Há um mês, desde o dia 16 de agosto passado, o torcedor São-paulino só pensa em uma coisa: a final da Copa do Brasil 2023. Quando os times entrarem em campo no Maracanã para o primeiro jogo da final, estarão escrevendo mais um capítulo de dois gigantes do futebol mundial.
O Flamengo participa pela 27ª de uma Copa do Brasil, de um total de 35 edições do torneio incluindo a deste ano. O time da Gávea chegou à sua nona final da competição, igualando o Grêmio como o time que mais vezes disputou a decisão. Em média o Flamengo alcançou a decisão uma vez em cada três vezes que disputou a Copa. Nas oito finais anteriores o Flamengo conquistou 4 títulos e ficou com 4 vice-campeonatos. Em 2023 esse “empate” ficará para trás.
O São Paulo, por sua vez, participa pela 23ª vez da Copa do Brasil. Nos primeiros anos apenas o campeão e o vice do Campeonato Paulista tinham vaga no torneio. Após a ampliação do número de participantes, e a seleção por um ranking histórico da CBF, praticamente todos os grandes clubes do país passaram a disputar anualmente o campeonato. Entre 2001 e 2012, entretanto, os times que disputavam a Libertadores da América foram impedidos, por questões de calendário, de disputar a Copa do Brasil. Infelizmente, esse período coincide com a melhor fase do Tricolor neste século, em que conquistamos um Mundial, uma Libertadores, três Brasileiros e uma Sul-Americana, além do Paulista de 2005, e praticamente não saíamos do principal torneio do Continente. Nas 22 participações anteriores o SPFC chegou uma vez à decisão, no ano 2000, quando perdeu a final para o Cruzeiro, e participou por 7 vezes das semifinais. Como curiosidade, em 5 oportunidade o “algoz” do Tricolor veio a conquistar a Copa do Brasil. O Cruzeiro, maior campeão do torneio com 6 conquistas, em três oportunidades bateu o São Paulo, em diferentes fases da competição, para na sequência levantar a taça. Ao final do texto disponibilizo aos leitores um resumo de todas as participações do São Paulo na Copa do Brasil.
A campanha do São Paulo em 2023 começou de forma bastante irregular. O SPFC estreou na terceira fase, em abril, empatando com o Ituano no Morumbi (0 x 0). A classificação veio com uma vitória magra, por 1 x 0, jogando na casa do adversário.
Nas oitavas de final o adversário foi o Sport Recife. Após conquistar uma boa vitória jogando na Ilha do Retiro, 0 x 2, o São Paulo parecia ter um caminho tranquilo, mas uma péssima exibição no Morumbi quase custou a vaga. O Tricolor foi derrotado no jogo de volta, 1 x 3, e a vaga veio apenas nos pênaltis.
Nas quartas de final, já no mês de julho, confirmamos nosso histórico de levar vantagem sobre o Palmeiras em confrontos eliminatórios, e vencemos no Morumbi (1 x 0) e no Palestra Itália (1 x 2). Foram duas ótimas exibições do Tricolor, que levou vantagem no aspecto coletivo, e venceu as duas partidas com autoridade, ignorando o favoritismo alviverde.
Na semifinal foi a vez de enfrentar o Corinthians, adversário que levou a melhor na maioria das vezes que nos enfrentou em “mata-mata”. Fizemos uma boa partida em Itaquera, mas perdemos (2 x 1). No intervalo de três semanas até o jogo da volta, no Morumbi, o alvinegro perdeu um de seus destaques, Roger Guedes, atacante, negociado com o Al-Rayyan do Qatar, enquanto o SPFC reforçou seu time com Lucas Moura. O Tricolor fez um ótimo primeiro tempo no Cícero Pompeu de Toledo, abriu a vantagem necessária e soube aguentar a pressão do visitante nos minutos finais. Naquela noite de 16/08/2023, o São Paulo carimbava o passaporte para sua segunda final de Copa do Brasil. É a segunda final do Tricolor em 23 campanhas na Copa do Brasil, e 23 anos após a triste derrota para o Cruzeiro na final do ano 2000.
Quando o gaúcho Anderson Daronco apitar o início da partida neste domingo, 17 de setembro, todos os São-Paulinos estarão voltados para o jogo. Afinal, é a grande final que pode tornar o São Paulo Futebol Clube definitivamente o “campeão de tudo”. Vamos São Paulo!
