semana passada tenho conversado com muita gente na área social. Garanto que tive contato com mais de 80 conselheiros, entre eleitos e vitalícios, e pude apurar que, se não mentiram para mim falando uma coisa e se esconderão sob a covardia do voto secreto para mudar a posição, o SIM será votado por ampla e esmagadora maioria.

As articulações políticas foram muito intensas neste final de semana. Conselheiros ligados ao grupo Legião, ao qual pertence Ataíde Gil Guerreiro, tentavam cooptar membros de outros grupos no objetivo de inocentar o atual diretor de Relações Institucionais, e expulsar Aidar. Já membros do grupo Legenda, ao qual pertencem o vice-presidente Roberto Natel e o vice do Social, Carlos Sadi, defendem a expulsão de Aidar e advertência a Ataide. Há um grupo, o da Participação, ao qual pertencia Juvenal Juvêncio e do qual faz parte o atual presidente Carlos Augusto Barros e Silva, que defende punição igual aos dois. Grupos da oposição também caminham nesse sentido. Apenas o grupo do Conselheiro Eduardo Alfano, composto por 16 conselheiros, diz abertamente que votará contra as punições. Há outro grupo, liderado por Antonio Donizete Gonçalves, que foi vice-presidente Social e de Esportes Amadores na gestão Aidar, que tende a votar com o ex-presidente, não obstante o Dedé, como é conhecido, ter encaminhado uma mensagem por Whatsapp no grupo de Conselheiros, à qual tive acesso, falando que o dia é de resgatar a credibilidade em nossa instituição. O grupo Vanguarda, que é do atual presidente do Conselho Deliberativo, Marcelo Pupo, e do ex-presidente Bastos Neto, não tem posição definida, mas tende a ser favorável a Carlos Miguel Aidar.

Nos últimos dias os dois “réus” mandaram e-mails aos conselheiros, explicando suas posições  pedindo o voto de confiança. Abaixo reproduzo os dois e-mails, pois também tive acesso.

  1. De Carlos Miguel Aidar

Prezados, chegou o dia.
Agradeço a todos que, de alguma forma, me ajudaram, me deram apoio e, acima de tudo, me ouviram e me compreenderam.
Agora é esperar a decisão do Conselho Deliberativo que aprovará ou rejeitará o parecer da Comissão de Ética.
Infelizmente, não conheço tal parecer, o que acontecerá somente na reunião do Conselho.
Do ponto de vista técnico nada ficou provado contra mim e nem ficaria, porque nada cometi de irregular. Nem eu e nem ninguém ligado a mim ou que tenha participado da minha diretoria cometeu.
Quem estará em julgamento serei eu, só eu, e não qualquer outra pessoa a mim ligada, nem mesmo minha gestão estará em julgamento, porque esta foi aprovada por unanimidade quando se aprovou da mesma forma o Balanço Patrimonial encerrado em 31 de dezembro de 2015, assim como de 2014 foi aprovado por expressiva maioria.
Por isso vou otimista à reunião, esperando que o julgamento seja unicamente pelo aspecto técnico.
Se cometi algum deslize deverei pagar por ele. Porém, se não cometi, deverei ser inocentado.
É o que espero, ser inocentado pelo Conselho Deliberativo do São Paulo F. C. preservando minha história no Clube onde exerci por longos anos a diretoria jurídica e depois as presidências da diretoria por três vezes e do Conselho Deliberativo por uma vez.
Muito obrigado.
Carlos Miguel.

 

2) Ataíde Gil Guerreiro

Conselheiros: respondo perante a Comissão de Ética processo para esclarecer se agredi ou não o ex-presidente Carlos Miguel, em nenhum momento houve qualquer desconfiança com relação ao meu comportamento ético. Não pedi absolvição pessoalmente ou por telefone para qualquer Conselheiro, isto porque tenho a real convicção que prestei um enorme serviço ao SPFC levando o ex-presidente a renúncia, objetivo de grande parte do Conselho, mas que não seria conseguido com as trocas de farpas pela imprensa, que só maculavam o SPFC mas não conseguiriam nunca completar o objetivo do afastamento do ex-presidente. Estou pronto a ser julgado sobre a existência da agressão, não aceito em hipótese nenhuma qualquer menção desairosa a minha honestidade, por isso respondi o e-mail anexo do conselheiro Newton Luiz Ferreira. NÃO SOU JULGADO POR CORRUPÇÃO, POR INCRÍVEL QUE POSSA PARECER VOU A JULGAMENTO POR TER FEITO UM ENORME BEM AO SPFC.

Ataíde Gil Guerreiro

 

 

Com muitos conselheiros com os quais conversei deixei claro que se o Conselho abdicar de seu direito de resgatar sua imagem bastante desgastada junto ao torcedor e ao sócio, juntarei todos num único saco, pois não posso confiar na palavra de ninguém se o voto secreto prevalecer. Aliás, cabe aqui uma explicação: o voto será secreto em caso de pedido de expulsão, pois é o que manda o estatuto do clube. Mas sugeri aos que conversaram comigo, e deixo aqui aberto a todo, que fotografem seus votos e me enviem por Whatsapp, Faceboo, Twitter, Instagran ou e-mail, que os publicarei no Tricolornaweb. Outra opção é a Declaração de Voto, que pode ser feita e fica consignado em Ata. Desta maneira também teríamos conhecimento daqueles que cumpriram com sua obrigação.

Nossa posição é pela suspensão de Ataíde Gil Guerreiro por 90 dias e expulsão de Carlos Miguel Aidar para sempre do nosso clube. Assim agindo o Conselho Deliberativo estará recuperando sua imagem junto à torcida e aos sócios. É o que esperamos.

 

 

 

Classificação no estilo Libertadores

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, foi uma noite memorável. Digna de Isordil para quem é e também para quem não é cardíaco. Mas o São Paulo trouxe o empate dos 3.700 metros de altitude de La Paz, terminando a partida com um zagueiro como goleiro.

Sou crítico do trabalho de Edgardo Bauza. Entendo que ele é técnico de time pequeno e ganhou duas Libertadores jogando como tal. Aproveitou-se da altitude a favor, na LDU, e da garra argentina no San Lorenzo. Ontem, antes do jogo, quando recebi a informação que Ganso ficaria no banco, algo que já se especulava há alguns dias, joguei nas redes sociais: ou o Bauza volta como gênio, ou vai direto a Buenos Aires. Felizmente, para nós, deu a primeira alternativa.

O São Paulo jogava por um empate, numa altitude próxima ás nuvens; o adversário sabe, como poucos, usar esse fator a seu favor; precisava vencer para nos eliminar. Claro que não seria possível jogar de igual para igual, marcando na frente, fazendo jogadas de profundidade, pois assim os jogadores não chegariam ao final da partida.

Depois do sistema de marcação que foi armado percebi que Ganso sobraria ali, Não era o caso de termos que criar chances, mas de evitar que eles tivessem. E não fosse por uma falha grotesca de Denis, o plano daria certo. Afinal o único chute a gol do The Strongest nem foi um chute. Foi o cruzamento que originou o gol.

É fato que bateu preocupação. O The Strongest passaria, então, a se defender e a nós caberia criar. Sem Ganso. Por sorte o gol de empate não demorou a sair. Com Calleri – toca no Calleri que é gol -, o São Paulo voltou a implementar seu jogo de marcação, evitando os chutes de meia distância, congestionando o meio de campo.

Hudson, Thiago Mendes e Wesley formaram uma muralha. Maicon – gigante – e Rodrigo Caio ficavam na retaguarda. E Mena, ainda que limitado, dava toda sua dedicação de raça ao time.

Até para substituir Bauza foi bem. Bruno derreteu. Colocou Caramelo. Michel não andava. Colocou Ganso. E como ele não tem poder de velocidade e marcação, tirou Calleri e pôs Kardec para fechar a lateral. Ganso, então, ficou solto no meio e na frente para organizar as jogadas e segurar a bola.

Denis ainda aprontaria mais uma: foi expulso infantilmente aos 48 minutos do segundo tempo. Então descobrimos que Maicon, além de grande zagueiro, é melhor goleiro que Denis, ao menos para sair do gol e interceptar cruzamentos. Ainda sobre Denis: não dá para ser goleiro do São Paulo. Seu contrato termina esse ano. Peço encarecidamente á diretoria que não renove. E também não há necessidade de contratar ninguém. Renan é o cara e deve ser titular do São Paulo.

Foi sofrido, sim, mas estamos nas oitavas-de-final da Libertadores. Espero que a diretoria não perca tempo e vá ainda hoje à Assunção, com vídeos e o que mais puder, para tentar anular a pena de Calleri. Ele apanhou e foi expulso por isso. Talvez se tivesse batido, não fosse punido.

Boa São Paulo. Você provou, mais uma vez, que é o time da fé.

Vexame em Osasco poderia ter sido evitado. Mas o foco é Libertadores!

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, o São Paulo foi goleado pelo Audax, em Osasco e está fora do Paulista. Foi um vexame que poderia ser evitado, pois não é segredo para ninguém que o foco é a Libertadores e o jogo de quinta-feira próxima, contra o The Strongest, na altitude de La Paz. Depois do que aconteceu neste domingo, se eu já estava preocupado, agora estou apavorado.

Se Bauza escalasse um time reserva para jogar contra o Audax, poupando o time principal para a guerra a 3.600 metros de altitude em La Paz, e fosse eliminado do Paulista, ainda que com goleada, ninguém iria criticar. Poderia sobrar uma ou outra reclamação para o elenco, mas a torcida continuaria otimista esperando a quinta-feira chegar. Mas depois que o time principal foi goleado porque, na própria explicação do técnico, acabou o físico no segundo tempo, o que acontecerá na Bolívia? Vamos aguentar 15 minutos?

Então vou criticar aqui o planejamento feito para o ano. No mínimo, amador. Não posso aceitar que profissionais do ramo, seja na área técnica, física ou administrativa, não tivesse visão para este fato. A nós, torcedores, cabe torcer sempre por um resultado positivo. A quem trabalha com isso cabe a razão, o conhecimento e a lógica. E isso, infelizmente, passa muito longe do São Paulo dos últimos anos.

No jogo contra o Audax a defesa foi o ponto negativo. Lugano fez, talvez, sua pior partida com a camisa do Tricolor. Rodrigo Caio foi um convite à festa adversária. Os laterais, Bruno e Mena, sucumbiram na velocidade do time de Osasco. O meio campo, acreditem, se ressentiu da falta de João Schimidt. Pior: ele não jogará na Bolívia.

Incrível que no primeiro tempo o jogo foi muito bom. O São Paulo terminou perdendo por 2 a 1, mas se tivesse virada ganhando, ou mesmo empatando, não seria injusto. Mas o que aconteceu no segundo tempo foi absurdo. Daqueles apagões que temos visto com o time nos últimos tempos. E aí, quando você pede para Bauza mexer, no banco tem Centurion, Wesley, Wilder, Kardec. Fica muito difícil.

Mas, por que ele não relacionou Rogerio? O que Bauza tem contra esse jogador?  Ele é infinitamente mais útil do que o inútil Centurion. Sei que é grave o problema de saúde de sua namorada e isso está afetando diretamente seu futebol. Então, para o bem do atleta e do clube, que ele seja liberado para acompanhá-la e retorne ao time quando a situação estiver resolvida. A torcida do São Paulo não pode pagar o preço por uma questão pessoal, por mais que seja grave.

Vamos ter uma semana tensa, certamente, mas, como o foco é Libertadores, é nesse jogo que quero pensar. E esperar para ver o que vai acontecer. Como sempre digo, somos o Clube da Fé. Então, a esperança nunca morre.

São Paulo poderia ter goleado. Mas foi no estilo Libertadores!

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, não se pode dizer, neste momento, que só batemos em galinhas mortas. Por mais que o River seja tido, na Argentina, como “as galinhas”, é um time que tem que ser respeitado por sua história e por ser, afinal, o atual campeão da Libertadores. Ganhamos do River e poderíamos ter goleado, não fossem alguns fatores individuais: Denis, Kardec e Centurion.

O São Paulo teve total domínio do jogo deste o começo. Os jogadores entraram em campo como se fosse uma decisão. E não deixava de ser. Afinal, havia a necessidade de vencer ou vencer. Foram divididas fortes, com Hudson contagiando a equipe com sua extrema garra, Maicon, um verdadeiro xerife, e Ganso, o maestro.

Comecei a perceber que o elenco está assimilando a orientação tática de Edgardo Bauza. Michel Bastos e Kelvin tiveram muita movimentação, Ganso flutuou pelo meio e Calleri abriu espaços na defesa. Aliado a isso, os dois laterais – Bruno e Mena – apareciam várias vezes no ataque. E João Schmidt deu ganho de qualidade no passe pelo meio.

Essa diminuição de espaços tornou o time mais compacto. Não poucas vezes podíamos ver um jogador do River cercado por dois ou três são-paulinos. Era muita pressão.

Com 2 a 0 e um homem a mais, a goleada se apresentava. Mas aí vieram os fatores. Com Calleri pendurado com cartão amarelo, Bauza colocou Kardec em seu lugar. Ele entrou com extrema lentidão e mesmo assim teve uma grande chance, mas perdeu grotescamente o gol. Depois foi a vez de Centurion ser colocado por Ganso na cara do gol, mas também foi bisonho.

Já Denis contribuiu com falha no gol e, no final, quase entregou. É o típico goleiro que sai do gol caçando borboletas.

Mas foi uma quara-feira digna de Libertadores. Tão Libertadores que mesmo no banco, Lugano teve participação importante na partida. Na hora da confusão, em que o pau quebrou, ele veio como um bólido, pulando tudo para bater e assoprar. Esse é El Dios. Esse é o São Paulo que sempre queremos ver.

Já não tenho dúvidas mais da nossa classificação, apesar de reconhecer a extrema dificuldade que será jogar em La Paz.

Perdemos a chance de ter a vantagem nas quartas do Paulista

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, o São Paulo perdeu a grande chance de entrar com a vantagem de jogar em casa nas quartas-de-final do Campeonato Paulista. Ao perder em Sorocaba, jogou por terra qualquer oportunidade, ainda mais que o Audax Osasco perdeu do Santos, na Vila Belmiro.

Bem, mas com vantagem ou sem, já que o jogo será no Pacaembu e o São Paulo tem obrigação de passar para  semifinal, pois será inadmissível uma derrota para este time.

Incrível que o São Paulo nem jogou mal. No primeiro tempo, por exemplo, até os 30 minutos, foram várias chances claras de gol criadas e desperdiçadas. A saída de Daniel, no entanto, quebrou o time. Ele nem vinha jogando bem, mas taticamente fazia com que o São Paulo tivesse total controle da partida.

Michel Bastos entrou e Lucas Fernandes foi deslocado para o lado esquerdo. Michel está nitidamente perturbado pela fase que está passando e, logo de cara, recebeu uma bola em condição de marcar e isolou por completo.

No segundo tempo o jogo ficou equilibrado, mas o São Bento passou a ter mais chances. Denis fez uma grande defesa. Depois, Michel Bastos mata a bola no peito, perde a bola, Mena fica parado, sobra para Lucão, que cai sentado…e gol do São Bento.

Bauza ainda tentou com Rogerio na frente, com Bruno no lugar de Mena, mas foi insuficiente. O São Paulo praticamente não teve mais chances de gol e o placar acabou sendo justo.

Agora é focar a quarta-feira. Isso é o que interessa. Arquivem esse jogo deste domingo na “História Marca” e bola para a frente, porque o Morumbi estará lotado para empurrar o time para uma grande vitória contra o River.

Vitória maiúscula, de um time que espero sempre ver jogando

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, foi daquelas noites de glória no Templo Soberano e Monárquico do Futebol. Não importa de quem, mas é sempre muito bom ver um 6 a 0, com futebol vistoso, de garra, de pressão, de velocidade, como mandam os tempos modernos. Foi do Trujillanos, time fraquíssimo, mas tivemos dificuldades com Oeste, Linense, São Bernardo, tão fracos contra este venezuelano. Portanto, há luz no fim do túnel.

O time foi perfeito. Só destaquei negativamente Maicon, que logo no início saiu jogando errado, armou um contra-ataque do Trujillanos e depois ficou tenso o jogo inteiro, sendo risco iminente. A sorte é que o ataque venezuelano inexiste, o que facilitou o trabalho de cobertura.

Bauza mudou. E para melhor. As entradas de João Schmidt e Kelvin deram outra movimentação à equipe. Schmidt tem qualidade técnica, que se alia à sua altura. O bom domínio de bola e bom passe tirou de Ganso a responsabilidade de ser o único armador do time. Mais do que isso, era ele quem fazia a transição defesa ataque. Já Kelvin fez excelente partida, com muita velocidade e dribles fáceis para cima da zaga.

Ganso mais uma vez foi maestro. com toques precisos, dribles curtos e secos e participação efetiva em toda a partida. Neste noite ele tinha a quem servir: Kelvim se deslocava bem pela lado direito, apoiado por Bruno; Michel Bastos ficava bem aberto pela esquerda, com passagens constantes de Mena; e Calleri abria os espaços necessários para entradas de João Schmidt e até Hudson.

O gol marcado ainda no início do jogo nos deu a certeza que viria a goleada. Era questão de saber de quanto. O time venezuelano veio claramente jogar por uma bola. Mas o gol desmontou o time defensivo, retrancado e sem qualquer inspiração do Trujillanos.

Acho que o Bauza deve ter dormido mal esta noite. Não é do seu feitio aplicar goleadas.Tanto que a hora que ele chamou o Lucão, eu pensei que fosse colocar no lugar de algum atacante. Já estava me preparando para chamá-lo de burro. Mas desta vez ele não puniu o time por marcar tantos gols.

Que venha o River. Renascemos na Libertadores. Agora é não deixar a peteca cair.

 

Gol no último minuto, pênalti perdido e sufoco para ganhar do Oeste

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, foi um sufoco. O São Paulo conseguiu a vitória sobre o Oeste, já rebaixado no Campeonato Paulista, com gol aos 46 minutos do segundo tempo, em pleno Morumbi. Começou perdendo o jogo por 1 a 0 e, quando a partida já estava empatada, se deu ao luxo de perder mais um pênalti – agora do Maicon -, o quinto em seus que tivemos a nosso favor este ano.

O cenário do jogo não foi muito diferente dos anteriores. O São Paulo teve total domínio das ações, posse de bola, mas não consegue chutar para o gol. O máximo que o time faz é chegar na linha de fundo e chutar a bola alta para a área. Não há jogadas ensaiadas, com penetrações em diagonal, ou corte de fora para dentro com chutes de meia distãncia, até porque Michel Bastos e Daniel jogaram abertos com essa opção, mas em nenhum momento fizeram isso.

Aliás, Daniel merece um parágrafo à parte. Jogador trazido para o São Paulo do Botafogo do Rio, após uma disputa com o Palmeiras. Chegou machucado fez uma cirurgia, ficou seis meses sem jogar e agora, quando já está no alto de sua forma física, percebemos que pode ser mais um engano. O cara não acerta um único passe.

O Oeste, que não fazia mal a ninguém, acabou indo num contra-ataque, em que nossos dois laterais não guardavam a posição que deveriam estar, e marcou seu gol. Mais uma vez nos deparamos com a situação de ter que atacar. Mais do que atacar, chutar para gol. Mas como com Bauza a questão ataque é de pouca importância, temos que ficar na torcida de confusão na área, bate rebate, para sair alguma coisa.

Bauza colocou Kelvin no lugar de Daniel, no intervalo, e o time voltou para o segundo tempo com outra disposição. Fez uma verdadeira blitz contra a defesa do Oeste. Passou a perder gols, até que Hudson desvia um cruzamento de Bruno, a bola toma muita altura e cai dentro do gol. E não me venham dizer que foi jogada ensaiada ou toque proposital, porque é balela.

A blitz continuou e…pênalti para o São Paulo. Maicon bate e perde. Outra falha de Bauza: será que ninguém treina chutes a gol? será que ninguém treina cobrança de pênalti? É difícil definir um batedor oficial e este jogador ficar meia hora por dia cobrando pênaltis? Parece que no São Paulo tudo é difícil

O time sentiu o impacto da perda do pênalti. Bauza ainda colocou Caramelo (Bruno sentiu contusão) e Lucas Fernandes em campo. Por mais que a movimentação fosse maior, o gol da vitória só veio aos 46 minutos, em novo bate rebate na área. A bola bateu em Maicon e entrou.

Uma nota sobre o novo gramado do Morumbi. Vou esperar mais alguns dias, mas me decepcionei. O piso é duro, a bola não rola, pinga demais. Há falhas. Mas vamos ver como estará daqui a duas semanas.

Outro empate com futebol risível

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, o São Paulo conseguiu um empate, com gol na base do bumba-meu-boi no último minuto de jogo, contra o fraco time da Linense, candidata ao rebaixamento. E desta vez não pode haver reclamação de ausência de jogadores, pois quem não jogou, não era, efetivamente, titular. Portanto Bauza tinha os, teoricamente, melhores jogadores do elenco à disposição para montar o time que quisesse. E ele continua empacado.

O primeiro tempo deu mostras disso. Um futebol burocrático, com domínio de bola, mas sem qualquer objetividade. Na realidade, até o pênalti, o lance de perigo tinha ocorrido contra o São Paulo, quando a zaga estava escancarada, a Linense saiu no contra-ataque e Denis fez uma grande defesa. Depois, a jogada de perigo foi o pênalti, em lindo passe de Ganso, de calcanhar, para Bruno, que foi derrubado. Mas Michel Bastos, em péssima fase, chutou na trave. Cinco pênaltis a nosso favor nesse ano, quatro perdidos: Michel Bastos (2), Calleri e Ganso.

O time toca muito a bola, mas não chuta do gol. Raríssimos são os arremates de curta ou média distância. A opção sempre é pelo chuveirinho. Jogadas de linha de fundo e cruzamento pelo alto. O aproveitamento é quase zero.

No segundo tempo o quadro não mudou muito. O trio de meias tentado por Bauza não deu resultado. Michel perdeu pênalti e se perdeu no jogo; Daniel errou quase todos os passes; sobrava Ganso, que conseguia dar assistências, mas as chances não eram convertidas em gol. Bauza então tirou Daniel para colocar Kelvin e conseguir mais velocidade. Depois Lucas Fernandes no lugar de Thiago Mendes e recuou Michel Bastos para essa posição. E ele perdeu a bola na intermediária, que culminou com gol do adversário.

Aí entrou Kardec no lugar de Calleri e o time partiu para o desespero. As bolas eram cruzadas na área a partir do meio de campo. As faltas que ocorriam próximo da linha divisória, tinha Ganso mandando a bola alta, para a área. E foi numa dessas que o gol acabou saindo. Um bate rebate na grande área, Maicon chutou, a bola desviou em Kelvin e entrou. Não deu tempo nem da Linense dar a saída.

Apesar de já estar enxergando um esquema tático de Bauza, ele é inoperante. É inadmissível estarmos entrando no quarto mês do ano e o técnico não ter dado um mínimo de padrão para o time. É fim de feira total!