Inspirado no amigo Ilsinho, Douglas se adapta quase sem sair de casa

Douglas chegou sem destaque ao São Paulo, já que levou quase três meses para tratar de pubalgia antes de estrear sem ter direito nem a apresentação oficial. Ao escalá-lo, o técnico Emerson Leão avisou que o lateral direito ainda precisava se adaptar ao clube e à capital paulista. E o jogador vindo do Goiás, hoje, já se sente bem nos dois quesitos.

Em rápida conversa com a GazetaEsportiva.Net, o camisa 23 se disse avesso a badalações, mas percebe na churrascaria que costuma frequentar perto de sua casa a dimensão de atuar em um clube como o Tricolor. E se inspira em um amigo que fez sucesso na primeira passagem pela equipe: Ilsinho, atualmente no Shakhtar Donetsk, da Ucrânia.

Com 21 anos de idade e cinco meses de clube, Douglas já superou até sua surpreendente saída do time logo no jogo decisivo contra o Coritiba, no Paraná, pelas semifinais da Copa do Brasil – Leão optou por improvisar o volante Rodrigo Caio para marcar Rafinha e a equipe foi eliminada. E se sente feliz com seu momento.

Djalma Vassão/Gazeta Press

Douglas marcou gol logo em seu terceiro jogo com a camisa do São Paulo, em vitória sobre o Goiás, seu ex-clube

Gazeta Esportiva.Net: O Leão comentava que você precisava se adaptar ao São Paulo e a São Paulo. Como está sua adaptação à cidade?
Douglas: A cidade é tranquila. No início é difícil, não conheço ninguém, então fiquei meio preso dentro de casa. Devido à lesão, eu estava me segurando um pouco para fazer minhas coisas e estar mais rápido dentro de campo. Mas fui me adaptando aos poucos. Já estou bem adaptado, bem em casa. Eu e minha esposa já começamos a ter um pouquinho mais de amigos. Essa tranquilidade reflete dentro de campo e no meu desempenho nas partidas.

 

GE.Net: Quais os seus lugares preferidos para sair em São Paulo?
Douglas: Não saio muito. Vou mais a uma churrascaria perto de casa, aonde vou com a minha família sempre que estou disponível para passar um momento com eles. Não tive muita oportunidade para sair porque procuro ficar mais em casa neste inicio e ter boas atuações.

GE.Net: Já sente o reconhecimento da torcida nas ruas?
Douglas: O pessoal acompanha bastante o meu trabalho e estou sendo bem recebido, as pessoas vêm me elogiando pelo trabalho que estou fazendo. É procurar crescer cada vez mais.

GE.Net: Você, aos 21 anos, não se assusta com esse reconhecimento?
Douglas: Fico tranquilo. Goiânia é uma cidade pequena, o pessoal já me conhecia bastante no Goiás. O importante é ter tranquilidade para trabalhar.

GE.Net: A camisa do São Paulo te pesou?
Douglas: Procuro fazer meu trabalho independentemente de clube e camisa que estou vestindo. Sei que a camisa do São Paulo representa muito no Brasil, é um time de peso, que tem sua grandeza, mas procuro sempre manter o meu trabalho, fazer o meu melhor em campo e procurar crescer a cada partida.

GE.Net: Você se inspira em algum lateral direito que passou pelo São Paulo?
Douglas: O São Paulo teve grandes laterais, como o Cicinho e o Ilsinho, que saiu recentemente e é meu amigo, uma pessoa que admiro pelo trabalho que vez aqui e na Ucrânia. Eu me preocupo em fazer o que eles fizeram aqui porque tiveram boas passagens. Com isso, posso melhorar no São Paulo.

Djalma Vassão/Gazeta Press

Aos 21 anos, lateral direito vindo do Goiás garante que a camisa são-paulina não pesou

GE.Net: O Ilsinho te dá conselhos?
Douglas: Saí com ele algumas vezes e nunca nos falamos sobre isso. Hoje ele está distante, não tenho muito contato. Nós nos falamos mais através de nossos representantes, sabendo notícia um do outro.

 

GE.Net: E quando você soube que seria reserva logo no jogo decisivo contra o Coritiba, no Paraná, pela Copa do Brasil?
Douglas: Eu estava preparado para jogar. Um pouquinho antes da partida, o professor me avisou que optaria por um homem de marcação para segurar. Fiquei com a cabeça tranquila. Ele conversou comigo, foi aberto ao dizer que optava por uma tática mais segura e logo depois eu estaria de volta. Foi uma opção tática, não tenho preocupação. Tenho é que respeitar, fazer o meu trabalho direitinho e só agradecer.

GE.Net: Mas uma opção pelo 3-5-2 sempre te favorece, não é? Você gosta de atacar…
Douglas:  O 3-5-2 me ajuda bastante. Eu já vinha jogando no Goiás sempre nesta posição, já tenho um pouco de prática ali e me dá uma segurança a mais ali atrás. Não tenho muita preocupação de ficar marcando e posso avançar, sempre tendo o Lucas do meu lado para fazer as jogadas. Ajuda bastante.

Fonte: Gazeta Esportiva

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