Derrota de um time em formação para um já formado

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, eu estou tão louco, irritado e chateado quanto todos vocês que amam verdadeiramente o São Paulo e que não esperam – ou até torcem – por uma derrota para aproveitar-se politicamente da situação. E, lamentavelmente, é o que estou vendo, de novo, em algumas redes sociais.

Mas aqui quero falar sobre o jogo. Não vou atirar pedras em Rogério Ceni, muito menos no time. Verdade que do outro lado tinha um técnico que já passou até pela Seleção Brasileira. Mas eu não trocaria, nunca, um Rogério Ceni por dez Manos Menezes. Não aceito o modo do seu time jogar.

O primeiro tempo evidenciou as duas formas de jogar futebol: o São Paulo com total posse de bola e o Cruzeiro com os 11 jogadores no campo de defesa. Fazia duas linhas de cinco, às vezes alternando para um 5-4-1. Com isso preencheu os espaços e não deixou o São Paulo jogar. Até porque para esse tipo de jogo, é necessário aquele jogador que desequilibre numa jogada pessoal, numa assistência bem feita. Só assim.

Nesta noite não tivemos esse jogador. Cueva faz, sim, muita falta. Essas pragas de seleções, que tiram jogadores a todo momento dos clubes que paga seus salários e os devolve machucados. Por causa de uma porcaria – que me perdoem os peruanos – de um jogo da Seleção do Peru, que sequer sonha em pensar numa classificação para a Copa do Mundo, não temos nosso principal jogador, aquele que é responsável pela criação de 90% das jogadas, nos mais importantes jogos do semestre, até esse momento.

Claro que não posso afirmar categoricamente que se Cueva estivesse jogando o resultado seria diferente, até porque o “se” não existe no futebol. Mas time que tem, se alternando na armação, Thiago Mendes – que não acerta passe de um metro -, Wellington Nem – que quer ser driblador, mas não consegue passar por um único jogador – e Cícero – que hoje fez a pior partida em toda sua história no São Paulo -, não pode querer chegar muito longe.

E mais: o São Paulo se perdeu depois do primeiro gol, contra de Pratto. Até então o Tricolor tinha o domínio do jogo, mas aí, a retranca armada por Mano Menezes acabou prevalecendo e o jogo ficou a caráter para o Cruzeiro, pois o São Paulo, mais do que nunca, precisava partir para cima para tentar o empate.

Vou colocar um pouquinho de culpa em Rogerio Ceni por ter pedido a contratação de alguns jogadores e não demonstrar confiança em seu potencial. E aqui exemplifico com Thomas. Ele veio para ser o substituto de Cueva, já que o imediato, Lucas Fernandes, mais uma vez está machucado e Shaylon decepcionou nas vezes que entrou. Mas Rogério preferiu insistir com o trio que citei acima e que não consegue armar absolutamente nada.

Cícero, que vem sendo um bom jogador no time, foi grotesco. Quase entregou dois gols para o Cruzeiro no primeiro tempo, errou todos os passes e perdeu a bola aérea para Hudson, que marcou o segundo gol. Ele foi, seguramente, o pior em campo.

Mas vou aqui dar outro argumento:  time do Cruzeiro vem em formação desde o ano passado. Teve um Campeonato Brasileiro de ajustes, correu risco num primeiro momento, mas depois se livrou bem da situação e foi brigar por uma vaga para a Libertadores. O trabalho seguiu este ano, basicamente, com os mesmos jogadores e alguns reforços. O São Paulo, ao contrário, mudou muitas peças e a principal: o técnico.

Sinto que Rogério Ceni se perdeu um pouco depois dos 3 a 0 contra o Palmeiras. Sua opção ofensiva começou a ser contestada por alguns conselheiros e o presidente Leco chamou sua atenção. Como sua visão é ofensiva, ele se perdeu no todo e o time parou de render o que vinha rendendo.

Mas ele está montando o time. Tenho dito frequentemente aqui que o elenco é limitado. Temos um bom time titular, não um bom elenco. E nesse time titular falta Cueva. Portanto, não há muito o que reclamar, pois o próprio técnico dá mostras que não há um substituto.

Vamos virar o foco agora para o jogo contra o Corinthians. É evidente que, por mais otimista que eu queira ser, a Copa do Brasil já era. O que nos resta, nesse momento, é o Paulista, o clássico. Então vamos pensar nisso, mas sem entrar em desespero em caso de derrota. Para mim, esse time vai engrenar no Brasileiro, com alguns reforços que, obrigatoriamente, terão que ser contratados.

É isso.

Vitória praticamente garantiu a semi e dá tranquilidade para ir à Argentina

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, o São Paulo fez 2 a 0 no Linense, poderia ter feito mais, perdeu muitas oportunidades, mas praticamente carimbou sua passagem para a semifinal.

O time não jogou bem, é verdade. Mesmo assim teve quase 15 oportunidades de gol. Lucas Pratto perdeu um gol que  não é de seu feitio perder, cara a cara com o goleiro, gol aberto. Outras tantas jogadas aéreas que ele concluiu mal, mas acabo fazendo seu gol.

O São Paulo aumentou suas jogadas aéreas e diminui as infiltrações. Isso tem uma clara explicação: estamos sem Cueva. Ele é o nosso articulador, é o cara capaz de decidir a partida numa jogada, de dar um drible desconcertante e servir alguém dentro da área, de cara para o gol. De organizar o time. Na minha opinião, sem Cueva o São Paulo se torna um time sem criatividade e é obrigado a partir para o “Plano B”, que é o chuveirinho.

E vamos ter que nos acostumar com isso. Lucas Fernandes está fora por um tempo, não sei se Thomaz seria esse jogador e Shaylon ainda é muito cru. Wellington Nem, Thiago Mendes e Cícero não são os jogadores para isso.

Neste domingo Thiago Mendes e Wellington Nem se revezaram nessa função, alterando de posição o tempo todo, mas o passe final não saiu de jeito nenhum. Tanto que o primeiro chute mesmo a gol foi dado aos 25 minutos. Até aí foi inteiro domínio de bola, mas com trocas de passes sem profundidade. Quando partiu para os cruzamentos e a bola aérea, o time começou a levar perigo.

Entendo que com 2 a 0 é possível pensar em mesclar o time para sábado que vem. Teremos uma maratona, que é um jogo na Argentina, volta em voo fretado em razão da greve geral que ocorre naquele País na quinta-feira, e não acredito, em são consciência, que possamos perder essa vaga para o Linense.

Uma coisa que não entendi foi a substituição feita por Rogerio Ceni. Ele deveria ter voltado no intervalo já com Thomaz no lugar de Wellington Nem. Mas tirou Luiz Araújo, que vinha fazendo uma boa partida.

Por outro lado, temos, efetivamente, um cabeça de área à altura do São Paulo. Jucilei, em forma, é titular absoluto e tomou conta da posição por ali. Ganhou toda, esbanjou categoria, força e capacidade. Fez com que nossa defesa não corresse risco algum, por mais que o ataque do Linense tenha sua fragilidade. Não importa. Nós estávamos tomando gol do vento por não ter esse cabeça de área.

Agora é pensar na Copa Sul-Americana. Mesmo sem Cueva, acho  que dá para buscar, no mínimo, um empate lá. Quiça, a vitória.

Jogo horrível, mas a vitória valeu para algumas coisas

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, o jogo desta noite de quarta-feira em São Bernardo do Campo foi tenebroso, horrível, medonho, mas a vitória por 1 a 0 acabou servindo para algumas coisas: o time garantiu classificação em primeiro lugar do grupo e agora irá decidir as quartas-de-final no Morumbi; após 13 jogos sofrendo gol consecutivamente, ficamos, finalmente, um jogo com a defesa passando ilesa; se estávamos há cinco jogos sem vitória, agora estamos há cinco jogos sem perder.

Tudo isso devolve a confiança ao elenco, que é limitado, todos sabemos, e que precisa, até por esse status, ter motivos extras para levar o astral para cima. E, apesar de jogarmos com time totalmente reserva, foi possível e por isso essa vitória tem um peso dois no final das contas.

E atentem para um detalhe: o jogo foi medonho, de falta total de técnica e classe, o São Paulo dominou a maior parte do jogo mas quem levou mais perigo foi o São Bernardo, mas o São Paulo poderia ter saído do ABC com um placar de 4 a 0, tivesse o trio ridículo de arbitragem marcado dois pênaltis e validado o gol anulado por um impedimento inexistente. Sem contar que o mesmo jogador cometeu os dois pênaltis e ele já havia levado um amarelo. Logo a chance de uma enorme goleada, mesmo neste jogo medonho e com time reserva, foi plenamente conquistado e só não acontecer por interferência direta da arbitragem.

Quando eu digo que não temos elenco a altura da nossa grandeza não estou querendo dizer que um time reserva tem que entrar e ganhar de todos para mostrar que o elenco é forte. Fosse assim não haveria necessidade de ter o time titular, pois o reserva seria campeão. Mas precisamos ter jogadores que demonstrem ser capazes de substituírem os titulares e não permitirem queda de rendimento da equipe.

Se formos contar com Lucão, Douglas, Wellington, Chavez e Wesley, por exemplo, veremos que vamos enfrentar muita dificuldade. E nem estou falando do Neilton que, por incrível que pareça, entrou bem no jogo. Também estou poupando Shaylon, apesar de não esconder minha decepção com ele. Teve uma participação brilhante no Sub-20, foi tirado de Cotia e levado para a Flórida Cup, fez ótima pré-temporada marcando vários gols, dando passes, fazendo assistências, mas nessa noite não foi nem sombra do jogador que vimos no começo do ano. Se escondeu o tempo todo, mostrou-se muito tímido e sem confiança para dar os passes. Até participou do lance do gol, saindo dele o chute que originou o rebote e o gol, mas é muito pouco para quem se lança como meia no São Paulo.

Não vou queimar o garoto, espero muito dele, mas é um pouco de sinal de desespero. Lucas Fernandes está com distensão muscular e vai ficar afastado algumas semanas; Cueva teve um pequeno estiramento no Peru e não se sabe o que vai dar nos exames que vai fazer nesta quinta-feira. Tivesse Shaylon feito boa partida nesta quarta-feira, eu não tenho dúvidas que ele se credenciaria para ser o eventual substituto de Cueva, caso o peruano não possa jogar. Mas pelo que vi, acho temerário confiar a armação de um jogo decisivo para ele.

Agora é decisão. Serão, daqui para a frente sempre jogos decisivos em mata-mata: Paulista, Sul-Americana e Copa do Brasil. Não há mais espaço para testes, experiências, e blá-blá-blá. Agora é hora da onça beber água. Que saiamos bebê-la.

O empate em Ribeirão Preto mostrou o que todos sabemos: o elenco é fraco!

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, a partida entre São Paulo e Botafogo foi horrível de se ver. Sei que o gramado do estádio Santa Cruz é horroroso, que o São Paulo estava com quase todo o time reserva, blá blá blá, blá blá blá. Mas ficou patenteado o que todos já sabíamos, e muitos – como eu – não queriam ver: nosso elenco é muito fraco.

Temos até um bom time titular, capaz para fazer frente a qualquer equipe grande do futebol brasileiro. Mas campeonatos longos não se ganham com um time, mas com um elenco. E percebam que o Paulista nem é um campeonato tão longo assim, mas já estamos padecendo por essa falta de jogadores de qualidade para suprir ausência de titulares que, invariavelmente, serão convocados consecutivamente para as seleções de seus países.

Assim como já acontecera contra o Palmeiras, mais uma vez jogamos sem Cueva e, consequentemente, sem um homem de armação. Antes de começar a partida me perguntei “o que Rogério Ceni tem contra Lucas Fernandes”?, momento em que o reporter perguntou a ele e a resposta foi a de que o garoto não aguenta 90 minutos.

Depois que ele entrou no segundo tempo. no lugar de Bruno – que saiu por contusão -, percebi que ele começando o jogo ou não, é a mesma coisa. Parece que ele está com medo de divididas, inseguro, enfim, não superou o trauma das cirurgias pelas quais passou.

Araruna, que foi jogar no lugar de Bruno, teve atuação pior ainda da que vinha tendo no meio de campo. Nem lateral ele conseguia cobrar. Não entendo tanto amor por esse garoto.

Luiz Araújo ficou deslumbrado e o sucesso lhe subiu à cabeça. Fiz muitas críticas a este garoto ao longo do tempo, o intitulando, inclusive, de Marlos versão 2017. Ele calou minha boca e se tornou um jogador fundamental para o time. Só que passou a querer fazer gracinhas, toquinhos de calcanhar, mãos na cintura e sua única e grande jogada que era a velocidade com dribles agudos, deixou de existir.

Aliás, por falar em velocidade, o medo de tomar tantos gols como vinha tomando fez Rogério Ceni alterar o padrão tático do time. A equipe deixou de fazer aquela marcação pressão no campo do adversário, passou a esperar para tentar tomar a bola no meio de campo e prendeu mais os laterais. Não se vê mais os dois descendo ao mesmo tempo, como vinha acontecendo. Isso é bom, só que tirou do time o que existia de melhor que era o jogo ofensivo, que tomava dois mas marcava quatro. Eu, sinceramente, sempre preferi o esquema anterior, pois estava dando gosto de ver o time jogar, não esse futebol arrastado demonstrado nas últimas partidas, e também nesta quarta-feira.

Agora é foco total no clássico. Teremos vários desfalques mais uma vez. Mas é hora de Rogério Ceni dar uma chacoalhada no pessoal, fazer todo o mundo acordar e bola para cima do Corinthians. É o que espero.

São Paulo fez sua pior partida no ano

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, não tenho dúvidas em afirmar que o São Paulo fez, no empate em 1 a 1 contra o Ituano, nesta tarde de sábado, no Morumbi, sua pior partida no ano. Nem na derrota para o Palmeiras por 3 a 0 o time apresentou um futebol tão sofrível, tão cheio de erros, tão sem vontade e desastroso como o deste sábado.

Logo no início do jogo já deu para perceber que seria um tédio. Nos primeiros dez minutos o Ituano fez o que quis, criou chance clara de gol, em grande defesa de Renan, tocou a bola, dominou por completo. Os jogadores do São Paulo pareciam ter saído de uma farta mesa de feijoada. O time estava com as pernas pesadas, sem velocidade, sem concentração. Erros de passes de meio metro. Horrível.

A defesa era a maior preocupação. Pensando em poupar Junior Tavares, único lateral esquerdo do elenco, Rogério Ceni deslocou Buffarini para o setor. Foi a tragédia anunciada. Ele, que já não vem bem jogando em sua posição, errou todos os passes, deu chance ao ataque adversário, tomou cartão amarelo, enfim, foi tão mal, mas tão mal, que mesmo sendo substituído no intervalo do jogo foi, disparado, o pior jogador em campo.

Credito este empate, em parte, a Rogério Ceni. Ele substituiu errado, na minha visão. Poderia ter voltado com Junior Tavares no lugar de Buffarini, mas trazer Lugano para o lugar de Douglas. Ao deslocar Jucilei para essa posição teve que alterar o lado de Breno e complicou de vez. João Schmidt entrou mal e, como sempre, não deu a devida cobertura para a zaga; Breno, lento em demasia, sentiu a mudança de lado e falhou diretamente no gol de empate.

É verdade que Cueva perdeu uma chance clara de gol no final do jogo, como também é fato que Thiago Mendes e Luiz Araujo estragaram alguns contra-ataques do Tricolor, mas não fosse a brilhante partida de Renan Ribeiro, o São Paulo teria saído derrotado do Morumbi. Renan foi o nome do jogo e eu espero, sinceramente, que ele seja mantido no gol como titular, pois precisa ter uma sequência, como tiveram Sidão e Denis.

Já são três partidas sem vitória. Começa a piscar uma luz amarela lá no fim do túnel. O time está em formação, deposito toda a confiança do mundo em Rogério Ceni, mas ele não pode deixar a coisa desandar.

Valeu pela classificação, não pelo futebol apresentado

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, o São Paulo está na próxima fase da Copa do Brasil, mas não foi com o futebol que veio apresentando nas últimas partidas. Muito provavelmente o time esteja começando a sentir o desgaste de tantos jogos sucessivos, quarta e domingo, e esteja precisando de mais rodízio. Isso preocupa, porque nosso elenco é limitado, na quantidade e na qualidade, e pode prejudicar nossa sequência em algum dos campeonatos.

É evidente que ninguém esperava tomar o gol logo a um minuto de jogo. Isso desestruturou qualquer esquema tático e previsão de jogo feitos por Rogerio Ceni. Se a ideia era ter a posse de bola e ir, aos poucos, envolvendo o adversário sem que para isso demandasse uma grande perda de energia, tudo foi por água abaixo. O time correu riscos e teve que ir para cima tentar o gol de empate, que acabou saindo, já quase no final do primeiro tempo.

Aliás, o primeiro tempo, até por este gol tomado no comecinho, fez do São Paulo um time que ainda não tinha visto este ano. Muito nervoso, com entradas duras, reclamações, discussão entre jogadores por causa de posicionamento, tudo isso fez com que o torcedor passasse por um momento a se preocupar com o desenrolar da partida e a própria classificação. Isso “piorou” quando, ainda no começo, Rodrigo Caio sentiu uma contusão e foi substituído. Vejam que coloquei o “piorou” entre aspas porque a entrada de Lyanco foi fundamental para o ajuste da defesa. Ele fez excelente partida e deu conta do recado lá atrás.

Também vi Rogerio Ceni fazer uma mudança tática interessante, dentro do jogo. No segundo tempo, percebendo que a única jogada criada pelo ABC era o cruzamento na área – tática única utilizada em todo histórico da carreira de Geninho -, ele recuou Cícero para primeiro volante, depois até para terceiro zagueiro, adiantando João Schmidt. Cícero é muito bom nas bolas aéreas e com isso Rogério conseguiu diminuir o perigo das bolas aéreas do time potiguar.

Além do gol e de outro lance onde Denis fez uma defesa gigantesca, o ABC não teve mais qualquer chance de gol. O São Paulo, mesmo jogando com o regulamento, ainda criou alguma coisa e teve chances com Gilberto e Lucas Fernandes.

Acho que poderemos ter algum tempo para preparar o time para as fases difíceis que virão doravante. Talvez fosse o caso de fazer um bom rodízio no sábado, quando enfrentaremos o Ituano no Morumbi, e Rogerio poderá dar chance a alguns jogadores que estão no elenco. Começará com Renan no gol. Espero que ele agarre essa oportunidade.

Blefe no Cantinho da Política? Eu provo!

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, acho que em mais de 13 nos de existência, e de acessos que milhares de vocês fizeram e continuam fazendo em nosso site diariamente, já me deram a honra de depositar confiança e fé no meu trabalho.

Acredito que me conhecem o suficiente para saber que quando faço uma denúncia contra alguém da cúpula do São Paulo, o faço com extrema dor no coração, pois vejo que nosso clube está sangrando pelos malfeitos de algumas pessoas que, de uma forma ou de outra, estiveram ou estão no comando do clube.

Semana passada, na Rádio Tricolornaweb, denunciei contratos irregulares feitos na era Carlos Miguel Aidar, onde o diretor de Comunicação era Douglas Schwartzmann, e que eu não tinha entendido a razão de quatro empresas nesta área serem contratadas para fazer, quase que praticamente o mesmo serviço. Algumas com valores estratosféricos, pois eu lembro que o clube mantém em seu quadro funcional quatro jornalistas no Morumbi e outros quatro no CT da Barra Funda, com extrema competência profissional.

Falei ali que se não era ilegal era, no mínimo, imoral. E afirmo que foi um desperdício com o dinheiro do São Paulo.

Nas redes sociais a repercussão foi assustadora. Para meu orgulho, cem por cento de crença na minha informação. Mas dentro do clube alguns conselheiros, ávidos por me desacreditar, começaram a espalhar aqui e acolá que era um blefe, que eu não provaria nada e estaria a serviço da campanha de Leco.

Em relação a “estar a serviço da campanha de Leco”, esperem que virei com algumas “novidades” na rádio Tricolornaweb amanhã.

Mas vou apresentar algumas provas do que denunciei. Abaixo as primeira e última páginas do contrato feito com a Serg, de Sergio Malbergier, assessor de imprensa de Abílio Diniz, que recebeu três parcelas de R$ 10 mil sem nunca ter aparecido no clube para nada. Dizem que fazia reuniões fora do clube com Carlos Miguel Aidar. Mas vejam que o objeto do contrato é dar assessoria de comunicação.

 

O contrato é longo e, por isso, não publico todas as páginas. Estranho que, tal qual no caso Far East, o Sergio Malbergier não recebeu mais nada e não processou o clube. Deve ser são-paulino de coração.

Abaixo o aditamento de contrato da Saboy, empresa que também prestava assessoria de comunicação ao São Paulo. Na campanha seu proprietário, Marco Antonio Sabino, teria cobrado R$ 30 mil. Mas depois de Carlos Miguel Aidar eleito, passou a cobrar R$ 65 mil, reajustado logo depois para R$ 80 mil.

 

Eu não ia postar os contratos. Os guardava para me defender em eventuais processos. Mas a postagem não invalida as provas. Portanto, os ofendidos, fiquem à vontade. Mais uma vez deixo claro que pode não ser ilegal mas é, no mínimo, imoral e um mau uso do dinheiro do São Paulo.

Triste é saber que conselheiros da oposição estão tomando as dores de Carlos Miguel Aidar, entendendo que com essa denúncia estou atacando a candidatura Pimenta. Só posso ter pena destes seres desprovidos de inteligência, que o máximo que sabem é ver fantasmas em suas vidas.

A orquestra desafinou. Mas é só a primeira derrota

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, não estou desesperado, preocupado nem nada negativo em relação ao time. A derrota para o Palmeiras foi ruim, vergonhosa, uma goleada. Mas isso iria acontecer em algum momento. O Barcelona foi à Paris e tomou de 4 a 0 para o PSG. Só por isso deixou de ser respeitado?

Lógico que nem de longe estou fazendo comparação do São Paulo com o Barcelona, mas apenas usando como exemplo. Não dá para falar que o time só ganhou de times pequenos. O Santos, na Vila, não é pequeno. Ganhamos, ainda que nos pênaltis, do Corinthians na Florida Cup. Por isso temos que ter calma. Afinal, perdemos para o atual campeão brasileiro, que reconhecidamente tem um elenco muito superior ao nosso.

Se completo já seria um jogo difícil, por ser na casa dos verdes, imaginem sem Cueva, o maestro do time, a cabeça pensante. No momento em que vi que ele não entraria em campo comecei a temer pelo pior.

Rogério Ceni, e aqui vai a minha crítica, montou um time que sabe jogar no ataque. Por isso marca muitos gols, apesar de tomar muitos também. Ele não poderia entrar com o time na defesa. O São Paulo de Ceni não sabe jogaar assim. Na minha visão o jogador para entrar no lugar de Cueva seria Lucas Fernandes ou Shaylon. Jucilei continua fora de forma e o João Schmidt se acha um craque, mas erra oito em cada dez passos. O time ser armado por Thiago Mendes não dá, pois ele erra todos os últimos passes e Cícero não apareceu para o jogo. Conclusão: fomos presa fácil.

Mas tudo isso, talvez, ficasse para trás não houvesse um personagem maior no jogo para nos prejudicar e levar à derrota: Denis. Talvez alguns ainda possam falar que ele evitou uma goleada maior, com uma defesa mágica numa cabeçada, quando estava 2 a 0. Não. Talvez fosse normal aquela bola entrar, não os três gols que entraram. Falha total de Denis.

Concluo que não temos goleiro. Somados Denis, Sidão e Renan, não temos meio goleiro. Denis e Sidão já mostraram. Renan ainda não, mas com pessoas com as quais eu conversei, que frequentam o dia a dia do CT, todos, rigorosamente todos, me afirmaram: o Renan não é goleiro para o São Paulo. É uma eterna promessa, que vive machucado e  nunca entra em forma. Portanto dá para entender a razão de nenhum técnico colocá-lo como titular.

Montamos um ótimo time, com elenco razoável. Mas a diretoria precisa pensar de maneira extremamente urgente na contratação de um goleiro, que venha para ser titular. Chega de testes com esses que lá estão e não servem para vestir a camisa do São Paulo.

Mais uma partida com muito volume e futebol bonito

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, está enchendo os olhos ver o São Paulo jogar. Nesta quarta-feira contra o ABC, pela Copa do Brasil, o Tricolor impôs um ritmo alucinante, com um volume de jogo não visto há anos e com uma infinidade de oportunidades criadas, ora paradas nas mãos do goleiro adversário, ora paradas pela trave.

A facilidade de penetração do ataque na defesa adversária pode estar ligada às constantes trocas de posição entre os atacantes. Nesta quarta-feira Cueva era meia, depois jogava aberto por um dos lados do campo, com Luiz Araújo aberto pelo outro lado, e em outros momentos entrava como centro-avante, com Lucas Pratto saindo um pouco da área.

O primeiro gol aconteceu exatamente nessa formação. Cueva recebe como centro avante, no meio da área, e Luis Araujo aparece de trás para chutar para o gol.

É claro que essa mudança constante de posição deixa qualquer defesa quebrada, pois ninguém sabe a quem marcar.

Somado a isso, ainda temos um meio de campo que avança em bloco. Cícero e Thiago Mendes auxiliam o ataque de perto e os laterais se tornam opções a todo momento.

Rogério Ceni, responsável direto por esse futebol maravilhoso que estamos apresentando, já modificou o posicionamento da defesa. João Schmidt praticamente ficou como terceiro zagueiro durante boa parte do jogo. É fato que sofremos mais um gol, mas foi de bola parada e, de novo, uma falha individual, no caso Breno que não conseguiu subir com o avante potiguar.

Esto refletindo aqui e não sei se o futebol do São Paulo no sábado, na Arena Palestra, será tão ofensivo. Mas, de outra forma, entendo que o esquema tático de Rogério Ceni não permite que o time jogue para trás. Portanto, espero outro grande jogo. Aliás, está sendo muito gostoso assistir esse futebol do São Paulo.

 

A goleada teve erros de arbitragem sim: mas pró e contra.

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, parece que todos os jornalistas – e me incluo nisso – que cobriram e/ou assistiram ao jogo preferiram ficar destacando os erros de arbitragem nos gols do Cícero e Luiz Araújo. Por isso começo esse meu comentário por esse caminho.

É verdade que o gol de Cícero teve um impedimento que foi uma aberração, porque não foi lance rápido nem ele estava a centímetros, mas estava pelo menos um metro impedido.

Isto posto, no gol de Luiz Araujo, efetivamente a bola bateu na mão dele. Mas não entendo como proposital, mas sim casual. A bola bate primeiro em sua cintura e depois no braço. Ele estava escorregando. Portanto, naquela rapidez do lance, só se ele não tivesse braço. Além do mais, no lance que originou o gol ocorreram ao menos dois pênaltis sobre Wellington Nem, não  marcados. Depois deste lance, Luiz Araujo foi derrubado em cima da risca da grande área, perto do árbitro, e ele deu falta. Houve também um impedimento dado de Thiago Mendes de forma errada. Thiago estava cara a cara com o goleiro e iria marcar o gol. No balanço de tudo, entendo que o São Paulo acabou sendo tão prejudicado quanto ajudado. Portanto: placar justo.

O time atuou de forma diferente neste domingo. Começou em cima do Santo André, fez o gol logo no começo e depois recuou um pouco. Diminuiu o ímpeto do ataque, trouxe a marcação um pouco para trás e administro o jogo, correndo poucos riscos de sofrer um gol.

E o gol que tomamos, quando já ganhávamos por 2 a 0, foi, de novo, por falha individual. A bola é cruzada na área, Sidão rebate mal e a defesa não consegue recuperar a bola. Era uma bola que Sidão poderia agarrar ou espalmar para fora, nunca para dentro da área, na direção do atacante do Santo André que entrava em velocidade, de frente para o gol.

Mas o time se comportou bem. Diferente de outros jogos, que ao sofrer o primeiro gol entrou em parafuso e acabou cedendo o empate, desta vez teve o domínio do jogo e acabou conseguindo ampliar o marcador sem maiores dificuldades.

Destaco as excelentes atuações de Cícero e Luiz Araujo e a boa atuação, de novo, de Cueva. Também vejo em Jucilei o primeiro volante titular que dará a guarnição necessária à defesa. Mas ele ainda visivelmente fora de ritmo e de preparo físico.

Se mantivermos essa sede de gols – sede que está sendo satisfeita – nos jogos contra o ABC, acredito em goleadas aqui e em Natal. E vamos continuar apoiando o trabalho de Rogério Ceni, que está só começando, mas já está encantando.