Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, o São Paulo conseguiu um alívio no Campeonato Brasileiro. Ao vencer o Cerá em Fortaleza, subiu um pouco na classificação, abriu seis pontos do Z4 e pode respirar um pouco aliviado. Quanto mais que nosso próximo adversário é o Avaí, time que está atrás de nós e faremos, então, mais um chamado “jogo de seis pontos”.
É de se destacar, mais uma vez, a participação de Calleri. Ele pode até não marcar gol (neste domingo ele fez), mas a entrega dele é impressionante. No ataque, abrindo pelos lados, entrando pelo meio, na defesa, em todos os lugares do campo. É imprescindível para nossa campanha.
Rogério Ceni disse após o jogo, na coletiva, que seu futuro à frente do elenco, depende diretamente do título na Sul-Americana. Creio ser um discurso momentâneo, que mudará, ainda que não conquistemos o título.
O time terá uma semana livre. O próximo jogo só domingo que vem. Mas o clube terá, ao contrário, uma semana muito cheia. No próximo sábado os sócios voltarão a decidir o futuro do São Paulo. A diretoria, que tenta novamente o golpe, prega sim. Mas nós, que somos contra o golpe, pregamos o NÃO.
Nesta semana estaremos fazendo dois programas, com conjunto com a Rádio São Paulo Digital, do meu amigo Ricci Jr. Terça e quinta-feira, às 20h, vamos debater o assunto. Novamente traremos à tona os personagens do golpe e mostrar, mais uma vez, porque de novo, não. Justificar que não se trata de uma reforma estatutária, mas de um golpe, por estar ocorrendo durante a vigência do campeonato, ou seja, com o jogo em andamento.
Contra o cala-boca que a diretoria tenta fazer com quem fala contra, a voz vai para o voto, que é não. Contra mudanças em um regimento que está em curso, o voto é não. Contra os que querem se perpetuar à frente do São Paulo, um grupelho que acha que é dono de tudo, o voto é não.
Por isso, NÃO, NÃO, NÃO!
O São Paulo ganhou e ninguém comemora? Fiquei surpreso com a vitória, achei que ia dar outro empate. Mas a defesa do ceará foi uma mãe pro Calleri, que, ainda bem, quebrou o jejum. Gol dá confiança e atacante vive disso. Com a expulsão, dominamos a maior parte da etapa final e o segundo gol era para ter saído antes.
Os três pontos nos colocam de novo na disputa pelo oitavo lugar. Ainda jogaremos contra todos do Z4 e, se formos bem-sucedidos, poderemos garantir uma vaga na Libertadores pelo Brasileirão, caso o resultado da final não nos seja favorável.
Estou preocupado com a formação da equipe. Em condições normais, isto é, se tivéssemos um meia ao menos ou laterais que apoiassem com mais qualidade, Luciano e Calleri deveriam atuar juntos. Mas, com esse meio campo que marca mais ou menos e nada cria, entendo que é melhor jogar apenas com o argentino, abrindo espaço para mais alguém no meio. Foi com essa formação que nos apresentamos de forma mais competitiva ao longo do ano.
Vi os gols do indepiendente, e ele são muito bons no jogo aéreo – não à tôa Arboleda é de lá. Se insistirmos nos chuverinhos é muito provável que não dê certo.