O São Paulo está respirando novos ares

Amigo são-paulino, leitor do  Tricolornaweb, é fato que o São Paulo está respirando novos ares. Desde a saída de Carlos Miguel Aidar, de nefasta passagem pelo clube, e a posse de Carlos Augusto de Barros e Silva, senti uma grande diferença em todos os aspectos. Andando pelo clube, quando antes respirávamos o ar da corrupção, hoje respiramos o ar da concórdia e da preocupação com o bem da instituição e dos sócios.

No futebol, não poderíamos estar vivendo melhor momento. Ainda que o trabalho de Edgardo Bauza não tenha gerado a concordância de todos – e eu sou um que tenho algumas restrições -, teve o mérito de unir os jogadores e fazer com que o elenco comprasse suas ideias e as assumisse em campo.

Pesam alguns outros fatores para esse crescimento do time: a saída de Ataíde Gil Guerreiro e entrada de Luiz Cunha, e a chegada de Pintado, um cara que tem o linguajar dos boleiros, foram fundamentais para esse crescimento. Não tive o prazer de conversar, ainda, com Luiz Cunha. Vou marcar uma entrevista com ele para o Tricolornaweb. Mas, à distância, vejo nele muita seriedade e transparência.

Transparência que tem sido a marca, ao menos até esse momento, de toda a diretoria. Aliás, algo que cobramos lá atrás: essa diretoria, mais do que ser honesta, precisaria mostrar ser honesta. Não vi, até agora, nada que pudesse macular a administração Leco e seus vices-presidentes Roberto Natel, José Francisco Manssur e Carlos Sadi. E notem: sou dos mais exigentes observadores e tenho ótimo trânsito na situação e na oposição, o que significa dizer que erros ou desvios não passariam despercebidos por mim.

O Conselho Deliberativo deu sua resposta aos são-paulinos, também, ao expulsar Carlos Miguel Aidar e Ataíde Gil Guerreiro. O presidente do Conselho, Marcelo Pupo, mostrou que tem total condição de presidir aquela casa.

Entretanto faltam algumas coisas que carecem de respostas: como estão as investigações sobre as comissões pedidas por Douglas Swhartzmann, que causaram o afastamento de algumas empresas e explicam a falta de patrocinadores em nossa camisa? Como está a apuração do caso Jack, que mais uma vez traz à tona Douglas Swhartzmann e todos que assinaram aquele malfadado contrato? Também cabe uma explicação do presidente Leco, por ter colocado Ataíde Gil Guerreiro em sua diretoria, mesmo após ele ter sido expulso do Conselho. Isso está gerando, por parte da oposição, um pedido de “moção de desconfiança”, que será apresentado na próxima reunião do Conselho.

Vivemos um grande momento no clube como um todo. Espero que as pessoas não cometam erros aí pela frente e fique claro:  o que ficou para trás tem que ser apurado, sob pena de, ao jogar para baixo do tapete, sermos jogados ao lugar comum, onde pessoas cometem delitos e seguem a vida impunemente. Isso castiga quem é honesto e morre de amor pelo clube.

São Paulo foi ausente no primeiro tempo e desesperado no segundo

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, o São Paulo que vi em campo nesta quarta-feira não tem nada a ver com aquele que ganhou do Palmeiras no domingo, nem com o que ganhou do Botafogo em Volta Redonda na estreia do Campeonato Brasileiro, com time completamente reserva. Foi um time mais do que sonolento, ausente no primeiro tempo. Cheguei a colocar em minhas redes sociais no intervalo a pergunta: “avisaram o São Paulo que tinha jogo em Florianópolis?”

A invenção de Bauza colocando Auro no lugar de Kelvin não deu certo. Por mais que Auro seja um lateral ofensivo, diria mais ala do que lateral, ele não é ponta direita. Tem sérias dificuldades de chegar à linha de fundo e cruzar para a área. Em dois momentos ele alternou com Bruno o posicionamento. Mas também não deu certo.

Essa escalação, juntando com a desorganização em campo, propiciaram ao Figueirense que dominasse a partida. O placar de 1 a 0 acabou ficando barato para o São Paulo. Sem contar que o gol saiu numa jogada pelas costas de Matheus Reis – que decepcionou mais uma vez – e infelicidade de Lucão. Aliás, quando Lucão não falha grotescamente, é infeliz na tentativa de fazer algo certo. Mais ou menos como Denis, que mesmo não falhando, chama gol.

Bauza voltou para o segundo tempo com kelvin no lugar de Auro. Então as coisas começaram a se encaixar. O São Paulo botou muita velocidade, mas isso acabou virando desespero. O excesso de pressa em empatar o jogo acabou atrapalhando.

O time ficou muito ofensivo, pois Bauza tirou Thiago Mendes para colocar Rogerio, deixando, efetivamente, apenas João Schimidt como volante. Mesmo com um grande contingente de jogadores de frente, o Figueirense congestionava sua defesa e não permitia maiores penetrações. Houve uma bola na trave, chutada por Kelvin e, de resto, nada que pudesse dar esperança de que o empate viria.

Apesar de ter sido fora de casa, não considero um jogo que pudéssemos perder. Nos cálculos que faço, onde, para ser campeão, o time tem que alcançar a média de três pontos em todos os jogos em casa e um ponto fora, podendo perder algumas partidas, mas compensando com algumas vitórias, esse era um jogo para ganhar, porque domingo, contra o Cruzeiro no Mineirão, será um jogo onde a derrota é esperada. Considerando-se que perdemos um jogo em casa, estamos muito abaixo desta média.

Opinião de são-paulino: ATENÇÃO!!!

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, quando abri esse espaço aqui foi por sugestões feitas por leitores e entendi ser um espaço bastante democrático. Entendo que o torcedor de futebol é passional. Me conheço bem e sei como eu sou. Só que não venho nas páginas do meu site escrever palavrões, muito menos ofender ninguém.

Até hoje tive nas páginas deste site um nível bem elevado de comentários. Isso nos propicia ter o número de acessos que temos e o respeito junto ao torcedor, ao sócio, aos diretores, aos conselheiros e ao presidente do clube. Ah, digo mais, inclusive junto à comissão técnica e muitos jogadores do elenco.

Entendo, por isso, que divergências de opinião sempre existirão entre duas pessoas. Imaginem entre as milhares que acessam diariamente nosso site. O debate é benéfico, porque nos faz tirar conclusões, enxergar coisas diferentes do que vemos e expor argumentos que nos permitam, depois deste debate, sabermos se estamos certos ou errados. Isso não dá, no entanto, direito algum de qualquer leitor ofender outro leitor. Não dá o direito de ninguém vulgarizar as discussões.

Não quero ser censor, não quero ser ditador, não quero usar do direito de ser dono do site para permitir ou não permitir algum tipo de comentário. Mas dado o recado que dei, mesmo assim vendo mais ofensas, passarei a partir de agora a fazer moderação dos comentários. Bem entendido, eles serão publicados, mas qualquer ofensa que haja por parte de quem quer que seja, o comentário será deletado imediatamente.

Me desculpem os que se sentirem ofendidos. Mas é a decisão que tomei para evitar que o Tricolornaweb escorregue para o subterrâneo, depois de 12 anos de muito trabalho que tivemos para fazê-lo chegar na posição que se encontra. Afinal, como diz o nosso slogan, o Tricolornaweb é o site que está com o São Paulo. E sempre continuará sendo. Espero contar com a colaboração de todos.

Vitória por 1 a 0 não retratou o que foi o São Paulo

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, o São Paulo venceu o Palmeiras por 1 a 0, mas poderia ter sido 3 ou 4 a 0 que não seria exagero nenhum. No intervalo do jogo fiz um post nas redes sociais dizendo que estávamos vendo o estilo Bauza de ser, sofrível, mas de resultado.

Explico: os primeiros dez minutos foram de total domínio do Palmeiras. Logo a 2 minutos Denis fez uma defesa espetacular numa cabeçada do ataque palmeirense. Pouco depois outra grande defesa, em chute de meia distância. O principal problema do São Paulo estava do lado esquerdo. Enquanto Matheus Reis e Centurion se confundiam na marcação, o Palmeiras descia com três pelo setor, sem que um volante acompanhasse.

Mas aos 11 minutos, num contra-ataque perfeito, onde Wesley rouba uma bola na defesa, lança Thiago Mendes que tabela com Kelvin, chega Bruno e faz um cruzamento perfeito para Ganso marcar. Isso mudou completamente o cenário, porque o São Paulo passou a ter as ações da partida e o Palmeiras levou uma ducha de água fria, se desestabilizando no jogo.

O lado esquerdo do São Paulo acertou a marcação e tirou do adversário a jogada que estava atormentando a defesa tricolor. E o jogo seguiu equilibrado até o final do primeiro tempo, com poucas chances de gol, mas que mostrou, realmente, o estilo Bauza de ser.

Só que o técnico são-paulino mudou a postura do time no vestiário e, na volta para o segundo tempo, avançou um pouco a marcação, além de diminuir o espaço para o time verde. Ganso passou a atuar mais centralizado e começou a criar chance após chance para o ataque tricolor. Mais do que isso, Thiago Mendes recuperava bolas na defesa e arrancava com muita velocidade para o ataque. Se tornou um segundo meia, ao lado de Ganso.

Fernando Prass passou a fazer defesas milagrosas, evitando a goleada. Centurion, Kelvin, Ytalo, Thiago Mendes e Rogerio pararam nas mãos do goleiro palmeirense. Do nosso lado, uma falha de Denis, com recuperação, mas que lhe causou a contusão. Ou seja: Denis faz grandes defesas, mas nós sabemos que uma hora ele vai falhar.

O jogo terminou com o São Paulo sobrando em campo, contra um Palmeiras que, apesar das substituições feitas por Cuca, não sabia o que fazer. E saiu dando graças a Deus por não ter sido goleado.

O mais importante no empate foi ver que Bauza tem o time nas mãos

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb. Alguns seguidores criticaram a nota baixa que dei para Bauza no jogo desta quarta-feira, contra o Coritiba. Eu não dou nota para o histórico, mas sim de forma pontual, para aquele jogo. E entendo que esse negócio de ficar poupando jogador pensando na Libertadores já deu. Só jogaremos contra o Atlético Nacional dia 06 de julho. Portanto, não tem o menor sentido. Além do mais, não gostei dele ter tirado, mais uma vez – como o fez contra o Inter – o Kelvin, que vinha sendo o melhor do ataque.

Isso posto, não deixo de reconhecer que Bauza tem o elenco nas mãos. Melhor: os jogadores confiam e acreditam no seu trabalho. Isso é fundamental para alcançarmos nossos objetivos, que são os títulos da Libertadores e, por que não (?) do Brasileiro.

Lembro que Juan Carlos Osorio por vezes me irritava com as constantes alterações que fazia no time. Depois passei a entender que era um rodízio que não enfraquecia o elenco. Bauza poderia poupar dois ou três, se fosse o caso, mas não partir com um time completamente reserva. Quem tinha de titular ontem: Denis, Maicon, Thiago Mendes e Kelvin.

Apesar dos pesares, o time se comportou bem. Fez um primeiro tempo razoável e um segundo tempo em que merecia a vitória. O goleiro do Coritiba soltou todas as bolas que foram ao gol, mas ele conseguiu impedir a vitória do Tricolor. Do outro lado, em nossa defesa, Lucão tentou fazer o possível para marcar contra. Cabeceou uma bola na trave e recuou uma bola ridiculamente para Denis. Nosso goleiro, por sua vez, fez uma defesa gigantesca, mas nas bolas cruzadas ficava no meio do caminho, onde, na linguagem do tênis, falamos “no mata burro”.

Gostei da entrada de Rogério, mas prefiro vê-lo jogando por onde joga Centurion. Mas Bauza insiste em afirmar que ele disputa posição com Ganso. Durma-se com um barulho destes. É só olhar em campo que ele, do nada, aparece pelo lado. Não tem característica centralizadora. Além do mais, o substituto imediato do Ganso é o Lucas Fernandes que, diga-se de passagem ficou sumido em campo nesta quarta-feira.

Vamos considerar que, na soma de um campeonato por pontos corridos, longo como é o Brasileiro, empate fora de casa é bem vindo. O problema foi a derrota para o Internacional no Morumbi. Teremos que recuperar esses pontos. Quem sabe, no segundo turno, vencendo em Porto Alegre. Agora é mirar o clássico de domingo que, por ser no Morumbi, demanda vitória. É o que espero.

São Paulo perdeu porque não teve foco

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, falta de foco: esse foi o real motivo para a derrota para o Internacional neste domingo, no Morumbi, pelo Campeonato Brasileiro. O time está vivendo o êxtase de estar na semifinal da Libertadores e por isso o Brasileiro ficou assunto pequeno para o elenco.

Isso está certo? Não. Está muito errado. O Brasileiro, na minha visão, é tão importante quanto a Libertadores. Ele norteia nosso ano inteiro, enquanto a Libertadores, se formos mal nas semifinais, estará acabada, ainda que no começo do segundo semestre. E o que faremos até ano que vem?

Elogiei Bauza quando mandou o time totalmente reserva para o Rio de Janeiro semana passada. Estávamos entre os dois jogos decisivos contra o Atlético-MG, era apenas o primeiro jogo – e na casa do adversário -, o que quer dizer que poderíamos considerar uma derrota. Mas hoje não: passada a Libertadores, jogo em casa, tem que ganhar. E não tem desculpa.

Li alguns comentários em nossa página do Facebook de que o árbitro não deu dois pênaltis a favor do São Paulo. Eu estava no estádio, mas procurei ver no monitor que tinha à minha frente. Não vi esses pênaltis. Aguardei a entrevista de Bauza para escrever meu comentário e ele disse que o time jogou muito bem, que não mereceu perder. Acho que vi outro jogo.

Nos primeiros 15 minutos entendo que o São Paulo foi melhor, dominou o jogo. Teve uma chance clara com Calleri, que aproveitou-se de um cochilo da defesa e quase marcou. Depois outra oportunidade, em jogada de Ganso. Mas a partir daí o Internacional equilibrou o jogo e começou a ter maior domínio das ações. Até marcar o gol, num contra-ataque, com Maicon e Lugano ficando sozinho contra três. Onde estavam Hudson, Bruno e Matheus Reis?

O time voltou para o segundo tempo com os mesmos erros. Só que o jogo ficou mais em cima de Kelvin, e ele começou a levar vantagem em todas as jogadas. As cobranças de escanteio pela direita, feitas por ele, também sempre levavam perigo. Tanto que ele passo a bater também os da esquerda, orientado que foi por Lugano.

Ganso começou a achar os vazios para enfiar a bola. Botou, no mínimo, três vezes Centurion em condição de fazer o gol ou completar para o meio da área, pois foi lançado por trás da zaga. Mas era o Centurion, e ele não conseguiu concluir as jogadas.

Bauza, então, comete seu grande erro: tira Kelvin para colocar Kardec, e Centurion para colocar Lucas Fernandes. Perdeu a velocidade, as jogadas pelos cantos, a marcação que Kelvin fazia, enfim, quebrou o time. Por sorte Ganso tinha alguns momentos de muita lucidez, sofreu uma falta pelo lado do campo, bateu e Lugano empatou. Apesar de estarmos no final do jogo, dava a impressão que a virada aconteceria. E tivemos chance num lançamento de Ganso para Calleri. Mas na sequência, num erro de Bruno, sofremos o segundo gol.

Não vou dizer que o time jogou muito mal, mas não foi aquele tive com sangue nos olhos que vimos nos jogos da Libertadores. E o Brasileiro não é campeonato para se brincar. O nível é muito alto e qualquer descaso, já sabem o que pode acontecer lá na frente.

A classificação mostrou um time maduro e competitivo

Chega deste negócio de colocar em dúvida a capacidade deste time do São Paulo. O jogo contra o River Plate, no Morumbi, começou a marcar a divisão de águas; o jogo contra o The Strongest, em La Paz, com direito a Maicon no gol, foi esse divisor de águas. A partir daquele dia entendi que o grupo estava unido, com sangue nos olhos, vivendo como se deve viver uma Libertadores.

A consequência foi a brilhante partida contra o Toluca, no Morumbi, que terminou com a goleada de 4 a 0 e a possibilidade de administrar o resultado na altitude e, agora, com a classificação para a semifinal, depois da batalha no Independência.

Seria mentir para mim mesmo afirmar que, quando sofremos o segundo gol nesta quarta-feira, aos 11 minutos de jogo, não fiquei preocupado. Sim, pois entendi que o time iria partir com força total para o ataque e poderia sofrer uma goleada. Mas o time manteve a calma. Muito mais do que eu, que estava extremamente tenso.

Não tardou para sair do gol de Maicon e me dar a certeza que tudo daria certo. Nem a bola na trave que o Atlético meteu me colocou medo. Até porque respondemos do outro lado, também com uma bola na trave. Mas o gol de Maicon foi um jato de água gelada nos mineiros, no time e na torcida.  E a partir daí o time mostrou toda sua maturidade e poder de competição até o último minuto de jogo. Nós, torcedores, sofremos. O time não: jogou.

Ganso ficou um pouco sumido no jogo, mas no segundo tempo, quando a bola chegava até ele, o jogo era cadenciado, as trocas de bola apareciam e o São Paulo, com isso, fazia o tempo passar. Ainda houve um contra-ataque quase perfeito, que poderia ter acabado com o gol de empate. Mas Ganso, a quem coube concluir a jogada, chutou fraco para a defesa de Vitor.

Também tomamos um grande susto, talvez o único do segundo tempo, quando Denis, sim, Denis fez uma defesa gigantesca, com o peito, em cima da linha do gol. E nada mais houve.

Estamos na semifinal. Que venham argentinos, colombianos, equatorianos ou mexicanos, não importa. Nossa camisa, como diz aquele narrador da Fox, entorta o varal. Chegaremos lá. Eu acredito!

Vencer fora de casa, com time reserva, nada mal para uma estreia de Brasileiro

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, o São Paulo conseguiu o que ninguém, em sã consciência, esperava: estrear no Brasileiro, jogando no campo adversário, com time completamente reserva, com vitória. O jogo foi horrível, diga-se de passagem, mas podemos considerar que o gramado é um terrão, que o time do Botafogo é medíocre e que o time reserva do São Paulo também ficou perto dessa mediocridade. Mas quebrou o tabu de não ganhar jogos fora de casa.

Bauza decidiu, corretamente, poupar os titulares para o jogo de quarta-feira contra o Atlético-MG, pela Libertadores. Sabendo que o Brasileiro é longo e que um resultado negativo neste domingo em nada mudaria o planejamento de título, colocou um time recheado de garotos, com Lugano liderando a defesa e Kardec a frente. O problema é que o time ficou muito recuado e até os 20 minutos não conseguiu passar do meio de campo.

A primeira vez que o time foi para a frente ocorreu a falta em Kardec, que Lucas Fernandes cobrou e marcou o único gol da partida. Isso deu mais tranquilidade ao time, que passou a equilibrar o jogo. O Botafogo, apesar do domínio, não conseguia concluir bem. Além disso, a defesa estava bem posicionada. As jogadas de ataque do time carioca não exigiam velocidade dos nossos zagueiros. Talvez essa seja a explicação para a boa partida de Lugano.

Bauza acertou o posicionamento do time para o segundo tempo e o São Paulo voltou marcando mais na frente. Os jogadores de meio de campo se aproximaram mais do ataque e as ações foram divididas. Por mais que o Botafogo entrasse no desespero para tentar alguma coisa, em nenhum momento senti que o São Paulo poderia tomar o gol de empate. Até porque Renan Ribeiro oferecia ao time, e à torcida, total segurança.

Não fosse a arbitragem danosa ao Tricolor do cidadão do apito, teríamos feito o segundo gol. Num belo lançamento de Kelvin para Centurion, que marcou de cabeça, mas a arbitragem inventou um impedimento.

Valeu pela vitória. O espetáculo foi horroroso, mas os três pontos estão consignados. Numa partida prognosticada para a derrota, saímos com a vitória. Parece que os ventos de outrora voltaram a soprar pelos lados do Morumbi. Oxalá assim continue.

Em jogo típico de Libertadores, a torcida fez a diferença

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, o São Paulo venceu o Atlético-MG por 1 a 0. Talvez seja este, para o mandante, um bom resultado, apesar da contagem magra. É que o Atlético será forçado, no jogo de volta, a vir para cima, pois o empate é nosso. Ao vir para cima se abrirá para contra-ataques do São Paulo. E os mineiros sabem que precisam de dois gols sem tomar nenhum para a classificação, pois uma vitória simples levará o jogo para os pênaltis. E se o São Paulo marcar um gol, o Atlético precisará fazer três. Portanto essa vitória tem, sim, extrema importância.

Neste jogo do Morumbi faltou técnica de ambos os lados e sobrou marcação e bolas divididas. Também sobrou violência por parte dos atleticanos, sob os olhares complacentes e coniventes deste péssimo árbitro colombiano.

Bauza optou por Wesley no lugar do contundido Michel Bastos. Mas com a forma que montou a equipe acabou matando as principais jogadas de ataque. Kelvim foi deslocado para a esquerda e não rendeu o que se previa. Ganso, mais aberto pela direita, foi presa fácil para a defesa adversária, o que culminou em um Calleri abandonado entre os zagueiros.

No entanto, se o São Paulo não criou chances, o Atlético também não. Maicon e Rodrigo Caio colocaram no bolso o argentino Lucas Prato e Robinho. Ganharam todas, sem brincar, sem titubear.

Eu esperava que Bauza voltasse com Michel Bastos no lugar de Wesley para o segundo tempo. O volante não fazia boa partida. Mas ele esperou alguns minutos e quando colocou Michel, o fez no lugar de Kelvim. Depois colocou Wilder no lugar de Thiago Mendes, mantendo Wesley em campo.

Ainda bem que Bauza é o técnico e eu só jornalista. Pois foi em uma falta na lateral da área sobre Wesley, com cobrança dele, perfeita, que Michel, predestinado, desviou a bola e marcou o gol da vitória. Merecido.

Depois, com Maicon machucado, entrou Lugano. E o uruguaio mostrou que está completamente sem tempo de bola, colocando em risco a defesa.

Entendo que, como disse Bauza, o time foi e está competitivo. Não deu chances ao adversário, lutou por todas as bolas e saiu vencedor.

Louros á torcida que lotou o Morumbi e não parou um único minuto, incentivando o time. Essa torcida, é sim, responsável, por boa parte das vitórias do Tricolor em casa. A lamentar o incidente que vitimou 17 pessoas. Os responsáveis pelo estádio do Morumbi devem satisfação à massa tricolor.

Classificação ratificada. Mas temos que acertar a defesa

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb. Estamos nas quartas-de-final da Libertadores, numa classificação obtida no Morumbi, quando goleamos o Toluca por 4 a 0. Ali já sabíamos que seria impossível perder a classificação.

Bauza colocou em campo o mesmo esquema tático utilizado contra o The Strongest. Só que no México, a altitude era de 2.600 metros, mil metros a menos que La Paz. Em compensação, o Toluca é anos-luz melhor que o The Strongest.

Entendo que o simples fato de termos ganho aqui por 4 a 0 deu a tranquilidade suficiente para o time jogar. O que está preocupando, e muito, é a jogada aérea e nossa área. Rodrigo Caio, várias vezes, marcou a bola, enquanto dois adversários entravam pelas costas. Sem contar que sua impulsão estava abaixo do que se espera como regular. E como as bolas eram alçadas sempre da esquerda para a direita, no segundo pau, o São Paulo correu muitos riscos.

Digo que temos que acertar essa defesa, principalmente pelo adversário que teremos pela frente. Acabado o jogo do São Paulo fiquei assistindo Atlético-MG e Racing. E a única jogada do time mineiro é a bola alçada na área. Aliás, eles lançam pelo alto de qualquer lugar do campo. Assim foram os dois gols e as principais chances que eles tiveram.

Não vejo o Atlético-MG como favorito. Acho que será um jogo muito igual. Mas se conseguirmos repetir o futebol que tivemos no primeiro jogo contra o Toluca e fizermos, digamos, 2 a 0, acho que o Atlético não consegue reverter em BH.

Não vou criticar Bauza. Por mais que não concorde em hipótese alguma com Ganso no banco, pois mesmo ele não sendo forte na marcação, pode desequilibrar o jogo num passe ou lançamento, entendo que Bauza fechou em sua cabeça os sistemas táticos a serem utilizados. Enquanto estiver dando certo, não vou poder reclamar e tenho que apoiar.