São Paulo precisa vencer para escapar de vexame histórico na Libertadores

Há menos de meio ano, o elenco são-paulino comemorava com muito entusiasmo o inédito título da Copa Sul-Americana. Atualmente, às vésperas da decisão contra o Atlético-MG, que define a classificação ou a eliminação na Libertadores de 2013, os atletas precisam conviver com a chance de entrarem para a parte mais obscura da história do clube que se orgulha de ser um dos brasileiros mais vencedores no exterior.

Isso porque apenas uma vitória evita que o atual elenco seja responsável pela pior campanha do time nas 16 vezes em que esteve na principal competição do continente. Atualmente, este rótulo pertence ao time de 1987, que tinha nomes como o goleiro Gilmar, o zagueiro Darío Pereyra, o meio-campista Pita e o atacante Müller.

Naquele ano, em seis jogos, o time são-paulino fez quatro pontos, com uma vitória em cima do Cobreloa e dois empates, contra Colo Colo e Guarani. Vale lembrar que, na época, o triunfo valia apenas dois pontos, enquanto que o empate já correspondia a um ponto somado. Na ocasião, o aproveitamento de pontos foi de 33%.

Atualmente com quatro pontos, conquistado com um triunfo em cima do The Strongest e outro empate diante do Arsenal de Sarandí, o time precisa da vitória para chegar aos sete pontos e aos 39% de aproveitamento. Além de, claro, ter chance de avançar às oitavas de final da competição dependendo da combinação de resultados.

O empate faria o time ter 28% de aproveitamento, enquanto que uma derrota derrubaria o índice para 22%.

“Nunca faltou raça na Libertadores. Em nenhum momento. O problema é que nossa equipe não teve sorte. Contra o Arsenal, foram três bolas na trave. Contra o Atlético-MG, a bola tirou tinta da trave. As coisas não aconteceram. Neste jogo, decidiríamos quem ia ser o primeiro do grupo, mas tivemos resultados ruins e não poderemos mais fazer isso”, disse Osvaldo na última segunda-feira.

“É até normal a torcida cobrar quando os resultados não chegam. Mas eles (torcedores) também precisam mostrar raça na quarta-feira e nos apoiar até o final. Se for vaiar, que seja no final, porque vamos precisar deles para conseguir a classificação. Se a gente conseguir a classificação, vamos ganhar muita força”, completou o atacante.

Além de ser a temporada da pior campanha na Libertadores, o ano de 1987 também marcou a última vez em que o São Paulo foi eliminado na fase de grupos. Esse problema já havia sido visto em outros anos antes, como em 1982 e em 1978, quando os aproveitamentos de pontos foram de 50% e 41%, respectivamente.  De lá para cá, foram três títulos, em 1992, 1993 e 2005, dois vices, em 1994 e 2006, e outras cinco eliminações na fase de mata-mata.

Vale lembrar que uma vitória em cima do Atlético-MG não garante a classificação. Isso porque um triunfo em cima do único invicto da Libertadores poderia não ter função caso o The Strongest vença o Arsenal de Sarandí. Os bolivianos também só podem empatar com os argentinos caso o São Paulo vença os mineiros por dois gols de diferença. Há a hipótese da vaga ser conquistada no sorteio.

Para isso, o São Paulo precisa vencer exatamente por 2 a 1 e que o The Strongest ficasse no 1 a 1 com o Arsenal de Sarandí. Neste caso, todos os critérios seriam igualados.

Fonte: Uol

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