Há 14 anos, Rosario consagrou Ceni e ajudou SP a iniciar era de ouro

O São Paulo faz a sua estreia na Copa Sul-Americana nesta quinta-feira (12), às 21h30, contra o Rosario Central, no estádio Gigante de Arroyito, na Argentina. O adversário traz boas recordações para o Tricolor. Em 2004, os brasileiros eliminaram os argentinos nas oitavas de final da Copa Libertadores. A partida, classificada como épica pelos torcedores e por quem estava dentro de campo, consagrou Rogério Ceni e é vista como uma espécie pontapé inicial para a fase de ouro que culminou com a conquista do Mundial de 2005.

“Eu me lembro bem dessa noite, que foi muito boa. O Rogério Ceni teve uma liderança muito grande, pegando o último pênalti, que era o decisivo. Tínhamos perdido na Argentina por 1 a 0, e o Fábio Simplício havia sido expulso ainda no primeiro tempo”, disse o técnico Cuca ao UOL Esporte.

Neste jogo de volta do mata-mata, no Morumbi, os adversários abriram o placar, com Herrera, logo aos seis minutos. Mesmo assim, o Tricolor não parou de lutar e buscou o empate ainda no primeiro tempo, com Grafite. Para manter o clima quente, os jogadores ficaram no gramado durante o intervalo.

“A questão de permanecer no campo foi algo decidido em conjunto, entre comissão técnica e os jogadores. Nós queríamos chamar a torcida, não foi nada de marketing, mas sim uma equipe que queria vencer e não gostaria de perder aquele calor da competição. Às vezes, você vai para o vestiário, esfria um pouco e volta totalmente diferente. Ali, nós convivemos com o calor dos torcedores e foi a primeira vez que não vi os torcedores saírem para pegar um lanche. Foi tudo tão intenso e acabamos coroados com a classificação”, disse o ex-jogador Cicinho.

Embalados, os são-paulinos mantiveram a pressão e Grafite marcou o segundo gol, que levou a decisão para os pênaltis. No início, Cicinho parou nas mãos do goleiro Gaona. Como Grafite, Luís Fabiano e Fabão converteram as cobranças, a responsabilidade ficou para Rogério Ceni. Primeiro, o arqueiro fez o seu. Na sequência, o Mito defendeu o chute do arqueiro Gaona e o resultado seria definido nas cobranças alternadas. Para fechar a série, Gabriel acertou e Rogério Ceni defendeu o chute de Irace: 5 a 4 para o Tricolor e vaga garantida na fase seguinte.

“Eu vou falar por mim, foi uma das noites em que mais orei na minha vida. Porque você bater o primeiro pênalti e errar… Eu nunca gostei de cobrar pênalti, mas na hora eu me sentia bem. O Rogério Ceni foi fundamental. Pegar o último pênalti, acertar o dele e depois defender mais um. Para os torcedores, 2004 e 2005 foram memoráveis, porque são vitórias que entraram para a história, com muita emoção. O São Paulo é desta maneira”, afirmou Cicinho.

A brilhante atuação de Rogério Ceni rendeu assunto até mesmo na passagem de Cuca por outros clubes. “Não sei se foi a melhor partida do Rogério Ceni quando eu era técnico, porque ele teve muitas jornadas memoráveis. Mas aquela foi especial por causa desse último pênalti que ele defendeu. Depois, eu até trabalhei no Fluminense, que tinha o meia [argentino] Equi González. Ele era um torcedor do Rosario e me contou que os caras queriam matar o goleiro deles que perdeu o pênalti. Ele tinha mudado a batida dele, porque sempre chutava forte e naquela noite tentou colocar no canto direito do Rogério”, contou Cuca.

O São Paulo ainda enfrentou Deportivo Táchira-EQU e Once Caldas-COL naquela Libertadores. Apesar de não conquistar o título daquele ano, o clube montou a base – e o espírito aguerrido – para vencer o torneio continental e o Mundial, em 2005.

“O fundamental foi seguir com a base. Nós mantivemos uma regularidade, com os jogadores todos empenhados. E nós vivíamos uma época diferente no Brasil, era um período em que os jogadores defendiam os times daqui e eram apaixonados pelos clubes. Não tinha tanto essa ganância de fazer um bom campeonato e já querer ir para a Europa. Abraçamos a causa do São Paulo, sempre honrando a camisa e deu certo. Fomos coroados em 2005”, concluiu Cicinho.

Ficha técnica

Rosario Central x São Paulo

Data: 12/4/2018
Horário: 21h30 (Horário de Brasília)
Local: Estádio Gigante de Arroyito, em Rosário (Argentina)
Árbitro: Víctor Carrillo (Peru)
Auxiliares: Michael Orué e Stephen Atoche

Rosario Central: Jeremías Ledesma; Nahuel Gómez, Fernando Tobio, Oscar Cabezas Segura e Alfonso Parot; Maximiliano Lovera, Maximiliano González, Federico Carrizo e Joel López Pissano; Fernando Zampedri e Marco Ruben. Técnico: Leonardo Fernández.

São Paulo: Sidão; Militão, Rodrigo Caio e Arboleda; Régis (Valdívia), Jucilei, Liziero, Petros (Valdívia) e Reinaldo; Nenê e Tréllez. Técnico: Diego Aguirre.

 

Fonte: Uol

2 comentários em “Há 14 anos, Rosario consagrou Ceni e ajudou SP a iniciar era de ouro

  1. Só me apego ao passado mesmo pq tá fogo nossa realidade,não discuto mais com curitianus pois somos freguês , Santos não podemos trombar num mata mata q peida na farofa e se tivesse pegado as pessoas na final e toma uma tamancada pois o time tem a genética de perdedor enquanto Sidão, Rodrigo Caio,aderlan q bosta é essa ,Bruno q não joga mas fica lá sugando,tá difícil,outra coisa mano Aguirre tem q por na cabeça q tem q jogar com dois volantes é um meia ,e não três volantes mais três zagueiros ,pqp quem q vai criar ,,,,aí mata tbm quem tá no ataque,, falo q vou para de acompanhar mas não aguento véi paixão q só atrapalha,

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