Grupo de Juvenal se surpreende com Kalil e prevê perda de votos

O lançamento do ex-diretor jurídico Kalil Rocha Abdalla como candidato à presidência pela oposição surpreendeu os aliados do presidente Juvenal Juvêncio no São Paulo. Tanto quanto o recuo do ex-superintendente Marco Aurélio Cunha, que agora entrará como vice-presidente de futebol na chapa de Kalil. Além da surpresa, os membros da situação que coordenam a campanha de sucessão admitem que poderão perder votos com a manobra.

O que se previa na situação era apenas o desligamento de Kalil da diretoria para apoiar Marco Aurélio. O lançamento de candidatura à presidência e a troca de nomes na oposição causou espanto. Segundo membros da situação, a troca acontece porque Marco Aurélio Cunha não teria força para se eleger sozinho sem outro nome forte na chapa. Admite-se, então, que Kalil seja o candidato que fortalece a campanha de oposição.

O argumento dos aliados de Juvenal é que Kalil roubará votos da situação. O ex-diretor jurídico fazia parte da cúpula desde abril de 2002, entrou junto ao falecido ex-presidente Marcelo Portugal Gouvêa e tem menor rejeição do que Cunha entre os membros mais velhos do Conselho que, por afinidade, votariam no indicado por Juvenal. Marco Aurélio Cunha, ao lado de Kalil, tem boa aceitação entre os conselheiros que frequentam a parte social do clube, e têm menor entrada no ambiente político.

O discurso dos membros da situação só não é uníssono em um ponto: parte dos aliados de Juvenal crê que a candidatura de Kalil inviabiliza o nome de Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, como indicado de Juvenal. Os que acreditam nisso dizem que Leco disputa os mesmos votos de Kalil, e pode perder por maior rejeição aliada à má fase do futebol do clube. Outra parte, porém, afirma que a mudança apenas fortalece a oposição, mas não crê que crie algum impedimento para a candidatura de Leco. 

Leco era até antes da dissidência de Kalil o principal candidato à indicação de Juvenal Juvêncio para a sucessão. É também o coordenador de campanha da situação. Além dele, outro nome que está na disputa pelo aval do atual presidente é o de Roberto Natel, vice social e de esportes amadores.
Para chegarem ao pleito em abril de 2014, cada candidato deve ter uma chapa com assinaturas de pelo menos 55 dos 160 conselheiros vitalícios do clube. Na eleição, além dos vitalícios, votam também os 80 conselheiros eleitos, em um total de 240 eleitores. Por conta do número de vitalícios, a eleição presidencial do São Paulo é restrita a dois candidatos.
Fonte: Uol

3 comentários em “Grupo de Juvenal se surpreende com Kalil e prevê perda de votos

  1. A situação no São Paulo é muito parecida com um certo partido político que governa um importante estado da nação. Estão sempre atrasados e sempre são pegos de surpresa pelos acontecimentos (não há como negar que eles tenham ligação, pois um dos membros da diretoria é desse partido).
    Fica claro que os serviços de inteligência e estratégia de ambos foram desativados há tempos. Não conseguem mais se antever ao acontecimentos, mesmo quando estes estão sendo especulados na mídia e nas redes sociais.
    Isso está sendo noticiado na imprensa, há mais de um mês. Todos nós sabíamos dessa possibilidade, menos, é claro, a diretoria ‘conto de fadas’. Aquela mesma que dizia que tínhamos um bom time e que não precisaríamos de reforços quando fechou a janela internacional de contratações.

    • Claro que a situação já sabia de tudo … Seus líderes estavam era fazendo cara de paisagem para cooptar a simpatia de eventuais indecisos, apelando para a argumentação que ainda era cedo para dar start no processo sucessório. Nos bastidores, essa notícias já tinha sido divulgado e correu rápido. A candidatura de Kalil já era favas contadas há pelo menos 30 dias. Ocorre que, a atual gestão ainda se prolongará por mais 7 meses… tempo suficiente para as barganhas de praxe… o apoio será trocado por cargos e, quiçá, por algumas benesses pontuais. O nó da situação está no time, que não reage e continua provocando a fúria de todos, diretores, torcedores e mídia. De qualquer forma, o céu parece que sinaliza tempos mais democráticos…com o final do sistema “coronelista” vigente nesta atual gestão.

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