A novela Kaká está perto do seu capítulo final. O jogador passa férias no Brasil e, embora mantenha o suspense nas entrevistas, já tem seu destino traçado.Ele deverá ser apresentado na terça-feira no Orlando City, clube com o qual assinou contrato por duas temporadas. No entanto, como a liga americana só começa em março de 2015, ele atuará por empréstimo no São Paulo por seis meses. Na última sexta-feira, em entrevista coletiva concedida ao GloboEsporte.com e TV Globo, no Rio de Janeiro, o jogador disse que ainda faltam detalhes para que tudo possa ser anunciado.
No papo que teve com a reportagem, o meio-campista voltou a expressar o carinho que tem pelo clube que o revelou para o futebol.
– Joguei no São Paulo dos oito aos 21. É o time que me revelou e formou. Que eu tenho uma relação muito forte com o São Paulo isso não tem como negar. Mas ainda está tudo muito por cima. Ainda não está encaminhado e direcionado para que lado vai ficar essa situação – afirmou o jogador, tentando despistar o que já está sacramentado.
Tanto que Bosco, seu pai, já tem em mãos a minuta do contrato com o Tricolor. O desfecho da negociação ocorrerá na semana que vem. Questionado se seria bom jogar com Alexandre Pato e Paulo Henrique Ganso, ele despistou.
– Para mim é prazer jogar com eles, assim como Balotelli (atualmente no Milan)…para mim, jogar é sempre um prazer – disse.
Melhor do mundo em 2007 e presente em três Copas do Mundo, Kaká poderia estar satisfeito com sua carreira depois do sucesso alcançado. O jogador, no entanto, diz que segue com a mesma vontade de vencer. Por isso, garante: a luta contra o comodismo é constante.
– Continuo com a mesma vontade de vencer. Esse é o meu objetivo. Luto muito contra o meu comodismo. Depois de passar tudo o que passei e vencer tudo que venci vem esse comodismo natural. Então eu procuro sempre fazer uma coisa diferente principalmente na parte física. Isso me ajuda a estar sempre focado. Nesse momento é mais uma luta minha de querer estar jogando sempre bem do que qualquer outra coisa – garantiu.
Futuro na Seleção e torcida na Copa 2014
Mas será que essa motivação frequente também o faz pensar em mais um Mundial no currículo? Kaká faz as contas e diz que com 36 anos – na Copa de 2018 – será muito difícil uma convocação. Mas não descarta.
– Eu acho difícil porque daqui a quatro anos vou estar com 36. Não sei. No futebol e na vida as coisas podem acontecer de uma forma sempre inesperada, mas acho muito difícil – afirmou.
Mesmo fora do grupo comandado por Felipão, Kaká não deixa de torcer pela seleção brasileira. E ele garante que há um fator decisivo na busca pelo título. Para o jogador, o espírito que o treinador dá – o de um grupo – é vital nessa caminhada.
– Eu estou confiante do Brasil. Acho que o Felipão tem essa característica de formar mesmo um grupo. Claro que talentos individuais podem fazer diferença. Mas acho que o grupo é o mais importante. Brasil é um dos favoritos – finalizou.
Fonte: Globo Esporte
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