Reestreia de Kaká será alento para fã que passou por tragédia em Goiânia

A volta de Kaká fará novamente a alegria de milhares de fãs, principalmente entre o público feminino. As goianas serão as primeiras privilegiadas, já que a reestreia será neste domingo, no Serra Dourada, contra o Goiás. O jogo e a presença do craque trarão também um pouco de ânimo a Débora Braz dos Santos. Ela será uma das “kakazetes” que vão recepcionar o meia em seu reencontro com o futebol brasileiro. Mas a histeria virá em tom de conforto espiritual.

São-paulina desde o início deste século, período que coincide com a aparição de Kaká no time, Débora ainda chora a perda do responsável por uni-la de fato ao São Paulo do meia. Ela escapou ilesa de um trágico acidente automobilístico em janeiro deste ano. Mas seu marido, “tricolor roxo”, não teve a mesma sorte. Faleceu em março, após passar três meses em coma. Foi sepultado com a camisa do clube.

– Sempre imaginávamos juntos o dia em que o Kaká voltaria ao São Paulo. Ele era apaixonado por futebol, pelo time. Infelizmente, esse momento chegou sem ele. Mas vai ser um dia de alegria – afirmou Débora, em visita ao Serra, a convite do LANCE!Net.

Depois da tragédia, Débora vem buscando meios de encontrar um pouco de alegria para nocautear o destino que a vida lhe reservou. Um destes momentos, segundo ela, é ver o ídolo de sua infância, que o fez começar a gostar de futebol, de esporte.

– Eu era muito nova quando o Kaká surgiu e me encantei por ele, confesso, não pelo São Paulo. Passei a torcer pelo São Paulo por ele. Era Kaká Futebol Clube. E agora ter a chance de vê-lo me faz bem – afirma.

Quando Kaká explodiu pelo São Paulo em 2001, Débora, hoje com 24, tinha 11 anos. Acompanhou a frenesi das fãs em cima do meia na esperança de um dia ter a mesma sorte. Em sua maioria adolescente, o público da época fazia das loucuras mais variadas no contato com o ídolo.

Com Kaká de volta, a delegação do São Paulo acredita que a passagem por Goiânia será muito mais movimentada do que de costume O time chegará hoje, às 19h, ao hotel onde ficarão concentrados e muitas fãs são aguardadas.

Uma delas será Débora.

– Trabalho com turismo, então vou ver se consigo dar um jeito de entrar no hotel para ter contato com ele. É um sonho, então acho que vale – diz ela, um pouco constrangida.

Vale, sim, Débora!

O ACIDENTE

2/1/2014
Débora, seu marido, Victor Alexssander, a irmã e mãe dele voltavam do Mato Grosso após as comemorações de fim de ano. Na saída da cidade de Primavera do Leste, Victor perdeu o controle do veículo ao passar por um buraco e capotou. Desacordado, nem sequer falava. As demais tiveram ferimentos leves.
………………….
18/3/2014
Após três meses em coma, Victor morre, aos 25 anos. Débora reclama da demora pelo atendimento. No dia do acidente, família teve de levar o rapaz para Goiânia em um avião. Não foi suficiente.

 

 

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