O São Paulo foi à Justiça para pedir o fim da obrigatoriedade da meia-entrada na venda de ingressos para jogos no Morumbi – que beneficia estudantes, idosos, deficientes e jovens de baixa renda.
Em ação que corre no Tribunal Regional Federal da 3ª Região, o São Paulo pede que “se reconheça a ré (a União) como responsável pelo ônus da meia-entrada das Leis nºs 12.933/13 e 10.471/03 e, por conseguinte, indenizada a Autora pela intervenção indevidamente sofrida, sem nenhuma contraprestação”.
O trecho da petição significa que o São Paulo contesta a intervenção das seguintes leis no dia a dia do clube:
- 12.933/13: de 26 de dezembro de 2013, dispõe sobre o benefício do pagamento de meia-entrada para estudantes, idosos, pessoas com deficiência e jovens de 15 a 29 anos comprovadamente carentes em espetáculos artístico-culturais e esportivos;
- 10.471/03: de 1º de outubro de 2003, é o Estatuto do Idoso, destinado a regular os direitos assegurados às pessoas com idade igual ou superior a 60 anos.
Além disso, o São Paulo pede indenização referente ao período em que teve de vender ingressos a meia-entrada, calculando quanto o clube teria deixado de receber desde 2003, início do Estatuto do Idoso.
E pede, claro, o fim da cobrança de meia-entrada a partir da data do julgamento da ação.
O processo ainda não foi julgado e está em fase juntada de petição, quando a parte autora (no caso, o São Paulo) pode anexar novas peças à ação.
O que o São Paulo diz
Em contato com a reportagem, o diretor jurídico do São Paulo, Leonardo Serafim, argumenta que o clube está disposto a vender ingressos com meia-entrada, desde que o governo banque os custos pelo desconto. Como exemplos de comparação ele cita a venda de remédios genéricos ou meia-entrada nas passagens de ônibus, nos quais o governo subsidia o desconto.
– O São Paulo não é contra a meia-entrada ou qualquer outro tipo de subsídio aos torcedores. O que o São Paulo pretende é ter autonomia para instituir esses benefícios de acordo com seus próprios critérios, já que arca com tais custos – disse Serafim.
A outra opção, na visão do São Paulo, seria o governo retirar a obrigatoriedade do modelo atual de meia-entrada para dar ao próprio clube autonomia na venda dos ingressos e na cobrança dos preços. Isso porque, para o clube, se o governo impõe a meia-entrada, não é o responsável pelas vendas (no caso o próprio São Paulo) que deveria perder dinheiro para bancar esse desconto.
Ou seja, o São Paulo quer ser ressarcido pelos valores que entende serem devidos ao longo dos últimos anos nos quais bancou o desconto da meia-entrada e pretender encerrar a obrigatoriedade da venda de meia-entrada nos moldes de hoje.
Fonte: Uol
Nem deveria existir esse negócio de meia entrada pra nada.
Parabéns!!! Se quer algo, pague por ele, assim tem que ser. Chega de jogar as contas para outros!!!
Mais deveres e menos direitos!!! Quanto menos socialismo melhor!!!