Meu pai, acima de tudo
Era o ano de 1977. O nosso tricolor querido estava forte naquele Campeonato Brasileiro, onde o sistema era o famigerado mata-mata.
Num ensolarado domingo o Estádio do Morumbi estava lotado para ver o nosso time, na semifinal, vencer o OPERÁRIO DE CAMPO GRANDE por 3×0. Acreditem os mais novos, a lotação foi de 110.000 torcedores para ver o SPFC classificar-se para a final contra o ATLÉTICO MINEIRO.
Os jogadores que nos representavam, alguns craques e outros nem tanto, tinham fome de bola. Valdir Peres, Getúlio, Tecão, Bezerra, Chicão, Neco, o novato Dario Pereira vestiam com orgulho a camisa sampaulina, enquanto o lendário Serginho Chulapa não disputava o jogo e nem aquele campeonato devido a suspensão que lhe impôs a CBF, após agressão a um árbitro (bandeirinha) durante a competição. O Chulapa era irreverente, tanto quanto o Luís Fabiano, que há pouco deixou o nosso clube.
Dentro daquela panela de pressão estávamos também eu e meu pai, corintiano, que convidei e levei para o emocionante jogo. Ele torceu para ver o seu filho feliz, acima de tudo.
Há poucos dias comemoramos o Dia dos Pais e estou tendo a agradável lembrança daquela tarde em que fiquei duplamente feliz.
Uma semana após o SPFC, treinado pelo competente e saudoso Rubens Minelli tornaria-se Campeão Brasileiro pela primeira vez ao vencer o ATLÉTICO MINEIRO em seus domínios.
Bons momentos aqueles e esses que nos orgulham de sermos sampaulinos.
Um abraço à toda nação tricolor.
Eu estava lá… lembro que o treinador do Operário era o ex-goleiro da seleção brasileira, Castilho. Lembro também que o Manga (ex-Botafogo) foi o goleiro do Operário. Nosso time time tinha uma defesa segura, onde pontuavam Getúlio e Bezerra. Valeu pela lembrança desse jogo… nesse dia tirei fotos no Estádio, acompanhado do meu filho, que então tinha 5 anos de idade.
Grandes momentos. Ótimas lembranças caro Antonio, e a emoção de um filho vibrando no estádio com seu pai não se esquece. Tocante.
E falando de futebol, nessa campanha as cobranças de falta do Getúlio foram fundamentais. Imagine se hoje tivéssemos um cobrador de falta com a mesma qualidade.
Bom dia tricolores!!
Bom dia amigo Antonio, como é bom relembrar essas partidas memoráveis, como sonho com, pelo menos um pouco, da volta desse futebol que já não vemos mais, não só pelo jogo bem disputado mas pela torcida, como você disse mais de 110 mil, inimaginável nos dias de hoje, eu não estava lá neste dia mas me lembro muito bem, aquele gol do Serginho em jogada ensaiada na falta nunca vi outro igual, nosso time não era um primor técnico mas compensava tudo com a entrega em campo e foi assim até a final contra o ATM que tinha um time, tecnicamente, melhor que o nosso mas não superou a determinação do tricolor, é isso que espero sempre: se não temos os melhores tecnicamente, que se compense com tática, entrega e determinação. Permita-me apenas uma correção, o campeonato era de 1977 mas o ano já era 1978, fevereiro de 1978. Abraços.
São lembraças assim que tornam as glórias fo passado em amor incondicional hoje!!!!
Parabéns por ter vivido essa fase amigo!!!
1977 foi o ano em que o SPFC começou uma verdadeira escalada pra se tornar o maior e mais vencedor time do Brasil , e se não me engano nesta época éramos o time com o 12° número de torcedores , hj somos a terceira maior torcida.
Em 1977 eu tinha 5 anos e não lembro de nada, mas como meu irmão São Paulino tinha a revista placar com o Chicão chorando ( o choro do gigante) que mostrava todos os ingredientes da conquista e a história do jogo, eu me deliciava lendo a reportagem e vendo as fotos do jogo.
Inclusive tem uma foto da final no Mineirão com o Chicão olhando para um atleticano como se o mesmo fosse uma presa e seu olhar de caçador mostrava que ninguém tiraria àquele título do SPFC.
Antonio, agradeço sua participação no Tricolornaweb