Tchê Tchê cita Dracena para brilhar no São Paulo sem incomodar ex-clube

A primeira partida do São Paulo após a contratação de Tchê Tchê – que ainda não poderá jogar – será justamente uma decisão contra o Palmeiras, clube com o qual ele se identificou ao ser campeão brasileiro em 2016. O meio-campista de 26 anos ainda não sabe se estará no Allianz Parque para assistir ao duelo de domingo, às 16h, mas já sabe em quem se espelhar para dar certo no Tricolor sem incomodar a ex-equipe.

– Obviamente fiz vários e verdadeiros amigos lá, mas o importante é trabalhar sério aqui, não faltar com respeito com eles. Um desses meus grandes amigos, o Dracena, tem história em outros clubes e sempre deixou claro isso: tem que trabalhar, ser honesto e não faltar com respeito com a instituição em que você jogou, porque assim você vai ser bem visto em todos os lugares – disse Tchê Tchê, citando o zagueiro do Palmeiras que também já defendeu Santos e Corinthians.

O São Paulo fez um esforço grande para contratar Tchê Tchê, que estava no Dinamo de Kiev, da Ucrânia, desde maio do ano passado. O clube pagará 5 milhões de euros (R$ 22 milhões) para tê-lo até o fim de 2022. O reforço foi um pedido insistente do técnico Cuca, que o levou para o Palmeiras após vê-lo se destacar no Paulista de 2016 pelo Audax e construiu forte relação com ele. Mas Tchê Tchê fez questão de salientar que sentiu que todo o clube o queria.

– Óbvio que sou suspeito para falar sobre o Cuca. Mas tenho que agradecer também ao Raí, ao Pássaro (gerente-executivo). A diretoria fez um grande esforço, essa negociação demorou um certo tempo. Desde a primeira conversa, perguntei se era só o Cuca que me queria ou se o clube também queria. Estou aqui por que o clube me quis.

– Foi uma decisão minha. Tive uma conversa com o presidente do Dinamo, ele não queria que eu saísse, mas foi uma decisão minha e da minha família. Estou muito feliz de estar aqui. Eu escolhi o São Paulo e o São Paulo me escolheu.

Assim como Alexandre Pato, Tchê Tchê foi apresentado com uma camisa sem numeração. Como os dois só poderão jogar no Brasileirão, os números serão definidos depois.

Veja outras respostas da coletiva de Tchê Tchê:

Disputa com Liziero

– Não tem rival dentro do grupo, ele vai ser mais um companheiro meu. Chego com uma vontade imensa de ajudar o clube. Ninguém tem cadeira cativa, não importa se o clube fez um grande esforço para eu vir, não tem nada a ver.

Cuca

– Aprendi com meus pais a ser grato. Quando uma pessoa me ajuda, sou grato para sempre. Cuca confiou em mim, me colocou para jogar no momento em que cheguei no Palmeiras, pude ajudar em várias posições. Espero que a gente possa fazer grandes jogos. O Cuca me ligou, sempre que a negociação ficava um pouco mais difícil ou andava um pouco mais a gente comentava.

Como conquistar espaço?

– Eu tenho que ser quem eu sempre fui a vida inteira. Verdadeiro, honesto, trabalhar acima de tudo. Falar pouco. O segredo é o trabalho. É trabalhar, fechar a boca e ajudar da maneira que for possível.

Palmeiras x São Paulo

– Obviamente vou estar torcendo para o São Paulo. Pelo que tenho visto, com certeza nosso time tem condição de ir lá e ganhar. Tabus foram feitos para ser quebrados.

Saída da Ucrânia

– Não é que saí de lá por que ninguém me queria mais. O presidente não queria que eu saísse, mas eu falei que precisava.

Vai ao Allianz?

– Tive pouco tempo para pensar nisso, cheguei segunda às 6h e pouco dormi.

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