Jucilei recupera o prestígio no São Paulo com Fernando Diniz

A temporada de 2019 tem sido agitada para Jucilei no São Paulo. Para o bem e para o mal. Após iniciar o ano como titular sob o comando de André Jardine, o volante perdeu espaço no time na era Cuca e agora, com Fernando Diniz, voltou a ser uma opção no elenco. Mas vamos à ordem cronológica.

Um dos símbolos do time que escapou do rebaixamento em 2017 e também do que liderou o Brasileirão de 2018, o volante iniciou 2019 como titular. Mas, assim como todo o elenco, foi surpreendido com a eliminação precoce na Libertadores da América para o modesto Talleres, da Argentina.

Depois de virar reserva, Jucilei viu sua situação no time piorar com a chegada de Cuca. O treinador não o via com bons olhos e o afastou juntamente com Bruno Peres e Nenê. Os últimos dois conseguiram novos clubes, mas o volante não recebeu nenhuma proposta interessante e ficou sob contrato.

Por três meses, o jogador treinou por conta própria, no Rio de Janeiro, e parecia que sua passagem pelo São Paulo teria um fim. Mas o pedido de demissão de Cuca, aliado à chegada de Fernando Diniz, mudou novamente o rumo da carreira de Jucilei.

Fã do futebol do volante, Diniz pediu a reintegração imediata do jogador, o observou de perto e voltou a relacioná-lo no último domingo, na vitória sobre o Atlético-MG, por 2 a 0. Embora o volante não tenha entrado em campo, o técnico o elogiou após a partida.

– O Jucilei está muito bem e é um jogador que eu sempre admirei de ver jogar. Embora ele estivesse havia muito tempo afastado, ele chegou muito bem fisicamente. Um cara que tem uma energia muito boa e todas as sessões de treino que ele fez comigo foram muito boas – afirmou o treinador.

O último jogo oficial do volante com a camisa do São Paulo foi a segunda final do Campeonato Paulista, contra o Corinthians, no dia 21 de abril – o Tricolor foi vice-campeão.

Outros fatores, porém, também ajudaram no retorno:

  • Falta de propostas: não houve uma negociação concreta para a saída de Jucilei. Apenas consultas e sondagens. Havia uma possibilidade de um clube na Turquia, mas não avançou.
  • Saída difícil: a composição para uma saída de Jucilei não era fácil. O volante de 31 anos tem contrato até dezembro de 2021. Ele também não queria rescindir seu vínculo. Após o fechamento das janelas de transferências, a possibilidade de retorno passou a ser considerada pela diretoria, ainda sob o comando de Cuca. O volante possivelmente não seria reintegrado com o antigo treinador, mas seria chamado para voltar a treinar no CT em horários alternativos.
  • Custo: o São Paulo contratou Jucilei definitivamente da China por cerca de R$ 4,6 milhões em 2017 (em um primeiro momento ele se transferiu por empréstimo). O clube acertou um contrato de quatro anos, diferentemente de Nenê e Bruno Peres, cujos vínculos terminariam em dezembro. Ou seja, o clube continuaria pagando seus salários por tempo indeterminado sem usá-lo, caso ele não fosse reintegrado. Seu custo é considerado alto para que ele fosse “descartado”. Ele continuou recebendo normalmente durante os três meses de afastamento.
  • Comportamento: Jucilei chegou ao São Paulo no começo de 2017 e não tem histórico de problemas. Pelo contrário. O volante era considerado um dos líderes dos grupos de 2017 e 2018. O único episódio com o jogador ocorreu no fim de 2017, quando ele reclamou de uma substituição e depois pediu desculpas ao então técnico Dorival Júnior.

Na próxima quarta-feira, Jucilei deve receber nova chance entre os relacionados para o confronto contra o Palmeiras, às 19h30, na arena palmeirense, pela 29ª rodada do Campeonato Brasileiro.

Fonte: Globo Esporte

3 comentários em “Jucilei recupera o prestígio no São Paulo com Fernando Diniz

  1. De novo, escalar Jucilei em partidas críticas no fim de temporada, disputando vaga no G4 para a Libertadores?
    Já vi esse filme no final do ano passado…

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