Ex-jogadores do Tricolor relembram ‘dureza’ em Avellaneda

O elenco são-paulino precisa da vitória diante do Arsenal (ARG), nesta quinta-feira, às 21h30, no estádio Júlio Humberto Grondona, pela quarta rodada do Grupo 3 da Copa Libertadores, para não ficar em situação delicada na chave. Além disso, busca a primeira vitória no município de Alvellaneda.

O Tricolor esteve em campo no local em 1961, 67, 72, 74 e 93. O clube do Morumbi encarou o Independiente e o Racing. Agora, encara o Arsenal pela primeira vez. E, alguns jogadores que enfrentaram as equipes no passado relembram estes jogos. Em conversa com o LANCE!Net, dão dicas para o Tricolor tentar quebrar o tabu.

O lateral-direito Pablo Forlán, pai do atual atacante do Internacional, Diego Forlán, ressalta que a sua experiência naquela partida pela final da Libertadores de 74 foi fundamental para o time, contudo, não o suficiente para conseguir a vitória.

– Antigamente, não tinha tanto o apelo da televisão, era mais duro, mais difícil. Hoje, o atleta fica mais exposto e o jogo ficou mais limpo. A pressão, naquela época, era grande, pois era uma torcida que sempre lotava o estádio. Mas, o Arsenal, não creio que tenha tanta gente. Eu já tinha experiência jogando no Penãrol, sendo campeão da Libertadores, do Mundo, tinha muito mais experiência que os jogadores do São Paulo, que jogavam a Libertadores da América e isso foi importante na partida. Se o São Paulo jogar o que sabe jogar, vence. Arsenal tem uma boa equipe, mas é pequeno.

Já o ex-zagueiro Arlindo, que enfrentou o Independiente (ARG) em 72 e 74, relembra a partida e aposta no atacante Osvaldo, convocado pela primeira vez para a Seleção Brasileira, como o trunfo da equipe.

– Em Avellaneda o jogo é duro. Estava com 28, 29 anos, e a lembrança que tenho de lá é de que fizemos boas partidas, mas não conseguimos ganhar. Agora, o São Paulo não pode nem pensar que tem uma equipe tão boa como a do início dos anos 70. Está faltando um pouco de raça e técnica. O Ney é bom, gosto muito dele, só que você para tirar um jogador de campo tem que saber o que você está fazendo. No jogo do Palmeiras, não poderia ter tirado o Ganso. Osvaldo é o que esse time tem de diferente, ele acaba com o jogo. Se tivesse três Osvaldos no time, era campeão. Ele me lembra o Zé Sergio, o Canhoteiro.

Por fim, o ex-zagueiro Ronaldão tem boas recordações, apesar de também não ter sido vitorioso no local. Após vitória no Morumbi por 2 a 0, o Tricolor empatou em 1 a 1 com o Independiente e eliminou a equipe argentina da Supercopa da Libertadores de 93. Para o ex-beque, o clima da cidade é bastante pesado.

– Foi um jogo difícil. O ambiente da cidade é um pouco pesado, é um município tradicional da grande Buenos Aires, eles gostam muito de futebol. Jogamos com o Independiente, mas com o Arsenal não vai ser diferente, vai ter pressão da torcida, aquela coisa toda. A época é outra, o São Paulo tem condições de ganhar. O jogo foi pegado aqui, lá vai ser assim, tem que ter um pouco mais de determinação e precisa fazer os gols. Quando tiver oportunidade, tem de matar o jogo. Não teve agressão pesada nem nada do tipo. Houve pressão psicológica, mas não teve nenhuma ocorrência.

Fonte: Lance

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