Treinos fechados e silêncio de Ney Franco esfriam polêmica Ganso

Ney Franco não costuma se privar de falar o que pensa. Em menos de um ano no São Paulo, enfrentou o capitão Rogério Ceni e o vice-presidente João Paulo de Jesus Lopes e já fez críticas ao desempenho abaixo do esperado de alguns jogadores. Porém, na mais recente polêmica (a insatisfação pública de Paulo Henrique Ganso pela substituição no clássico contra o Palmeiras), a estratégia aceita pelo treinador tem sido outra: não dar corda ao assunto além dos bastidores.

Em uma semana decisiva para a sequência na Libertadores – na quinta-feira, a equipe joga na Argentina, contra o Arsenal, podendo deixar a segunda colocação do grupo –, a opção foi pela reclusão e a distância das câmeras e microfones. Ele decidiu fechar a parte tática dos treinos na capital paulista e não concederá entrevista antes da partida.

Sergio Barzaghi/Gazeta Press

Ganso externou insatisfação no domingo depois de ter sido substituído no início do segundo tempo

A última declaração sobre o tema, dada ainda no Morumbi, foi equilibrada: “Estou falando de uma coisa que eu não vi, estou falando em cima de informações. Prefiro reavaliar, vou rever o jogo. Se tiver algum problema e achar que passou do ponto, converso com o atleta, a gente se acerta. Temos um jogo muito importante na quinta-feira, e o resultado tem que estar acima das nossas vaidades ou do orgulho de um e de outro”.

O que Ney Franco ficou de rever foi Ganso irritado ao ser sacado aos seis minutos do segundo tempo para a entrada de Jadson. O meia falou palavrões perto da comissão técnica, atirou um copo d’água ao chão e reforçou seu descontentamento em entrevista na saída de campo.

“Não entendi (a substituição), mas acontece. Ele quis me substituir, ele que é o treinador. Ninguém gosta de sair, mas isso é o treinador que tem que achar quem deve tirar”, falou o camisa 8, contratado em setembro passado por valor recorde no mercado interno nacional, com a expectativa – até agora não confirmada – de ser o principal nome do time em 2013, principalmente após a venda de Lucas.

Na segunda-feira à tarde, não houve conversa com Ney Franco. Ganso ficou na academia, juntamente com os demais titulares do clássico, e a atenção da comissão técnica se voltou ao treino dos reservas no gramado. A reunião com o elenco será na manhã desta terça, quando o treinador exibirá vídeos do Arsenal antes de orientar a única atividade tática antes da partida. Mesmo que a polêmica da partida de domingo esteja na pauta, pessoa próxima ao jogador garante: “Ele está bem tranquilo”.

 

Fonte: Gazeta Esportiva

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