Muricy brinca sobre ser auxiliar de Ceni: ‘Vai ver o que é bom para tosse’

O ano de 2015 pode ser o último das carreiras de Muricy Ramalho e Rogério Ceni, mas os planos dos dois para o futuro ainda podem se misturar. O Mito pensa em ser técnico e, para isso, quer fazer cursos ao lado de profissionais renomados como Pep Guardiola e José Mourinho. Depois, Muricy já até se oferece para fazer parte da comissão técnica do goleiro-artilheiro no São Paulo.

– Não sei se vai dar tempo de trabalhar com ele, porque eu quero dar uma descansada. E não sei também se ele vai virar técnico direto ou vai se preparar, não sei qual o futuro dele. Mas quem sabe eu não viro auxiliar técnico dele, né? (Risos) Aí ele vai ver o que é bom para tosse – brincou o comandante são-paulino após os 3 a 0 sobre o Marília no último domingo.

Se uma parceria com Ceni ainda é incerta, Muricy tenta projetar um futuro mais próximo. A vitória da 11ª rodada do Campeonato Paulista registrou a partida de número 469 do técnico no comando do São Paulo, clube no qual é o segundo treinador mais longevo. O líder do ranking é o lendário Vicente Feola, com 533 jogos à frente do Tricolor, que pode ser pode ser ultrapassado até o fim deste ano caso os são-paulinos cheguem longe em todas competições que disputar.

– Eu realmente não penso nessas coisas assim. Sempre é o Juca (assessor de imprensa) que mostra esses recordes. Quando mostram eu assusto. Dirigir um time deste tamanho todas essas vezes? Já está bom ser o segundo, porque passaram muitos treinadores de nome, importantes. Consegui passar alguns em números de jogos, com respeito e tudo mais… Não pode se empolgar com os momentos, com as plavras, que mudam rapidamente. Era um sonho meu chegar no fim do ano e poder descansar um pouco e, quem sabe, com esse recorde de jogos pelo clube do meu coração. Tomara que Deus e as pessoas aqui me deem essa oportunidade – pediu.

As “pessoas” citadas por Muricy são os dirigentes do São Paulo. De um lado, o vice-presidente de futebol, Ataíde Gil Guerreiro, e o gerente-executivo, Gustavo Oliveira, de quem o técnico é amigo e tem boa relação. Do outro, o presidente Carlos Miguel Aidar, com quem o treinador mantém apenas o contato profissional. De todos, porém, espera que haja apoio, mas sabe que isso depende de resultados em campo.

– Morrer abraçado não dá… Existem parcerias das pessoas, mas futebol é dinamico e eu não fico triste se isso muda. Se não tem resultado o cara que morreria abraçado te deixa sozinho, porque às vezes não dá para ele ir junto. Se eu falar algo diferente, é hipocrisia, demagogia. Eles estão sempre comigo, porque é obrigação deles e eu tenho que dar resultado – opinou.

 

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