São Paulo publica balanço que mostra dependência de TV e vendas

O São Paulo publicou, nesta terça-feira, sua demonstração financeira de 2018. O balanço mostra superávit de R$ 7,2 milhões. O clube teve receitas de R$ 410 milhões e gastou R$ 402 milhões.

O futebol, claro, foi responsável pelas maiores entradas de dinheiro. O carro-chefe do clube colocou R$ 369,4 milhões nos cofres. A cifra, porém, tem alta dependência da negociação de atletas e direitos de transmissão de TV. Quase 71% de tudo que o clube arrecadou veio dessas duas fontes.

A maior receita veio da venda de jogadores, que colocaram R$ 154,7 milhões no clube. O valor, no entanto, é inferior ao de 2017, quando o faturamento foi de R$ 188,6 milhões. Já com a TV, o São Paulo garantiu R$ 135 milhões, pouco menos de R$ 10 milhões a mais do que no ano anterior.

O clube também subiu a arrecadação de jogos, com R$ 30,7 milhões (foram R$ 26,9 milhões em 2017). Com publicidade e patrocínios, foram R$ 23,2 milhões; enquanto outras receitas, incluindo premiações, sócios-torcedores e licenciamentos, somaram mais R$ 25,3 milhões.

Ainda nas receitas, o dinheiro que veio do estádio do Morumbi, que inclui camarotes, publicidades e aluguéis, diminuiu na comparação com 2017, indo de R$ 25,1 milhões para R$ 20,8 milhões.

Gastos com empresários sobe

No geral, o São Paulo gastou menos com futebol em 2018 na comparação com 2017. Depois de despesas de R$ 354,7 milhões, a cifra caiu para R$ 310,1 milhões. Um dos itens que subiu, contudo, foi o dinheiro destinado a intermediações de jogadores, apesar de ter vendido menos em 2018.

Na temporada anterior, com R$ 188,6 milhões em vendas, o São Paulo pagou R$ 11,9 milhões a empresários (6,3%). Já em 2018, R$ 17,2 milhões, ou 11%, dos R$ 154,7 milhões negociados foram destinados a intermediações. Vale esclarecer que a cifra não inclui direitos de outros clubes, discriminados em outro ponto do balanço – foram R$ 5,2 milhões com esse fim em 2018.

Em salários no futebol, o São Paulo teve despesas de R$ 101,3 milhões no último ano (a folha foi de R$ 106,6 milhões em 2017) e mais R$ 31,1 milhões em direitos de imagem.

Contas no azul

No final, o São Paulo teve, no total, R$ 410 milhões em receitas, menos do que os R$ 468 milhões de 2017. Os gastos, em contrapartida, também caíram, de R$ 453 milhões para R$ 402 milhões, permitindo que o clube fechasse com superávit de R$ 7,2 milhões (R$ 15,1 milhões no ano anterior).

O São Paulo também comemorou em sua demonstração redução de R$ 24,9 milhões no “nível de endividamento geral” no ano em que, dentro de campo, avançou até as semifinais do Paulista e foi quinto colocado no Brasileiro – caiu antes das oitavas de final na Copa do Brasil e Sul-Americana.

3 comentários em “São Paulo publica balanço que mostra dependência de TV e vendas

  1. Isto deixa claro uma coisa: O São Paulo JAMAIS será campeão utilizando jogadores da base, reparem que o foco não é montar elenco para ganhar títulos, e sim promover jogadores para serem vendidos.

    A roda gira e para sempre no mesmo lugar, não monta elenco competitivo para não entrar em dívida, e depende sempre da venda de jogadores que se destacam dentro do elenco limitado, o que torna impossível ser campeão.

  2. “São Paulo publica balanço que mostra dependência de TV e vendas”.
    Ué? Não pode?
    O importante é o superavit e a “redução no nível de endividamento”.
    A crefisa deve uma fortuna pra madame.

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