Questionado após a saída da comissão técnica de Ney Franco, o condicionamento físico dos jogadores do São Paulo não mudou em nada desde então. Sempre foi bom, na opinião de José Mário Campeiz, o Zé Mario, preparador que perdeu o emprego dias depois do treinador e foi readmitido na semana passada, dois meses mais tarde, com a chegada de Muricy Ramalho.
“A equipe sempre esteve bem fisicamente. Em termos físicos, acho que ela não se encontrava mal”, disse à GE.net, em tom respeitoso. “É que quando os resultados não vêm, sempre a variável mais questionada é a preparação física. As vitórias voltaram agora (foram três seguidas, com Muricy), mas não teve mudança nenhuma. Estamos dando continuidade ao que vinha sendo feito, mantendo as capacidades adquiridas”.
Os primeiros questionamentos à condição física dos atletas partiram de Paulo Autuori, durante o período de maior crise do time. Sem direcionar suas críticas a algum profissional específico – além de Ney Franco e Zé Mário, a diretoria dispensou também o auxiliar técnico Éder Bastos e outro preparador físico, Alexandre Lopes –, em determinadas partidas o antecessor de Muricy atrelou a queda de produção a um preparo ruim do elenco.
Com o cuidado de não alimentar polêmica, Zé Mário defende não só o seu trabalho e o de Alexandre Lopes, como também o de Gilvan Santos, preparador contratado a pedido de Autuori. “São todos profissionais de qualidade, experientes”, elogia o profissional, que, apesar das críticas que indiretamente o atingiram naquele período, continuou assistindo aos jogos após a demissão e não negou o convite da diretoria para retomar o trabalho.
“O negócio é resultado. Quando não há resultado, sempre há mudança. Faz parte do futebol. Quem está neste meio tem que aceitar isso. Voltei com a maior alegria e disposição. Conheço todos aqui, gosto do clube e nem procurei saber os motivos da minha saída, nem da minha readmissão. É como se eu não tivesse saído”, opina o preparador, cuja primeira passagem pelo São Paulo teve início em agosto de 2011.
De volta na terça-feira passada, quando Muricy substituiu Autuori, Zé Mário não tem nenhum problema físico entre os titulares. Por isso, o cuidado principal é com o grupo de jogadores que geralmente ficam no banco de reservas e precisam ser submetidos a maior esforço no dia a dia, já que não atuam com tanta frequência. O que igualmente requer atenção é o clima dos locais em que serão disputadas as próximas partidas no Campeonato Brasileiro.
No domingo, o desafio será o Goiás, a grande dimensão do gramado do Serra Dourada e previsão de máxima de 36ºC em Goiânia. “Lá, além da temperatura alta, tem a questão da baixa umidade relativa do ar. É uma complicação. A gente fica mais atento, além do repouso e da direta pré-jogo, à reposição hídrica. Em campo, a questão é mais tática, do treinador, de pedir para valorizar a posse de bola, manter o time mais junto”, explica.
Fonte: Gazeta Esportiva
O problema nunca foi físico,eles queriam é derrubar o Ney Franco e conseguiram.Muricy está fazendo eles tomar vergonha na cara agora.