Hernanes precisou de apenas 19 jogos para se tornar um dos principais jogadores do Campeonato Brasileiro. Tido como peça fundamental para livrar o São Paulo do risco de rebaixamento nesta temporada, o Profeta recebeu o prêmio Bola de Prata nesta segunda-feira e valorizou seu retorno ao clube do Morumbi depois de um período difícil no futebol chinês, onde não vinha atuando com frequência.
Hernanes recebeu o troféu das mãos de Toninho Cerezo, volante que também marcou época com o São Paulo e venceu os Mundiais de 1992 e 1993 sob o comando do técnico Telê Santana, conquistas que acabaram criando a grande identificação do Profeta com o Tricolor.
“Realmente é uma honra grande estar aqui nesse teatro com os monstros sagrados do futebol brasileiro. Eu assisti 92, 93, estava lá acordado, e talvez a minha relação com o São Paulo tenha nascido naquelas madrugadas. É um momento espetacular, a vida é muito dinâmica, o futebol não é razão. Depois de um ano e meio sem férias, consegui encontrar a tranquilidade para fazer o meu trabalho. No final, receber esse prêmio é uma satisfação muito grande. Obrigado ao São Paulo por me abrir as portas, ao torcedor são-paulino, à comissão técnica e também à minha família”, disse Hernanes, que também recebeu a premiação em 2007 e 2008, quando se sagrou campeão brasileiro com o Tricolor.
O Profeta reestreou com a camisa do São Paulo em julho deste ano, na virada épica sobre o Botafogo por 4 a 3, no Engenhão, em que, inclusive, marcou um dos gols da vitória. Na ocasião, o Tricolor figurava na 18ª colocação na tabela, porém, aos poucos, Hernanes conseguiu contagiar o grupo juntamente com os outros líderes do elenco para livrar o clube do rebaixamento inédito.
Por conta de suas grandes atuações, Hernanes está sendo, inclusive, cogitado para receber uma oportunidade do técnico Tite em sua última convocação para a Seleção Brasileira antes da Copa do Mundo – em março o Brasil enfrenta a Alemanha, em Berlim, e a Rússia, em Moscou. Caso mantenha o desempenho de 2017, quando marcou nove gols em 19 partidas pelo São Paulo, a chance de o Profeta voltar a vestir a Amarelinha não deve ser descartada.
kd o editorial pedindo a demissão de toda diretoria ?