Liziero é exemplo de como será a dupla Aguirre/Jardine no São Paulo

Um dos destaques do São Paulo no vice-campeonato da Copa São Paulo de Futebol Júnior, Liziero foi uma das boas surpresas do Tricolor no último domingo, na vitória de virada, por 3 a 1, sobre o RB Brasil, pela última rodada da fase de grupos do Paulistão. Promovido às pressas ao profissional, por conta das lesões dos laterais-esquerdos Reinaldo e Edimar, o garoto foi bem como… volante.

O interino André Jardine, que trabalhou com o jovem de 19 anos no sub-20 do São Paulo, apostou na entrada dele no lugar de Pedro Augusto, outro da base, que tinha começado como titular. E no meio-campo, local onde Liziero se destacou na Copinha – ele é lateral-esquerdo de origem, mas já atuou de volante, de armador… sempre deixando boa impressão com os torcedores.

– Jogando com Nenê por trás, a entrada do Liziero somou demais – resumiu Jardine, na entrevista coletiva depois da vitória sobre o RB Brasil.

Liziero em ação pelo São Paulo contra o RB Brasil (Foto: Rubens Chiri/saopaulofc.net)

Liziero em ação pelo São Paulo contra o RB Brasil (Foto: Rubens Chiri/saopaulofc.net)

Liziero, aliás, é um bom exemplo do que deve ser o trabalho com Diego Aguirre, anunciado como novo técnico do São Paulo no domingo. Ao lado de André Jardine, que será auxiliar fixo da comissão técnica do Tricolor, o técnico uruguaio deve trabalhar bem a mescla com jogadores vindos da base. Foi assim no Internacional, onde Aguirre dirigiu Valdívia, hoje são-paulino.

– Eu me identifico muito com o Aguirre. Acompanhei de perto o trabalho dele no Inter, porque tinha recém-saído de lá. Muitos jogadores que ele lançou foram meus atletas no sub-20, como Valdívia (que está no São Paulo agora) e o Rodrigo Dourado (que segue no Inter), que eu considero um dos melhores com quem trabalhei na base – disse Jardine.

Diego Aguirre observa o jogo do São Paulo, contra o RB Brasil, no Morumbi (Foto: Marcelo Hazan)

Diego Aguirre observa o jogo do São Paulo, contra o RB Brasil, no Morumbi (Foto: Marcelo Hazan)

– O Aguirre dá oportunidade a muitos jogos para os jovens. E eu acredito que essa é a maneira correta. Ele foi campeão gaúcho jogando a maior parte do tempo com um time reserva. Agora quero ver de perto como ele desenvolve essas ideias e como posso ajudá-lo – completou o auxiliar.

Um dos pedidos de Aguirre a Jardine para a partida do último domingo, no Morumbi, por exemplo, foi a escalação de Caíque no ataque. O garoto tinha entrado bem em alguns jogos sob o comando de Dorival Júnior, e o novo treinador pediu para vê-lo em campo. Mas dos atletas formados na base tricolor que tiveram oportunidade contra o RB Brasil, Liziero foi o melhor.

Veja abaixo o que Caio Ribeiro, comentarista da TV Globo, falou sobre o lateral/volante de 19 anos.

– Acho que o São Paulo está descobrindo um novo segundo volante: um cara que está sendo combativo sem a bola e está acelerando, dando qualidade do meio para frente – falou durante a transmissão da partida.

A ideia de Dorival Júnior no começo da temporada era mesclar experiência com juventude, mas com o decorrer dos jogos e a ausência de resultados positivos, ele mudou de estratégia e o número de jogadores da base em campo diminuiu.

Saiba, agora, quais são os jogadores formados recentemente no CT de Cotia que Diego Aguirre terá à disposição no time profissional:

Goleiros: Lucas Perri e Lucas Paes
Laterais: Éder Militão (também joga de volante), Júnior Tavares e Liziero (também pode atuar como volante/meia)
Volantes/meias: Araruna, Pedro Augusto, Pedro Henrique, Lucas Fernandes e Shaylon
Atacantes: Bissoli, Brenner, Caíque e Paulinho

4 comentários em “Liziero é exemplo de como será a dupla Aguirre/Jardine no São Paulo

  1. Liziero é um FORA DE SERIE !!!!!!!!
    Precisa renovar por 5 a 6 anos e aumentar o salario já com multa de 40mi de euros
    ou mais.
    Vai ser o maestro do nosso meio campo em 2 meses !!
    Precisa agir rápido !!!!!

  2. No pré-jogo, acho, comentei que uma característica do craque é a ousadia, e que achava que o Jardine deveria ousar. Citei o Liziero de volante “que ele sabe o que fazer com a bola”. Pois bem: os dois foram craques. Um por ter ousado, o outro por entrar e não sentir o peso da situação. É isto o que espero de um treinador: ousar – não ter medo de errar e fazer tudo para dar certo. Parabéns,Jardine; parabéns Liziero. Que esse princípio seja um prenúncio do que vamos ter daqui pra frente no nosso clube…

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