Kardec diz como pode jogar no São Paulo de Bauza: “Nunca tive vaidades”

Se Alan Kardec se deparasse com uma lâmpada e pudesse fazer três pedidos ligados à profissão, muito provavelmente seriam: o fim dos problemas clínicos, mais minutos em campo e paz. Muita paz. Apontado quase por unanimidade como um dos novos líderes do São Paulo após a aposentadoria de Rogério Ceni, o atacante se viu no centro de uma polêmica espinhosa.

Na última terça-feira, ao responder que Edgardo Bauza não havia conversado com ele sobre as possibilidades de escalá-lo em outras funções do ataque, que não a de centroavante, deixou no ar certa insatisfação pela falta de comunicação do técnico argentino.

Kardec jura que não é nada disso. Diz que foi questionado sobre uma conversa que, de fato, jamais aconteceu, e não poderia mentir. Garante que não fez críticas ao Patón. Mas também tem convicção total de que poderia estar em campo com mais frequência.

– Eu diria que sempre estarei disposto a ajudar em qualquer situação ou momento. Não tenho e nunca tive vaidades. Tenho vontade de jogar, como todos os atletas, e sei que para isso preciso trabalhar cada vez mais e provar que tenho capacidade – disse Kardec.

Um vírus que provocou amigdalite, e um corte profundo no tornozelo esquerdo, fragilizaram o centroavante, que, aos olhos de Bauza, disputa posição com o argentino Calleri. Ambos só atuaram juntos numa situação extrema, por alguns minutos contra a Ponte Preta, quando o São Paulo tentava buscar, em vão, o gol de empate.

O que Kardec deseja provar ao comandante é que pode ser útil em outras posições, ou dedicando-se a outras funções para dar mais conforto a Calleri, como já fez em outros clubes, com Valdivia, no Palmeiras, ou no próprio São Paulo, ao lado de Pato e Luis Fabiano.

– Desde quando retornei ao futebol brasileiro, atuei em outras funções, sem ser como centroavante. No Santos, algumas vezes no Palmeiras e até no São Paulo já joguei em outras funções. Seja como segundo atacante ou atuando pelos lados, minha vontade será sempre de ajudar o time.

SANTOS-2011

Alan Kardec campinho Santos (Foto: Arte: GloboEsporte.com)

Paulo Henrique Ganso começou a sofrer com lesões frequentes em 2011, e Muricy Ramalho, surpreendentemente, optou por Alan Kardec para atuar em seu lugar. Beneficiado pelas presenças de Elano e Borges, mas principalmente de Neymar, que facilitava o jogo para qualquer companheiro já naquela época, o centroavante se destacou na função.

Ainda assim, a posição do “10”, a de Ganso, é a que Kardec se sente menos à vontade, pois sua movimentação acaba sendo mais lateral, para encostar e tabelar com os jogadores abertos. A chegada à área não é tão frequente, já que o centroavante ocupa aquele espaço.

PALMEIRAS-2013/14

Alan Kardec campinho Palmeiras (Foto: Arte: GloboEsporte.com)

Valdivia não era dos maiores entusiastas da marcação. O chileno, por questões físicas e de personalidade, precisava de algum atacante que se doasse o suficiente para dar a ele liberdade de atuação. E encontrou esse perfil em Alan Kardec. Durante boa parte de seus melhores momentos no rival Palmeiras, o atacante que viria pular o muro pouco depois abria pelo lado direito, sem a bola, para acompanhar o lateral-esquerdo adversário. Leandro fazia o mesmo pelo outro lado, enquanto Valdivia tinha liberdade pelo meio.

SÃO PAULO-2014

Alan Kardec campinho São Paulo 2014 (Foto: Arte: GloboEsporte.com)

A formação não era exatamente a mesma, mas a filosofia bem parecida. Pato era o beneficiado da vez. Kardec fazia o “trabalho sujo”, era parte da recomposição do sistema defensivo, assim como Ganso, pela direita, e Kaká, pela esquerda. Pato era poupado física e tecnicamente para ter explosão com a posse de bola. O quarteto protagonizou os melhores momentos do São Paulo no vice-campeonato brasileiro de 2014.

SÃO PAULO-2015

Alan Kardec campinho São Paulo 2015 (Foto: Arte: GloboEsporte.com)

Com Luis Fabiano, Kardec disputou vários jogos mais recuado. Às vezes como meia, em outras aberto pelo lado direito, como se sente mais à vontade fora da área. A explicação: sempre que a bola estiver do outro lado, no caso o esquerdo, é sua obrigação fechar, entrar na área. O jogador se lembra com carinho da partida contra o Atlético-MG, na reta final do último Campeonato Brasileiro, quando entrou nessa posição, fez dois gols e ajudou a equipe a conseguir vitória importante na classificação para a Libertadores

 

Fonte: Globo Esporte

Um comentário em “Kardec diz como pode jogar no São Paulo de Bauza: “Nunca tive vaidades”

  1. noticia quente.]

    paulo pontes , está sabendo de alguma coisa a respeito das saída do bauza para o mexico?

    sera que o cuca vai treinar o soberano ?

    para sempre soberano

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