Motivos para acreditar, sempre.
Saudações tricolores,
Permitam-se iniciar com um desabafo de torcedor. Aprendi na faculdade o significado do princípio da impessoalidade e, com isso, que não devemos confundir os gestores com a entidade gerenciada por eles. Mas, na prática vejo que muitos não conseguem diferenciar e, por vezes, o incômodo causado pelo ato de dirigentes é transferido para a instituição, e sobre ela destilamos palavras de rancor e frustração. E isso, como torcedor tricolor a mais de 3 décadas, causa extrema irritação. Não consigo admitir que ofendam o clube, diminuam sua importância, sua história ou mesmo torçam contra (para isso existe torcida dos times rivais).
Não significa que estou satisfeito com os últimos anos de gestão ou que defendo a tolerância com erros e desmandos. Ao revés, toda reclamação é válida quando feita de forma fundamentada ou no calor da emoção. Mas, prefiro que seja direcionada a seus autores. Falar que uma sequência de resultados ruins apequena o clube é não ter noção de sua importância histórica, atual e eterna. É ignorar que somos o terceiro maior clube em torcida, o maior em títulos internacionais e, só estamos atrasados em títulos nacionais por dois motivos: a unificação incoerente realizada pela CBF e a impossibilidade de disputa da Copa do Brasil em momentos fortes do clube (quando disputávamos libertadores). Não fosse isso, acredito que estaríamos com indicadores bem maiores nesse critério.
Desabafo feito, vamos falar de presente e futuro (de curto prazo). Como é bom ver a garotada tendo chance e rendendo. Disputando de igual para igual com um elenco multimilionário e, honestamente, com chances de classificação. Acredito e acreditarei sempre no São Paulo. Tenho esperanças renovadas com a chegada de Cuca e os reforços que estão chegando, e lamento o péssimo rendimento de Jardine: cabia a ele lançar e desenvolver esses garotos, mas somente com Mancini que puderam e tiveram oportunidades reais.
No paulista o time ainda tem limitações claras, dai a impossibilidade de se cobrar tanto e sim vibrar com os feitos. Mas, a expectativa para o brasileiro (e copa do Brasil) está entre as melhores. Estamos com um time titular muito forte e formando um elenco capaz de segurar o excesso de partidas sem prejuízo técnico, mas, para tanto, precisamos compreender as características dos jogadores e trabalharmos com a ideia de “16 titulares”, ou seja, de jogadores que possuem condições de ser titular e que, além de substituírem à altura, se tornam pilares de uma formação alternativa.
No meio campo e ataque, vejo o elenco “quase completo”. O sexteto titular me parece estar evidente. Com todos a disposição o time deve ser formado por um primeiro volante com boa marcação e dinâmico (Luan como titular, Jucilei e Farias como reservas – mas, para isso, Jucilei precisa entrar em forma e focar no jogo, fazendo isso é jogador diferenciado). A frente deste primeiro volante deve ser posicionada uma dupla com características complementares (marcação e criação / cadenciamento e infiltração; qualidade de passe e velocidade). A meu ver essa complementariedade pode ser observada tanto na dupla que considero titular (Tche-Tchê e Hernanes) quanto na sua substituta (Liziero e Igor Gomes), desconfio que a terceira opção seria Raul (velocidade e marcação) com Nenê (técnica e criação). Mas, Nenê é um assunto polêmico e sei que muitos(as) podem se incomodar com Liziero no Banco. Não se trata de desmerecer o atleta (tem condições de ser titular) mas de combinar o perfil com Hernanes (o time ficaria lento e sem infiltração.
A segunda dupla (dos pontas/meia-atacantes) também deve se completar em características. Pato e Antony devem ser os titulares. O primeiro mais finalizador e goleador, o segundo mais veloz, forte no 1 contra 1 e criador de jogadas e passes em deslocamento. A dupla reserva teria as mesmas características, mas invertendo os lados (Everton – joga mais pelas pontas, com cruzamentos e toques em deslocamento – e Vitor Bueno – rápido, mas com maior poder de definição). A terceira opção teria Rojas e Toró (?). Por fim, o comando de ataque seria de Pablo, com Brenner e Carneiro como reservas. Particularmente, prefiro Brenner e gostaria de um reforço protagonista no setor (Calleri seria o ideal), mas reconheço que os investimentos atuais devem se concentrar no setor defensivo. Temos atletas que podem suprir eventuais ausências. Pato pode ser centralizado no comando de ataque, Hernanes recuado para segundo volante e até Antony poderia ser o meia, jogando mais centralizado.
Enfim, o importante é termos opções de qualidade e, conforme a realidade dos jogos e do desgaste dos atletas, posicionar a melhor formação possível. Finalmente, ao menos para esse segundo semestre (Brasileirão e Copa do Brasil) temos elenco com quantidade e qualidade.
No entanto, o setor defensivo ainda preocupa. Volpi, Jean e Junior são bons goleiros (muito melhores que os últimos), mas os demais setores precisam de reforços. A lateral direita é o setor mais crítico, Hudson improvisado dá a consistência defensiva que falta a Igor Vinicius e Bruno Peres, sendo que este último se mostrou um completo fracasso e deveria ser liberado. Se fosse dado o direito de ter um único reforço a partir de agora, seria para a Lateral Direita. A lateral esquerda tem Reinaldo (bom lateral dentro da média brasileira, mas com momentos ruins), Léo Pelé (potencial, mas ainda precisa ser maturado) e Jr Tavares, um retorno pedido, inteligentemente, por Cuca. Se o garoto focar em jogar bola, pode ser titular fácil ou uma grande sombra a Reinaldo. Por fim, nossos zagueiros. Os titulares (Arboleda e Bruno) são bons, mas estão abaixo da qualidade que sempre tivemos no setor. O ideal seria termos um companheiro de alto nível para Arboleda, Bruno e Anderson como reservas imediatos, Walce e Rodrigo como opções. Em relação aos dois garotos, posso afirmar que são muito bons, embora lhes falte experiência, mas desconfio que Walce e Helinho devam ser as vendas de meio de ano (podem gerar um bom dinheiro e não prejudicaria nem o time titular, nem o reserva).
O texto ficou mais longo do que pensei, mas acredito que externei tudo que penso (respeitando todos que entendam diferentemente). Não importa a escalação que cada um ache a ideal (no fim, a que importa é a do treinador, que escala), o mais importante é voltarmos a acreditar em dias melhores. É ver o elenco se formar de uma maneira capaz de disputar títulos e saber que por trás teremos uma comissão técnica qualificada, com Cuca, Mancini e Carlinhos Neves na preparação. Eu acredito, a moeda voltará a cair “em pé”.
Tricolor Alagoano
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Salve Flávio,
Agradeço as palavras.
Não acredito que nos apequenamos ou coisas do gênero, isso refuto independente de quem formule tal assertiva. Mas, também sei reconhecer quando um adversário é favorito em determinado jogo.
Não acredito que somos favoritos. Aliás, salvo em relação ao próximo adversário, nenhum dos outros seria favorito – haveria uma relação mais equilibrada.
Mas, nosso adversário joga em casa, com torcida única, tem um elenco recheado de jogadores de destaque (protagonista mesmo só vejo Goulart, Dudu e o goleiro), um treinador vitorioso e um esquema tático consolidado. Ademais, não contaremos com Hernanes, Pablo, Rojas, Pato, tchê-tchê e Vitor Bueno (os três primeiros lesionados e os três últimos sem regularização para a competição). Logo, o favoritismo é deles.
Mas, se soubermos nos fechar e ter máxima dedicação (como faz o time sem cor), anulamos o adversário e podemos jogar por uma bola. Nesse caso, Antony (principalmente), Igor Gomes e Everton podem abrir em contra-ataques rápidos.
Minha dúvida é sobre quem será o definidor (desconfio que Cuca usará Carneiro, mas não me espantaria se ele liberasse Nenê para jogar livre no ataque e ser o definidor, além de ganhar com jogada iniciada com bola parada.
Ciente das dificuldades, eu acredito! A moeda cairá em pé.
Salve ó Tricolor Alagoano!
Texto muito bem escrito mas com o qual discordo em partes. Admitir que hoje não somos favoritos quando enfrentamos clubes grandes não é torcer contra. É apenas a constatação da realidade. Como o esporte é futebol, o único que admite “zebras”, podemos até sonhar e torcer muito por um título improvável.
Nosso elenco está longe de ser suficiente para as 38 finais do Campeonato Brasileiro. As deficiências estão brilhantemente esmiuçadas em seu texto. Com um bom time titular e Cuca liderando a equipe podemos sim sonhar com o fim da “fila” na Copa do Brasil, mas seremos uma “surpresa”.
Nossa imensa torcida assegura recursos que são desperdiçados pelas péssimas gestões do Futebol. Reconhecer e corrigir as falhas é o único caminho para voltarmos a ser grandes.
Um abraço.
Um clube quando é mal administrado como o SPFC está sendo há quase uma década, gera esse tipo de insatinsatisfação do torcedor.
Até pq quem acompanha o SPFC nos últimos 40 anos passa pela pior fase do clube, certamente a pior fase administrativa da história, se não a pior, a segunda pior em termos de conquistas, tirando os 13 anos sem título da construção do Morumbi.
Impossível não culpar os últimos 3 presidentes e suas péssimas escolhas adminsitrativas, além de falcatruas e roubos descarados aos cofres do SPFC como fez o Aidar no caso Maidana é na venda do Boschilia por 40 milhões para pagamento de comissões à época.
Enfim torcer como polianas sem enxergar as péssimas diretorias e presidentes que tivemos é colocar o chapéu de burro num cantinho da sala contra a parede.
Saber após mais de 1 ano que o SPFC pagou 35% de comissão para a compra do Diego Souza, além dos 10 milhões pelo passe e ainda luvas ao jogador fora os quase 500 mil mensais, fica impossível não enxergar corrupção ou incapacidade de gerir o clube (coisa que não acredito pois acho que são ladrões mesmo).
Após o péssimo presidente queimar alguns ídolos, inclusive o atual diretor de futebol o Raí que fez algumas cagadas tbm, não dá pra enxergar o SPFC como foi outrora.
Times grandes do passado hj são médios e alguns quase pequenos já, portanto o torcedor está certo em cobrar, falar mal dos gestores e não se calar perante a corrupção que assola o SPFC hj.
No mais temos que torcer para o Cuca mudar este time pq se depender do presidente e até do Raí que decepcionou muito, os dias tenebrosos serão longos ainda.
Vamos ver amanhã se os bons ventos voltam a soprar para os lados do Morumbi.
Sem dúvida a crítica a diretoria é justa (incompetência, erros, posturas indevidas). No entanto, não tenho elementos para formular acusações mais graves (embora entenda que deva ser aprofundanda toda e qualquer investigação minimamente consistente).
O incômodo maior não é com as palavras direcionadas aos dirigentes (eles que se defendam como acharem melhor), mas ao clube.
Nosso clube é gigante e continua a ser, ter um desempenho ruim não torna o clube pequeno ou o diminui, já diversos outros aspectos a considerar.
Para falar não só clube, já temos os torcedores rivais.
Bom dia tricolores,
Bom dia amigo Carlos, parabéns pelo belíssimo texto, primeiro vou concordar com a primeira parte do texto, venho aqui batendo nessa tecla repetidamente, também me incomoda muito ver os próprios torcedores denegrindo a imagem do clube, é a síndrome da internet na qual as pessoas repetem algo à exaustão sem avaliar a veracidade ou entender bem do que está falando, somos gigantes e assim continuaremos, quanto a segunda parte também concordo com toda a análise, está perfeita, apenas creio que necessitamos de um reserva para o Pablo, uma vez que o Gabriel Novaes, o reserva imediato, foi cedido ao Barcelona, não enxergo o Pato para essa função. Abraços.
Amigo, desculpem-me por trocar seu nome.
Não por isso amigo.
Um abraço.
Também gostaria de mais um nome. Aliás, se pudesse, traria o Calleri de titular e deixaria o Pablo na reserva.
No entanto, em caso de ausência de Pablo (lesão, suspensão, convocação etc), acredito ser possível deslocar Pato para centroavante, me parece uma opção melhor que Carneiro (eu negociaria) e Brenner (monstro na base, em dívida no profissional).
Sobre as ofensas e críticas, acredito que a maioria se refere mesmo às pífias gestões que o clube vem tendo desde o Juvenal Juvêncio até o Leco, esses sim os responsáveis pelas vergonhosas atuações do SPFC dentro e fora de campo nos últimos 10 anos, salvando-se raros momentos como em 2012 e 2016.