Rogério Ceni lidera São Paulo em busca de título inédito

Dúvida até a manhã de terça-feira, Rogério Ceni viajou com a delegação e fará nesta quarta-feira, contra o Bahia, seu segundo jogo na temporada. Depois de seis meses, o goleiro voltou a jogar no último domingo e sentiu dores na coxa direita e no ombro direito, que foi operado em janeiro.

Campeão da Libertadores e do Mundial, o capitão ainda não tem a Copa Sul-Americana em sua galeria de títulos internacionais. E esta edição pode ser a última chance para ele. Com 39 anos, a presença do ídolo debaixo das traves na próxima temporada ainda é incerta.

 

Mas a competição que se inicia pode ter papel fundamental para a permanência de Ceni. Além do ânimo com o eventual troféu, a conquista garante uma vaga na Libertadores de 2013, algo que pode ser determinante para a renovação, ou não de contrato, do goleiro.

Voltar à Libertadores não é uma meta apenas para Rogério, o São Paulo também precisa. Ausente nas duas últimas edições, o clube vê a Sul-Americana como uma porta de entrada. A final acontece em dezembro, mas são apenas cinco fases para chegar ao título inédito.

Nas últimas duas temporadas, tropeços em momentos decisivos fizeram com que o Tricolor ficasse fora da competição que a torcida mais gosta (mais detalhes abaixo).

Líder da equipe, a presença do goleiro traz reflexos na postura do time em campo. No último domingo, se mostrou estar fora de ritmo de jogo, Ceni evidenciou que continua com a garganta em dia, e deu várias instruções para os atletas.

– Com o Rogério, ganhamos a experiência que ele passa para todo o elenco. Todos os jogadores ficam muito felizes com a sua volta – analisou o lateral-esquerdo Cortez.

No ano passado, no Paraguai, o camisa 01 lesionou a coxa e o São Paulo voltou para casa eliminado pelo pequeno Libertad (PAR), em jogo que marcou a estreia de Emerson Leão. Antes, a equipe havia passado pelo Ceará. Agora, a caminhada começa contra o Bahia.

Rogério diz que a decisão de encerrar a carreira será tomada nos últimos meses do ano. Com o Tricolor bem na Sul-Americana, a vontade de não parar será maior.

Tricolor no quase…

2010
Nas duas chances que teve, não conseguiu vaga para a Libertadores do ano seguinte. Pela Libertadores, caiu nas semifinais para o Inter, que sagrou-se campeão e se garantiu no Mundial e não edição seguinte da Copa. Pelo Brasileirão, passou a maior parte na zona intermediária. E assim terminou. Acabou em nono, longe do G4. Quebrou sequência de sete anos na Libertadores.

2011
Pela Copa do Brasil, caiu nas quartas de final para o Avaí. Venceu por 1 a 0 Morumbi, mas levou 3 a 1 na Ressacada e acabou eliminado prematuramente. Na Sul-Americana, também com uma vitória e uma derrota, perdeu para o Libertad (PAR) nas oitavas de final. Pelo Brasileirão, ficou fora do G4 por um ponto. Tropeçou na reta final e deu adeus à Libertadores pelo segundo ano.

2012
Na primeira oportunidade em obter uma vaga e voltar para Libertadores, novo fracasso. O Tricolor fez 1 a 0 no Coritiba em casa, mas levou 2 a 0 no Couto Pereira e viu o rival Palmeiras, que sagrou-se campeão, bater o Coxa na decisão. Agora, com dez pontos a menos do que o líder, está em sétimo no Brasileirão. Hoje, começa a caminhada rumo à Sul-Americana.

 

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