Jardine não guarda mágoa de Leco e Raí, e “quer faixa” em caso de título

Quando foi efetivado como técnico do São Paulo, André Jardine tinha o total respaldo da diretoria, sobretudo de Raí e do presidente Leco. Contudo, rapidamente acabou sendo demitido, depois de ser eliminado pelo Talleres, ainda na Pré-Libertadores. Em participação no programa Mesa Redonda, da TV Gazeta, o treinador revelou que não guarda mágoa dos dois pilares da cúpula do Tricolor.

“Acho que fui muito apoiado. Nos momentos difíceis também, senti o respaldo da diretoria, do Raí e dos jogadores, que estiveram todo o tempo ao meu lado. Mas, futebol é resultado. Além de jogar bem, tinha que vencer. Sou consciente de que no início da temporada não conseguimos”, afirmou o treinador.

O São Paulo está na final do Campeonato Paulista, e neste domingo, ficou no 0 a 0 com o Corinthians, no Estádio do Morumbi. Caso consiga erguer a taça em Itaquera, Jardine quer a faixa. O comandante voltou a frisar que também errou, mas contribuiu para que o time alcançasse a decisão do Estadual.

“Eu sinto que tenho minha parcela de contribuição, assim como o mau momento tem minha contribuição também. Tenho certeza que não apenas eu, mas toda a base do São Paulo. Nessa parcela, eu tenho um pouco dela”, emendou.

Corinthians e São Paulo farão a decisão do Paulistão no próximo domingo, às 16h00 (horário de Brasília), na Arena em Itaquera. Em caso de novo empate, por qualquer que seja o placar, a decisão irá para os pênaltis. Quem vencer, ergue o caneco.

Jogo ofensivo

André Jardine ganhou no final de 2018 uma chance que qualquer treinador gostaria: ser o técnico do São Paulo. Após a saída de Diego Aguirre, o comandante foi efetivado no clube para o ano de 2019.

A efetivação se deu por conta do técnico ser um admirador do estilo ofensivo. A promessa era de que com Jardine, o Tricolor iria propor o jogo com a bola nos pés e sufocar os adversários. Em participação no programa Mesa Redonda, da TV Gazeta, o comandante voltou a frisar o quanto gosta de um jogo mais arrojado.

“Sempre fui um admirador do jogo ofensivo, para a frente, da capacidade das equipes de construírem seus próprios gols. Quando cheguei no São Paulo, vi a grande chance de potencializar o que eu acreditava de futebol, porque o clube tem como característica ter jogadores técnicos”, afirmou o treinador.

Além disso, Jardine admitiu que encontrou grandes jogadores à sua disposição na base do São Paulo. “Tive a sorte de ter gerações muito talentosas. Esses meninos, que nem jogaram e já saíram, se mostraram talentosos. Foi esse trabalho que me credenciou a estar na Seleção Sub-20”, emendou.

No time profissional, contudo, as coisas não aconteceram conforme o planejado. O Tricolor do Morumbi acabou sendo eliminado de forma precoce na Libertadores, ao cair para o modesto Talleres, da Argentina. Assim, Jardine foi demitido do São Paulo. Porém, ganhou uma nova chance de ouro: treinar a Seleção Brasileira Sub-20.

“Acho que com a Pré-Libertadores, se colocou uma pressão muito rápida da gente conquistar vitórias e formatar uma equipe. Nesse episódio da minha carreira, acabei não conseguindo sucesso”, afirmou o técnico.

 

Fonte: Gazeta Esportiva

Um comentário em “Jardine não guarda mágoa de Leco e Raí, e “quer faixa” em caso de título

  1. Quer a faixa?
    O período de Jardine como técnico do São Paulo explica em muito a desvantagem que teremos por jogar a segunda partida da final fora de casa contra um time tecnicamente inferior ao nosso.
    A culpa, obviamente, não é 100% dele, mas mais de quem comanda o futebol do clube.
    O amadorismo no planejamento e falta de visão dos dirigentes do São Paulo impressionam.
    Eles têm salários de executivos de grandes empresas, mas trabalham como se fosse estagiários no começo da atividade profissional.
    Trabalham na achologia pura.
    Achar que Jardine e o desgastado e ‘idoso’ grupo de jogadores do ano passado, que se classificaram na bacia das almas para a Libertadores, seriam suficiente para 2019 foi de uma das piores avaliações estratégicas de todos os tempos.
    Foi o mesmo que achar que um mesmo elenco que foi campeão da 2ª divisão pudesse ser campeão da 1ª divisão no ano seguinte.
    Lamentável alguém agora falar em faixa.
    Eu ficaria escodidinho no meu lugar e pagaria para não ser lembrado de uma das campanhas mais vexatórias de todos os tempos do São Paulo.
    Estarmos nessa final foi um achado e um lucro e tanto depois desses dirigentes incompetentes e um técnico fraco que nem os jogadores da base criados por ele soube usar corretamente.

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