Na “arapuca” do Horto, São Paulo desafia carrasco Atlético-MG

Pela terceira vez no ano, o São Paulo visitará o Atlético-MG no Independência. Após dois jogos pela Libertadores – o mais recente, quando caiu no torneio -, volta neste domingo à “arapuca” do Horto, como o presidente Juvenal Juvêncio chamou o estádio de Belo Horizonte, em partida da terceira rodada do Campeonato Brasileiro.

Segundo disse o mandatário tricolor, antes e depois de seu time ser eliminado pelos mineiros nas oitavas de final da competição continental, o estádio é acanhado e obriga são-paulinos a passarem em meio a atleticanos. “Não se pode nem chamar de estádio”, criticou, gabando-se das condições oferecidas no Morumbi e questionando a não utilização do reformado Mineirão.

Antes do reencontro, Juvenal não disse nada. Quem falou por ele foi o vice-presidente de futebol, João Paulo de Jesus Lopes, amenizando a declaração do superior. Para o dirigente, o estádio do Horto tem bom gramado, diferentemente de outros locais, e não há maiores problemas em jogar lá, a não ser a força demonstrada pelo Atlético como mandante.

Djalma Vassão/Gazeta Press

Nos últimos duelos, o Atlético-MG, de Ronaldinho Gaúcho, levou a melhor sobre o São Paulo, de Lúcio

O técnico Ney Franco até questiona a pressão exercida sobre alguns árbitros em Belo Horizonte, porém endossa discurso de que a principal dificuldade é a qualidade do time de Cuca. “Eles têm um elenco muito qualificado, com trabalho muito bom da comissão técnica. Aliado a isso, sim, um campo muito pequeno, onde 15 mil pessoas lotam e dão muita força. O desempenho é muito alto”.

 

Desde a reinauguração do Independência, há pouco mais de um ano, o Atlético ainda não foi vencido lá. Na terceira tentativa de findar esse tabu, o treinador são-paulino mexeu na equipe. Ele gostou muito da entrada de Maicon e Aloísio no decorrer da partida contra o Vasco – foi depois das substituições que o time fez os gols da vitória por 5 a 1 – e resolveu deixar Roni e Silvinho no banco de reservas.

A única dúvida de Ney Franco era Luis Fabiano. Depois de ter balançado a rede duas vezes no meio de semana, o atacante reclamou de incômodo no músculo adutor da coxa esquerda, não participou dos treinamentos e foi vetado pelos médicos. Sem condição de jogo, Lucas Evangelista fará sua estreia na ponta direita, com Aloísio centralizado na grande área.

Enquanto o São Paulo tenta manter 100% de aproveitamento, o Atlético, que segue de pé na Libertadores – depois de derrubar a equipe paulista, passou também pelo Tijuana -, busca sua primeira vitória na competição nacional. A prioridade é o torneio sul-americano, mas Cuca não quer abrir mão de nenhum título.

O treinador avaliou o desgaste dos jogadores para escalar a equipe, que perdeu o zagueiro Réver e o meia-atacante Bernard, ambos a serviço da Seleção Brasileira, na Copa das Confederações. Na defesa, Gilberto Silva assume a vaga ao lado de Leonardo Silva. Já no setor ofensivo, Luan é o substituto natural de Bernard.

O goleiro Victor, herói nas quartas de final da Libertadores ao defender pênalti aos 48 minutos do segundo tempo, também entende que o time não pode abdicar do Brasileiro. “A classificação na Libertadores ainda está na memória da torcida, mas o tempo é curto e temos que focar no Brasileiro. O São Paulo vem bem, mas temos que somar pontos”, declarou.

FICHA TÉCNICA
ATLÉTICO-MG X SÃO PAULO

Local: Estádio Independência, em Belo Horizonte (MG)
Data: 2 de junho de 2013, domingo
Horário: 18h30 (de Brasília)
Árbitro: Sandro Meira Ricci (PE)
Assistentes: Alessandro Rocha de Mattos (BA) e Altemir Hausmann (RS)

ATLÉTICO-MG: Victor; Marcos Rocha (Carlos César), Gilberto Silva, Leonardo Silva e Richarlyson; Pierre, Leandro Donizete, Tardelli e Guilherme; Luan e Jô (Alecsandro)
Técnico: Cuca

SÃO PAULO: Rogério Ceni; Douglas, Paulo Miranda, Lúcio e Carleto; Rodrigo Caio, Denilson e Maicon; Lucas Evangelista, Osvaldo e Aloísio
Técnico: Ney Franco

 

Fonte: Gazeta Esportiva

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