SP enxuga folha salarial, mas saída de P. Miranda liga alerta sobre elenco

O São Paulo acertou, em menos de uma semana, as vendas dos zagueiros Rodrigo Caio e Paulo Miranda, além de encaminhar a transferência do volante Denilson para o futebol árabe. Com isso, o clube alcançou um objetivo traçado pela diretoria: enxugar a folha de pagamento e equilibrar as contas com a entrada de um valor extraordinário no caixa do clube. Ao mesmo tempo, o elenco tricolor perdeu peças importantes.

Na defesa, por exemplo, o clube deixará de contar com 28% do jogadores que estavam à disposição do técnico Juan Carlos Osorio no começo da semana passada. Sem Rodrigo Caio e Paulo Miranda, o novo comandante são-paulino conta agora com cinco atletas para a zaga: Rafael Toloi, que disputou 21 dos 32 jogos da temporada, além de Lucão (18 partidas), Dória (15), Edson Silva (13) e Breno, fora dos gramados desde 2011.

Após as negociações, o São Paulo ainda corre o risco de perder Dória. O clube tenta prorrogar o contrato de empréstimo com o Olympique de Marsella — o vínculo atual com o time paulista se encerra no próximo dia 30. A permanência do atleta é vital para Osorio colocar em prática uma das suas ideias: implantar o sistema com três zagueiros em algumas partidas.

De acordo com vice de futebol do clube, Ataíde Gil Guerreiro, o colombiano tinha conhecimento das três negociações quando foi contratado pelo São Paulo, há quase um mês. Mesmo assim, Osorio admitiu na semana passada que conversou com Rodrigo Caio para tentar mantê-lo no elenco.

O mesmo ocorreu com Denilson. O volante, entretanto, ainda não definiu se aceita a proposta do Al-Wahda, dos Emirados Árabes Unidos. Se o volante deixar o São Paulo, Osorio terá dois jogadores para escalar como cabeça de área: Hudson e Souza, que garantiu que pode atuar na posição, mais recuado no meio-campo.

Base
O São Paulo, neste momento, não pretende utilizar os zagueiros Lyanco e Rony, que hoje disputam o Campeonato Brasileiro Sub-20. “Até o presente momento não houve nenhuma solicitação do futebol profissional a esse respeito”, disse Junior Chavare, coordenador da base são-paulina.
Chavare, no entanto, disse que a relação entre a base e o profissional é muito próxima e direta, sempre com a participação de Milton Cruz no processo. “Nós temos constantemente realizado treinos com o futebol profissional. E também jogos-treino. Eles estão muito atentos ao elenco. A base está sempre à disposição do profissional. A hora que precisar”, afirmou o coordenador.
Alívio aos cofres
O São Paulo vendeu Rodrigo Caio para o Valencia, da Espanha, por R$ 43,7 milhões e deve receber pouco menos de R$ 40 milhões, com a chance de repasse de R$ 14 milhões (bônus). Por Paulo Miranda, vendido ao Red Bull Salzburg, da Áustria, o clube irá embolsar R$ 3,8 milhões. A proposta do Al-Wahda por 40% dos direitos econômicos de Denilson é de R$ 10,9 milhões.
Além da entrada dos valores nas receitas de 2015, o São Paulo mantém a redução dos gastos com o futebol. Antes de concretizar as duas transferências, a folha salarial do elenco profissional de futebol chegava a R$ 8 milhões. Com a saída de atletas, o montante ficará abaixo de R$ 7,5 milhões.
Nos primeiros quatro meses de 2015, o São Paulo também conseguiu economizar R$ 12,2 milhões com salários de jogadores nos 12 meses deste ano. Até o fim de abril, o clube havia emprestado 11 jogadores do elenco profissional.
São eles: Maicon (Grêmio), Ademilson (Yokohama Marinos-JAP), Cortez (Albirex Nigata-JAP), Wellington (Internacional), Luis Ricardo (Botafogo), Carleto (Botafogo), Ronieli (XV de Piracicaba), Roni (Ponte Preta), Caramelo (Chapecoense), Luiz Eduardo (Rio Claro) e Bruno Cantanhede (Rio Claro).
Ainda em 2015, o São Paulo negociou os 50% dos direitos econômicos que tinha do atacante Osvaldo com o Al Ahli, da Arábia Saudita, por R$ 5 milhões.  Em janeiro, a diretoria rescindiu com o lateral argentino Clemente Rodríguez, que ganhava R$ 130 mil mensais.
Font: Uol

3 comentários em “SP enxuga folha salarial, mas saída de P. Miranda liga alerta sobre elenco

  1. Os jogadores já negociados não vão ajudar a abaixar a folha de pagamento; pra isso será preciso dar certo as vendas do Denílson e do Ganso e não renovar com o LF nos moldes de seus contratos anteriores – acho que até poderia renovar por mais uma temporada mas com salário muuuuito menor do que ele vem ganhando. Nos casos de vendas de jogadores com salários menores, se tiver que repor o elenco e se encontre alguém para substituí-los, o fato por si só fará o valor da folha voltar a ser o mesmo. O que restou foi a entrada de dinheiro que vai ajudar a por em dia esta mesma folha.

  2. Diretoria, atentem para essa matéria e entendam por que o clube está endividado: Maicon (Grêmio), Ademilson (Yokohama Marinos-JAP), Cortez (Albirex Nigata-JAP), Wellington (Internacional), Luis Ricardo (Botafogo), Carleto (Botafogo), Ronieli (XV de Piracicaba), Roni (Ponte Preta), Caramelo (Chapecoense).
    Nesse grupo de jogadores, vemos muitas contratações erradas e revelações que não vingaram, isso sem contar o Antônio Carlos, Clemente Rodriguez e Cañete.

    Imagino que agora entramos em mais um cenário favorável a grandes cagadas: dinheiro em caixa das vendas e necessidade de aumentar o número de zagueiros.
    Por favor, sejam inteligentes, avaliem se na base tem alguém promissor e dê chance. Se não tiver, tentem renovar com o Dória. Se não der, tentem trazer um zagueiro bom ao invés de 10 novos “Paulos Miranda”. Vamos quebrar esse ciclo de contratações erradas e endividamento, pelo amor de deus.

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