As 55 mil pessoas que estavam no Morumbi mereciam a vitória

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, foi injusto para 55 mil torcedores presentes ao Morumbi, e outras centenas de milhares ligados na televisão ou no rádio, não verem a vitória do São Paulo sobre a Chapecoense. O apagão do time nos primeiros dez minutos de jogo foi imperdoável. E inexplicável.

Não dá para entender como uma zaga com Lugano e Maicon, com muita altura, consegue tomar dois gols de cabeça, por absoluta falta de impulsão e posicionamento. E a falta que originou o segundo gol, sem qualquer necessidade, a não ser pela nulidade de Thiago Mendes na marcação.

Incrível admitir, mas Centurion fez muito bem o papel de centro-avante, assim como Kelvin foi bem por um lado do campo e Cueva bem na armação. O problema que estávamos com um time manco, já que o lado esquerdo foi pavoroso: Michel Bastos e Carlinhos se esmeraram para serem os piores em campo.

Com 2 a 0 contra, a Chapecoense fortaleceu seu sistema defensivo e passou a viver de contra-ataques. Se Bauza é tido como técnico retranqueiro e medroso, hoje não posso falar isso dele. No intervalo já voltou com Chavez no lugar de Thiago Mendes. Ou seja: o time ficou com um volante um meia e quatro atacantes. Logo depois tirou Carlinhos e colocou Luis Araujo, recuando Michel Bastos para a lateral esquerda. Na verdade ficamos com um volante, um meia e cinco atacantes, pois Michel continuava lá na frente.

Inegável que o time teve vontade e raça, que foi para cima, foi um massacre e chegou ao empate. Era evidente que ficaria com a defesa exposta, tanto que Denis fez duas grandes defesas no final da partida. Mas o empate com a Chapecoense no Morumbi só tem um sabor menos amargo porque saímos de um 0 a 2 para um empate. Mas, sem empatar com um dos candidatos ao título em casa já pode ser considerado como dois pontos perdidos, imaginem contra um time deste nível.

Ainda há muito chão a percorrer, mas disse semana passada que seriam quatro jogos com 12 pontos obrigatórios a conquistar: Chapecoense e Atlético-MG, no Morumbi, Santa Cruz, em Recife e Botafogo, no Morumbi – já pelo segundo turno -. Já perdemos dois. Portanto faremos, no máximo, dez pontos nestes quatro jogos. Fica muito difícil pensar em título e até mesmo Libertadores.

A conquista de um time que joga bem e para a frente

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, não uso esse espaço para falar de outro clube, que não seja o São Paulo. Afinal, nosso site é dedicado unica e exclusivamente para falar das coisas do nosso Tricolor. Mas hoje preciso abrir uma exceção e abordar o Atlético Nacional, campeão da Libertadores de 2016.

Antes de discorrer de sua forma de jogar preciso citar dois pontos importantíssimos: nos jogos contra o São Paulo a arbitragem sempre esteve presente do lado colombiano. No Morumbi a expulsão inexplicável de Maicon e em Medellin os pênaltis não marcados sobre Hudson e a mão do zagueiro (o árbitro preferiu inventar uma falta de Calleri). Nessa quarta-feira também houve um pênalti para o Independiente Del Valle, não marcado pelo árbitro.

Claro que houvesse uma arbitragem correta o São Paulo poderia ter sido o finalista da Libertadores. Mas o Atlético Nacional talvez tenha sido o time que mais mereceu essa conquista. Chegou aos 33 pontos ao longo da competição. É, por isso, o time que mais pontuou numa Libertadores, ultrapassando o Boca Juniors de 2003, que tinha feito 32 pontos.

O Atlético foi um time muito ofensivo, mas nem por isso levou muitos gols. Sua defesa sempre foi firme e a marcação constante. O detalhe é que essa marcação começa no campo de ataque, sufocando a defesa adversária, quando está jogando na Colômbia. Quando está como visitante, a marcação se dá no meio de campo, nunca atrás a intermediária.

Isso coloca por terra a teoria dos que defendem o tal “futebol de resultado”. Técnicos com este padrão fazem 1 a 0 e começam a trocar atacantes por defensores. O técnico do Nacional, Reinaldo Rueda – discípulo de Juan Carlos Osório -, aos 30 minutos do segundo tempo, trocou dois atacantes por outros dois atacantes. E continuou marcando o Independiente Del Valle em seu campo. Correu riscos ao longo da partida, sim, mas foi melhor o jogo todo e mereceu o título.

Ainda bem que o futebol técnico, bem jogado e ofensivo, ainda tem vez e vitória no cenário mundial. Ainda bem que o Real Madrid foi campeão da Liga dos Campeões contra aquele futebol feio e retrancado do Atlético de Madrid. Oxalá nossos dirigentes, e agora falo diretamente aos do São Paulo, enxerguem que o futebol defensivo de Bauza pode até ganhar alguma coisinha por aí, mas não nos levará a lugar nenhum.

 

Sim x Não. E o Douglas Jack continua impune!

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, a noite de hoje promete ser das mais quentes, com discussões acaloradas e direito até agressões verbais na reunião do Conselho Deliberativo. Situação e oposição vão defender suas posições sobre o Sim e o Não, que serão ratificados em Assembléia Geral convocada pelo presidente Leco para o próximo dia 06 de agosto. Só que, mais uma vez, o caso Jack e a Far East continuará fora da pauta. Mas vamos por partes.

Primeiro cabe uma explicação isenta de que se trata essa Assembleia Geral. Como todos sabem desde 2004 há uma ação que corre na Justiça, movida por alguns conselheiros da oposição, visando anular a mudança estatutária feita ainda na gestão de Marcelo Portugal Gouveia, que, entre outras coisas, tiraram do sócio o poder de decidir sobre as mudanças no estatuto. O São Paulo perdeu em todas as instâncias da Justiça e aguarda um último resultado, já sabendo que não conseguirá reverter o quadro, pois a decisão já bateu no Supremo Tribunal Federal.

Isso implica em voltar ao estatuto vigente em 2003 e anulam-se todos os atos praticados até agora. O Conselho Deliberativo, que hoje conta com 160 vitalícios e 80 eleitos, passa  a ter invertida essa composição. A Justiça indicará um interventor que, em 90 dias, terá que convocar novas eleições para conselheiros e, consequentemente, para presidente. Todos os atos praticados desde então passam a ser nulos.

Isso é, em suma, o que interessa e o que demanda essa decisão da Justiça. O grande problema é que os políticos do São Paulo preferem o terrorismo à explicação clara e transparente. Enquanto a oposição prega o NÃO, dizendo que a forma que Leco convocou a Assembleia se constitui um golpe, a diretoria prega o SIM afirmando que a negativa significa a inviabilização do clube, pois todos os contratos deixariam de existir, no tipo “não teremos time para entrar em campo no dia seguinte”, que um corinthiano poderia ser indicado como interventor, e até que a própria assembleia não teria validade.

O fato é que os sócios estão perdidos e não encontrei alguém até agora, despido do espírito político do “vou explicar o que é melhor para mim” para conversar com eles. É o que estou tentando fazer agora.

Pelo que depurei, há, sim, uma pegadinha na pergunta. Se o sócio disser SIM vai autorizar uma reforma estatutária – o que é excelente – mas vai aprovar todas as mudanças feitas até aquela data – o que é péssimo. Por que não se colocam duas perguntas: 1) se quer reforma estatutária; 2) se aprova o que foi feito até agora. Mas se isso vale para colocar em dúvida o SIM, também o vale para o NÃO, porque esse resultado negaria tudo, inclusive uma reforma estatutária.

Vou partir para a frente. Se vencer o SIM, está previsto, nesse mesmo edital, que o presidente do Conselho Deliberativo, Marcelo Pupo, criará uma comissão de conselheiros que receberá, dos sócios, propostas para a modernização do estatuto. A comissão aglutinará as propostas, redigirá o novo estatuto que será votado pelo próprio Conselho e, depois, por outra Assembleia Geral. Já antecipo que se o SIM for o vencedor, abrirei uma página do Tricolornaweb para receber propostas dos leitores que não são sócios, portanto, torcedores, condensarei as propostas e serei o canal dos torcedores, como sócio que sou, para encaminhá-las em meu nome à comissão.

Não decidi ainda o que é melhor, em minha visão, para o clube. Não sei se votarei SIM ou NÃO. Preciso pensar bem e pesar minha decisão, para que seja a mais embasada possível.

Voltando ao Conselho, na reunião desta noite não entrará em pauta a discussão do caso Far East e a comissão não paga na transação com a Under Armour. O conselheiro Edson Lapolla me encaminhou cópia de e-mail que ele enviou a todos os conselheiros cobrando uma posição. O crime esteve ali, prestes a ser cometido. Seria Cinira Maturana quem receberia a comissão. Quando o contrato fraudulento foi descoberto, Douglas Schwartzmann trocou as empresas e apareceu com a Far East e o tal de Jack como intermediário. A tentativa de receber uma comissão fraudulenta já redunda em crime. Mas o presidente do Conselho Deliberativo, Marcelo Pupo, insiste em afirmar que não há indícios deste crime. Ou seria òpice Blum, aquele que chamou Ataíde de assassino, por pretensão política futura, que estaria barrando tudo isso para ter ao seu lado as forças ligadas a Dedé, Douglas, Aidar e outros mais? Ora, faça-me um favor!

Continuamos de olho. E cobrando atitude. As simples expulsões de Carlos Miguel Aidar e Ataíde Gil Guerreiro não resgatam a credibilidade do nosso Conselho. O serviço tem que ser completo.

Pior que a derrota em Porto Alegre, foi a falta de atitude

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, a derrota do São Paulo para o Grêmio, em Porto Alegre, pode ser colocado naquele lado da balança onde entram os jogos “perdíveis”. Quando iniciamos um campeonato como o Brasileiro, por pontos corridos – para mim o critério mais justo para indicar o verdadeiro campeão -, insistimos na fórmula que um time para chegar ao título precisa, na média, vencer todos os jogos em casa e empatar quase todos fora, ganhando alguns. Isso dá chance para o time perder alguns contra adversários fortes, caso do nosso deste domingo.

Mas o problema não está na simples derrota por 1 a 0, que poderia ter sido por 5 ou 6, não fosse a performance exuberante do goleiro Denis, criticado por todos e- por mim -, mas que hoje foi fundamental para não sairmos de Porto Alegre humilhados com uma sonora goleada. O problema está na atitude que o time não teve e que fez com o São Paulo fosse facilmente dominado pelo até frágil time do Grêmio.

Bauza parecia estar em outro planeta, ou em outro País. Certamente sua ida à Argentina, sua reunião com a AFA tirou sua concentração do jogo. Se concentrado ele já faz um monte de bobagens, imagina com a cabeça em outro lugar. Aí o time ficou sem comando, sem aquele cara aguerrido que fica na beira do campo gritando, cobrando ações de seus jogadores, indicando posicionamento, marcação, ultrapassagens. Enfim, faltou o comandante.

O time em campo foi presa fácil. O ataque foi uma vergonha. Centurion e Michel Bastos continuaram sendo os cemitérios de jogadas;  Gilberto tentou buscar a bola no meio de campo, já que ela não chegava lá na frente. Essa incumbência era de Cueva, que fez uma péssima partida e não acertou um único passe.

Wesley e Thiago Mendes fizeram uma partida medonha. Não conseguiram marcar o meio-campo gremista e sobrecarregaram a defesa. Aliás, neste meio de campo do time gaúcho tinham Maicon, aquele que mandamos embora; Negueba, aquele quem chegou a jogar por aqui; e Douglas, com uma barriga maior que a do Ronaldo no final de carreira. Foi esse time que passeou contra o São Paulo.

Pior do que tudo isso é ver que o melhor do elenco estava ali. Exceções feitas a Kelvin, que entrou no segundo tempo e ainda está sem ritmo, Hdson, suspenso, e Chavez, que vai estrear, mas é uma incógnita, o time que foi a campo foi o nosso titular. Então tenho que concluir que Hudson fez muita falta, pois o meio de campo ficou sem pegada. Convenhamos que dependermos de Hudson para equilibrar o meio de campo é querer muito.

O padrão de jogo imposto por Edgardo Bauza não existiu em Porto Alegre. Fomos um amontoado em campo, sem vontade, sem atitude, sem determinação, se futebol. Um lateral direito que é limitadíssimo e um esquerdo que tem sido uma constante avenida e que hoje, de novo, falhou no gol e ainda foi expulso. Ah, antes quase tinha dado um gol de presente ao Grêmio. Ele bem que tentou até conseguir.

Faltam três jogos para o final do primeiro turno. A tabela é boa para o São Paulo: jogamos em casa contra Chapecoense e Atlético-MG e saímos, na última rodada, para pegar o Santa Cruz, em Recife. Para um time que almeja ser campeão ou, na pior das hipóteses, chegar ao G4, serão nove pontos obrigatórios. Esticando mais um pouco, vendo que a primeira partida do segundo turno é contra o Botafogo, no Morumbi, posso afirmar: são 12 pontos obrigatórios. E não me venham com chorumelas, pois não aceitarei um ponto a menos que estes 12 nesses próximos quatro jogos.

São Paulo merecia a vitória em Itaquera

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, não tenho o menor receio em afirmar que o São Paulo merecia sair de Itaquera com a vitória. Dominou por completo boa parte do segundo tempo, criou chances e perdeu oportunidades. Claro que Denis saiu como um dos heróis do jogo, pois fez duas defesas milagrosas. Mas foram as únicas chances do  Corinthians, que sofre um grande sufoco dos 30 minutos do segundo tempo até o final e a bola não entrou.

Aliás, vamos combinar, desculpem a palavra chula, mas o gol do Corinthians foi o famoso e conhecido “gol cagado”. A bola ia na direção de Denis, Rodrigo Caio rebate e o jogador que está entrando na área dá uma cabeçada, pois a bola, rebatida, foi em sua direção e Denis estava caído. Não posso culpar Rodrigo Caio pelo gol e coloco essa jogada na conta do azar de jogo. Depois disso tanto Rodrigo Caio quanto Maicon jogaram um grande futebol, dominando o ataque adversário.

O grande problema do São Paulo nesse jogo foi o “ataque de riso” que esteve em campo. Centurion e Michel Bastos perdiam todas as bolas pelos lados do campo e não recompunham adequadamente para ajudar os laterais. Ytalo, além de não receber bolas, quando conseguiu chegar nela, foi muito mal.

O ataque do São Paulo viveu de algumas descidas de Bruno e Mena mas, principalmente, de infiltrações de Hudson e Thiago Mendes pelo meio.

As substituições de Bauza colocaram o time mais para a frente. Só acho que ele demorou um pouco para fazer tudo isso. Respeitou demais o adversário, que estava sendo dominado pelo São Paulo.

Mas, depois da eliminação da Libertadores, com a tabela que temos pela frente – hoje foi o Corinthins em Itaquera e domingo que vem será o Grêmio, em Porto Alegre), convenhamos que dois empates podem ser comemorados. Depois resolvemos a parada no Morumbi e vamos buscar  vitórias fora com times que estão mais para baixo na tabela.

Só aguardo os reforços que estão vindo, pois precisamos deles para almejar algo importante nesse Brasileiro.

Divagando sobre a saída de Ganso: sou antagônico

Acabou o ciclo de Paulo Henrique Ganso no São Paulo. Maestro, gênio do futebol, um dos poucos meias verdadeiros e nostálgicos que ainda existem no mundo, mas que nos deixou e agora vai brilhar nos campos da Europa.

Sei que estou sendo antagônico no título do editorial, mas tenho duas visões sobre a passagem e a saída de Ganso do São Paulo. Vou tentar explicar.

Muitos estão dando adeus a Ganso, ressaltando sua importância dentro do clube, que durante quatro anos foi o grande maestro da equipe, e piriri e pororó. Mas o cartel dele não demonstra isso: em 221 jogos que disputou nesse período, marcou 24 gols e deu 49 assistências. Somando-se temos, então, 73 participações efetivas, entre passes e assistência. Isso quer dize que em 34% dos jogos disputados Ganso fez alguma coisa. No restante fez o que?

Convenhamos, é muito pouco para um maestro, um gênio do futebol. Se pegarmos outros exemplos, e não vou longe, vou em Jadson, no Corinthians, que não era gênio nem maestro, 24 gols em 103 partidas, além de 48 assistências. Somando temos 82 participações efetivas em gol, entre passes e assistências. Isso quer dizer que em 70% dos jogos disputados Jadson fez alguma coisa. Notaram a sensível diferença?

Ganso, efetivamente, jogou muito em 2015 e em 2016. Tanto é que boa parte de seus números foram alcançados nos últimos 18 meses. Por isso não vou entrar na corrente do “Obrigado, Maestro, por tudo o que fez com a camisa do São Paulo”, porque outros jogadores fizeram muito mais do que ele e não tiveram esse tratamento. CAlleri é exemplo vivo do que estou falando.

Mas, aqui entra meu antagonismo, lamento muito a perda deste jogador e culpo a inabilidade da diretoria, desde o presidente Leco até Gustavo Oliveira, passando por Alexandre Médicis e José Jakobson Neto. Quando o diretor de Futebol era Luiz Cunha, Ganso estava negociando sua renovação com o São Paulo. Havia dito, inclusive, que não queria deixar o Tricolor e só o faria se viesse uma proposta muito boa de um time grande da Europa. Convenhamos que o Sevillha não é bem um time grande.

Com a saída de Luiz Cunha o assunto ficou deixado de lado e Gustavo Oliveira, com o aval de Leco, foi para cima de Cueva e conseguiu sua contratação. Depois Maicon, o que todos queriam. Não digo que Cueva não possa ser muito útil ao São Paulo, até acredito em seu potencial, mas não pode ser comparado a Ganso em qualidade técnica. Então, por que investir tanto dinheiro em Cueva se o meia que procurávamos estava ali mesmo, no CT da Barra Funda?

Portanto não me venham com chorumelas, de que Ganso pediu para ser vendido, que ele queria ir para a Europa, porque não é verdade. Até pode ser real, sim, no momento atual, mas não era há um mês. Ele estava pronto para renovar seu contrato e o São Paulo não teve o time correto para isso. E assim perdemos nosso grande maestro.

Dentro deste antagonismo todo, se vocês me perguntarem se eu queria ou não que Ganso continuasse, minha resposta será direta e clara: SIM! Não conseguiremos repor um jogador da sua categoria. Sua falta para o time ficou provado nos dois jogos das semifinais da Libertadores.

Então, boa sorte, Ganso, mas não vou agradecer pelos “brilhantes” serviços prestados.

 

Assaltos na Libertadores e time limitado: causas da eliminação

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, o São Paulo foi roubado escandalosamente, assaltado e por isso está fora das finais da Libertadores, eliminado que fora, além da arbitragem, por um time infinitamente superior ao nosso. O Atlético Nacional não tem culpa do que a Conmebol nos preparou. O time colombiano joga futebol, não dá pontapé, dá aula de como praticar esse esporte. Graças a Juan Carlos Osorio, técnico que montou esse time e impôs seu padrão de jogo, seguido pelo atual treinador.

Mas fiquemos na revolta com a arbitragem. Sou radicalmente contra violência, mas ontem torci muito para que José Di Leo desse um murro na cara do juiz canalha, ou que Lugano, mesmo que encerrasse ali sua carreira por uma suspensão longínqua, desse um chute no saco daquele fdp.

Mas voltemos ao primeiro jogo, no Morumbi. Ali, quando escrevi meu editorial, por mais que tenha achado que Maicon foi infantil, expressei minha opinião de que o árbitro foi excessivamente severo e não caberia expulsão naquele lance. No máximo amarelo. E também amarelo para o jogador do Nacional pela encenação.

A expulsão de Maicon nos causou a derrota por 2 a 0. Ali houve um erro crasso de Bauza, que abriu o time para tentar o gol, quando o correto seria fechar, pois 0 a 0 nos possibilitaria jogar pelo empate na Colômbia.

Ontem foi um acinte, um escárnio. Começa pelo gol do Atlético Nacional, o primeiro, cujo impedimento não foi marcado. Depois o pênalti escandaloso sobre Hudson, também não marcado. Imaginem que, com arbitragem correta, poderíamos ter ido para o vestiário com 2 a 0, ou seja, placar nosso. Mas fomos com 1 a 1.

Não vou discutir aqui o pênalti de Carlinhos. Por mais que seja polêmico, pois ele estava de costas, é claro que abriu os braços e aumentou a extensão do corpo. Mas aí Inês já era morta e a situação só piorou ainda mais com as expulsões de Lugano e Wesley.

Estou puto sim com as arbitragens, mas não podemos nos esquecer de algumas coisas:

  • O time do Atlético Nacional é muito bom, bem melhor que o São Paulo. Não deu um pontapé, deu aula de futebol e não tem culpa do que aconteceu. Respeitou o São Paulo, pois poderia ter aplicado uma goleada quando estavam 11 contra 9;
  • O time teve muito brio e fez um grande primeiro tempo. Isso tem que ser reconhecido por todos os torcedores. Além do mais, chegamos à semifinal da Libertadores, algo que nenhum torcedor do Tricolor ou adversário acreditava que isso poderia acontecer.
  • Os erros das arbitragens nesses dois jogos não podem servir de desculpa para acharmos que só fomos eliminados por esse motivo. O elenco do São Paulo é fraco e precisa de reforços urgentes se almejar alguma coisa no Campeonato Brasileiro e na Copa do Brasil;
  • Leco precisa sair um pouco de sua sala, deixar de lado as articulações políticas, pensar um pouco mais no clube como um todo mas, principalmente, no futebol. Ir à Conmebol, voltar a inserir o São Paulo no lugar de onde nunca deveria ter saído.
  • Nesse ponto acima sinto muita saudade de Juvenal Juvêncio e Eduardo Mesquita Pimenta. Não que eu morresse de amores pelo JJ e nem estou pedindo para que Leco consiga árbitros que roubem para nós. Mas naquela época o São Paulo não era roubado como hoje. Falta um presidente de presença nos bastidores da CBF e da Conmebol.

Vamos tocar a vida em frente, pois temos um jogo mais do que importante domingo, pelo Brasileiro. Mas que o tal de Patricio Polic não atravesse a minha frente. Não posso medir as consequências da atitude que eu teria se isso acontecesse.

Vitória importante para pensarmos no Brasileiro

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, o São Paulo “B” goleou o América-MG no Morumbi e conseguiu se recuperar no Brasileiro. Não vou dizer que é o que nos resta, porque o Brasileiro é um campeonato onde todos querem ganhar e, além do mais, ainda resta a esperança de quem torce para o Time da Fé de que algo inesperado aconteça na quarta-feira na Colômbia.

Entendi a decisão de Bauza de entrar com o time reserva hoje. O América é um time muito fraco, virtualmente rebaixado para a séria B. Das 14 partidas que disputou – hoje foi a décima quarta -, perdeu dez. Ora, por mais que nosso elenco seja muito fraco, jogando no Morumbi, contra esse time, não havia como não conquistar os três pontos.

Vejo em Cueva bom potencial para ser o substituto de Ganso. Não tem a genialidade do maestro, mas tem o estilo de jogo de Jadson, em boa forma, e poderá ser muito útil para fazer o trabalho de ligação do meio de campo para o ataque. Também confio no potencial futuro de Luis Araujo. Aliás, continuo inconformado por Bauza não tê-lo, sequer, colocado no banco na última quarta-feira.

Mas preciso falar de Lyanco. Dificilmente é escalado ou mesmo relacionado. Mas sempre é convocado para as seleções de base da Sérvia e do Brasil. Como um jogador desses pode ser alternativa a Lucão, que sempre está no banco? Hoje jogou, no que chamara de “zaga dos sonhos” de um futuro próximo, deu conta do recado, foi muito firme na defesa e marcou um golaço. Me deixou muito esperançoso.

De resto, repito, só conseguimos este resultado porque jogamos contra o vento. Então, mesmo com o elenco ruim que temos, sobrevivemos no Brasileiro. Importante porque nossos dois próximos jogos serão extremamente difíceis e fora de casa: Corinthians e Grêmio. Se conseguirmos dois pontos nestes dois jogos, já reputarei como bons resultados. Se vierem quatro então, é para soltar rojões.

E vamos esperar a quarta-feira.

Pior que a derrota, foi a selvageria praticada pela Independente

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, a selvageria da dita “Torcida Indendente” talvez tenha sido pior, muito pior, que a própria derrota que tivemos para o Atlético Nacional, no Morumbi. Assaltos, torcedores agredidos, a polícia afrontada e agredida, cenas de guerra ao redor do estádio. Pior é saber que a diretoria do São Paulo, assim como as diretorias de todos os outros times, continuam subsidiando esses marginais, com ingressos e, por vezes, até com mensalidades.

O presidente Leco tem que vir a público explicar o que ocorreu no Morumbi e falar às claras a relação que ele mantém, na instituição do cargo, com esses vândalos. Ouvi muitos “verdadeiros” torcedores falarem, ao final do jogo, assustados com tudo o que acontecia lá fora, que não voltariam mais ao Morumbi. Pais com crianças de colo desesperados. Tudo muito triste de ver.

Falando do jogo, o time começou em cima do Atlético. Mostrou que estava a fim de jogo, com adrenalina lá em cima. Só que, convenhamos, o time colombiano é muito bom e o nosso, titular, é bom, mas o que estava em campo ruim.

Tenho dito aqui consecutivamente que temos um bom time titular, mas um elenco medíocre. E isso ficou provado nessa quarta-feira. Bauza não tinha em mãos jogadores à altura de encarar esse time colombiano, ainda que num Morumbi lotado. Comentei com amigos que era inaceitável não ter colocado, ainda que no banco, Luis Araujo., que Bauza foi medroso mais uma vez entrando com três volantes. Mas, pensei: depender de Luis Araujo para resolver uma semifinal de Libertadores? Não. Já tivemos tantos talentos no time, não é assim que se ganha uma Libertadores.

Sem Ganso o time fica acéfalo. A invenção de Ytalo para substituí-lo é uma das coisas mais grotescas que podem existir. Esse Ytalo, salvo engano, será um outro Kieza, que veio e foi, sem deixar qualquer marca, a não ser um gol perdido no primeiro jogo da Libertadores, no Pacaembu, quando perdemos para o The Strongest. Ytalo teve duas chances ontem: uma chutou fraquinho na mão do goleiro e outra isolou. De resto, errou, errou e se escondeu.

Bruno é outro que vai bem nas partidas de menor importância, mas treme nas decisivas. E ontem não foi diferente.

E Maicon? Aquele por quem lutamos para contratar, entregou tudo. Acho até que sua expulsão foi injusta, pois ele não agrediu o colombiano. Mas foi muita inexperiência fazer o que fez na cara do juiz.

Agora Bauza. Desde sempre critiquei sua postura e forma de dirigir o time. Estava sendo “obrigado” a aceitá-lo como herói, pois levou o São Paulo, como elenco medíocre que tem, à semifinal da Libertadores. Mas paramos aí e acho que o São Paulo merece técnico melhor. E que o faça logo, presidente Leco, pois o Brasileiro está aí e domingo é dia de entrarmos com o time titular contra o América Mineiro. E que esse time vá para a Colômbia e brigue na quarta-feira, para honrar nosso manto sagrado.

Arbitragem nefasta nos levou à derrota em Campinas

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, às vezes sou acusado por amigos de ter complexo de perseguição, por achar que o São Paulo é, normalmente, muito prejudicado pelas arbitragens. Se voltarmos a um passado muito recente, para não escarafunchar nos arquivos, veremos que por mais que tenhamos jogado muito mal contra o Sport, no Morumbi, teve um pênalti escandaloso em Ytalo não marcado. Contra o Flamengo também sofremos com a péssima arbitragem. Mas neste domingo, não há o que explique a expulsão de Matheus Reis com sete minutos de jogo. O árbitro dá um amarelo, para uma entrada realmente dura, aí é chamado pelo quarto árbitro, que fora cobrado pelo técnico da Ponte Preta, vê o sangue, se assusta – deve ter dito “Ai meu Deus, que horror” – retira o amarelo e dá vermelho direto ao lateral.

Isso acaba com qualquer esquema tático que o time tenha preparado para o jogo. O São Paulo, que foi com o time totalmente reserva para a partida, jogaria 83 minutos com um jogador a menos. A partir daí o canalha Vinicius Furlan passa a admitir todo tipo de falta, principalmente cometida pela Ponte. Até porque pouco tempo depois da expulsão, o lateral campineiro deu uma cotovelada em Centurion e nem cartão amarelo recebeu. Kardec recebeu uma bola em condição, ficaria cara a cara com o goleiro, e o bandeira dá impedimento. Calleri entra no jogo, também toma uma cotovelada, e o juiz nefasto nem falta marca. Desculpem mas não é ruindade. É safadeza mesmo.

Num primeiro momento pensei que eu estivesse vendo com os olhos puros de torcedor. Mas não. Todos os comentaristas das emissoras de rádio, os sites esportivos e a própria Sportv, que transmitia o jogo em pay-per-view, alardeava que o São Paulo estava sendo roubado em Campinas. Menos mal.

Do time em si gostei muito da presença de Lyanco. Mostrou que efetivamente poderá, num futuro próximo, formar a dupla de zaga com Maicon, se Rodrigo Caio for embora. E vi Caramelo tomar um verdadeiro baile de Reinaldo, aquele que mandamos embora – e que não quero ver de volta no Morumbi -, mas que foi responsável pela jogada do único gol da partida.

Estava preparado para cobrar atitude da diretoria do São Paulo por essa arbitragem de um pulha. Menos mal que José Jakobson Neto, diretor de fut6ebol do Tricolor, já disse que estará na CBF nesta segunda-feira fazendo o devido protesto. Não é de hoje que a CBF tem prejudicado o São Paulo consecutivamente e ninguém toma pé da situação. Espero que Leco recupere a força que tínhamos nos bastidores, porque a situação atual não pode perdurar. Não queremos arbitragem roubando para nós. Apenas queremos justiça e critérios iguais, o que não tem ocorrido com o São Paulo.