A Assembleia Geral Extraordinária do SPFC rejeitou a proposta de revisão do Estatuto votada no sábado, 27 de julho de 2024.
Compareceram às urnas um total de 1.198 Associados do Tricolor, que se manifestaram com 639 votos pela rejeição, 554 votos pela aprovação, 4 votos em branco e um nulo.
A estrutura da eleição foi muito bem montada, e o sistema eletrônico de votação garantiu a segurança, absoluto sigilo do voto e apuração imediata e precisa, sem erros.
O Diretor de Futebol Profissional, Carlos Belmonte, e seus adjuntos Nelson Ferreira e Fernando “Chapecó” não viajaram com a delegação para Fortaleza, onde o time jogou uma partida da Série A do Brasileiro na noite de sábado. Ficaram em São Paulo, para votar e para influenciar os componentes de seus grupos políticos. Esse fato mostra que, no SPFC de hoje, a política se encontra à frente do Futebol Profissional na ordem de prioridades. Deixaram lugares vagos no avião fretado utilizado em todos os jogos do São Paulo, mas saíram do Morumbi pouco depois das 15:00 para tomar um voo em direção à capital cearense. Além de tudo, geraram custo adicional para o Clube.
O presidente Julio Casares esteve das 09h00 às 17h00 na entrada do ginásio onde ocorreu a votação, abordando cada sócio que entrava, fazendo campanha pela aprovação. Incansável. Deixou o clube ao final da apuração, mas antes da divulgação do resultado, sem dar declarações.
Os defensores da aprovação apostaram no carisma do presidente Tricolor, ótimo comunicador, e na obediência dos militantes dos grupos políticos que compõem a coalisão que elegeu Casares, por dois mandatos, para atingir a maioria dos votos na Assembleia Geral. Os argumentos a favor da aprovação eram vagos como “Para nosso SPFC crescer, precisamos dizer EU APROVO”, ou ainda que “o processo político afeta a administração, tumultua o ambiente social e se mostra pouco efetivo”, entre outras afirmações absolutamente sem sentido, buscando justificar o injustificável. No dia a dia, procuravam desviar o foco do assunto em discussão e caracterizar a AGE como um plebiscito para avaliar a gestão do clube social: sob esse ponto de vista, o sócio que estivesse satisfeito com as instalações e serviços do clube deveria votar “Aprovo”.
A campanha pela rejeição foi absolutamente factual e informativa. Nosso primeiro desafio foi fazer chegar aos sócios a informação sobre a Assembleia Geral – quando seria realizada, e qual o tema em deliberação. Sempre deixamos claro que havia, entre as alterações propostas, algumas mudanças positivas, como a alteração 33 que obriga a direção a publicar o Orçamento Anual uma vez que o mesmo tenha sido aprovado pelo Conselho Deliberativo, porém, que pelo fato da votação ser em bloco, alguns itens excessivamente nocivos à Instituição tornavam a opção “Rejeito” a única aceitável para quem defende a democracia e o direito de ampla defesa. Sem dispor de recursos vultuosos, fizemos a campanha em várias frentes, redes sociais, blogs, websites, mas principalmente no boca a boca, missionário, explicando a tantos quantos nos dessem dois minutos de atenção, quais as consequências de uma eventual aprovação.
Os sócios que se informaram e formaram a opinião própria, votaram “Rejeito”, basicamente devido ao intervalo de seis anos entre eleições, excessivo sob qualquer ponto de vista que se queira avaliar, e pela possibilidade de aplicação de suspensão preventiva baseada em critérios totalmente subjetivos.
No início da manhã a presença na região próxima à Capela do clube social era predominante de pessoas vestindo a camisa do “Aprovo”, quase todos Conselheiros da coalizão de situação, diretores plenos, adjuntos e assessores, muitos sem ter a menor convicção sobre porque votariam daquela maneira. A proporção era de 20 para 1, ou até maior, em comparação com os poucos que manifestavam abertamente a sua discordância quanto à aprovação do pacote.
À medida que o tempo passava, os apoiadores do “Aprovo” foram se recolhendo, indo cuidar de outros afazeres. Os persistentes defensores do “Rejeito” não largavam mão de seguir na sua cruzada pela informação correta, explicando aos sócios, muitos ainda desavisados, o que estava sendo votado. Nas horas finais do pleito começaram a aparecer muitos sócios que entravam pelo portão, caminhavam apressadamente, sem dar atenção aos que divulgavam suas opções, votavam e iam embora sem falar com ninguém. Em sua maioria rostos desconhecidos. Provavelmente São-paulinos que são sócios do Clube, mas que não frequentam o parque social, e vieram defender o único direito que exercem regularmente, o de poder votar a cada três anos. Esses Associados decidiram a eleição.
As Sócias e Sócios do São Paulo Futebol Clube mostraram que sabem, sim, o que querem. Querem ser ouvidos e respeitados. Querem que as decisões fundamentais do Clube passem pelo crivo dos verdadeiros donos do SPFC, cada um dos Associados, igualmente.
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Análise concisa e perfeita. Eu me permito acrescentar que o maior cabo eleitoral do NÃO APROVO foi o Diretor Social e suas declarações “nonsenses”, nas quais enfatizava a necessidade de o clube poder contar com um “delegado de polícia” interna corporis para dar encaminhamento às punições por cometimento de delitos, tais como pequenos furtos, agressões, assédios, etc. Um aviso ao nobre diretor: “o poder de polícia”, legalmente, não pode ser delegado a terceiros, em nenhuma circunstância.” Em casos similares, mesmo que seja na área social, o nobre diretor deverá formalizar um BO policial…