Em jogo fraco, São Paulo e Ponte ficam no 0 a 0

Na noite desta quinta-feira, apenas 5.685 pessoas foram ao Morumbi para acompanhar o empate por 0 a 0 entre São Paulo e Ponte Preta. Quem não foi pode comemorar, pois o duelo pela sexta rodada do Campeonato Paulista foi, de longe, o pior jogo do Tricolor em 2013. Com poucas emoções, muitos erros de ambos os times e até uma ligeira falta de vontade em campo, as equipes deixaram a desejar. Mesmo diante de tal cenário, o time campineiro pode celebrar o fato de continuar invicto na competição estadual. Ele é o více-líder, com 14 pontos. Já os tricolores somam sete pontos, com dois jogos a menos, e ocupam, provisoriamente o 11º lugar.

Quem mais saiu perdendo com a fraca noite foi o São Paulo, que pretendia utilizar a partida contra a Macaca como um laboratório para o duelo de estreia do São Paulo na segunda fase da Libertadores, na próxima quarta-feira, ante o Atlético-MG, em Belo Horizonte. Isso mesmo sem as presenças dos dois principais jogadores da equipe, o goleiro Rogério Ceni, fora por conta de uma bursite (inflamação) no ombro esquerdo, e o centroavante Luis Fabiano, que atuou na derrota da seleção brasileira por 2 a 1 para a Inglaterra, nesta quarta-feira, em Londres. Foi o último teste antes do duelo, pois, no próximo compromisso são-paulino pelo Paulistão, no próximo sábado, diante do Guarani, em Campinas, Ney já definiu que vai escalar um time totalmente reserva. O objetivo é preservar os titulares para encarar o Galo.

Com a ida de Paulo Henrique Ganso para o banco de reservas, o Tricolor viu Jadson – além de parar numa marcação quase individual -, ficar sobrecarregado na armação das jogadas. Substituto do ex-santista, o argentino Cãnete atuou quase como um antigo ponta direita, mas foi pouco acionado e quase nada produziu pelos lados do campo. Na segunda etapa, Ganso entrou no lugar de Jadson, mas o ex-santista enfrentou os mesmos problemas do camisa 10 a quem substituiu.

Prova de como o jogo foi parado é que, no primeiro tempo, o São Paulo criou apenas duas situações de gol na primeira etapa. A primeira, aos 18 minutos, com o atacante Osvaldo, em uma batida fraca, facilmente defendida por Edson Bastos. E a segunda, já aos 40 minutos, com Aloísio batendo para fora, após receber em boa condição na área. O time campineiro não ficou muito atrás. Mas, nas a sua oportunidade de abrir o placar foi mais clara, quando, aos 20 minutos, o lateral Artur, ex-Palmeiras, surgiu no meio da zaga e cabeceou na rede pelo lado de fora.

Para se ter uma ideia de como o primeiro tempo foi modorrento, o único momento em que a torcida são-paulina vibrou foi aos 40 minutos, quando o volante Wellington trombou acidentalmente com o árbitro José Claudio Rocha Filho e o mesmo caiu no gramado, tentou levantar, e foi ao solo novamente.

“Vamos ver se a gente consegue fazer gol de bola parada. Não está legal, mas vamos tentar acertar o time no segundo tempo”, comentou o meia Jadson, ao descer para o intervalo. “Está muito difícil penetrar na defesa da Ponte. O gol vai sair pelos lados do campo. A equipe está jogando muito abaixo do que a torcida está acostuma a ver”, disse o avante Osvaldo.

Mesmo com a boa vontade dos tricolores, o segundo tempo começou com a Ponte mostrando mais disposição. Logo, aos 4 minutos, Chiquinho quase marcou. Ele soltou uma bomba da entrada da área e obrigou Denis a fazer grande defesa.  Mesmo com maior posse de bola, o São Paulo não conseguia criar nada. Dava até a impressão de que Ney Franco colocaria Paulo Henrique Ganso em campo, para tentar melhor a armação das jogadas. Mas o treinador surpreendeu ao mudar a zaga. Ainda aos 12 minutos, ele sacou Rhodolfo, que não apresentava nenhuma dor, e colocou Rafael Toloi em campo. O zagueiro costuma atuar pelo direito. Entretanto, o técnico, admirador do futebol do beque quer fazer ele se adaptar pela esquerda para virar titular da equipe.

Eram passados 15 minutos do segundo tempo, quando, cansada de esperar por emoção no Morumbi, a pequena torcida que foi ao estádio começou a pedir a entrada de Ganso E Ney Franco atendeu o pedido da arquibancada, sacando Jadson e colocando o camisa 8 em campo. Numa tacada só, Franco também tirou o volante Wellington e promoveu a entrada de Paulo Miranda.

Em má fase técnica, Ganso não conseguiu mudar a cara do jogo.  Apesar do domínio territorial, o time da casa realmente não conseguiu encaixar. Os 20 últimos minutos de partida foram de dar sono. Quem foi ao jogo deixou o estádio preocupado com o futuro do São Paulo, principalmente na Libertadores. Mesmo com o retorno de Luis Fabiano e Rogério Ceni, Ney Franco vai ter muito trabalho.

FICHA TÉCNICA
SÃO PAULO 0 X 0 PONTE PRETA

Local: Estádio do Morumbi, em São Paulo (SP)
Data: 6 de fevereiro de 2013, quarta-feira
Horário: 22 horas (de Brasília)
Árbitro: José Cláudio Rocha Filho (SP)
Assistentes: Gustavo Rodrigues de Oliveira e Edson Rodrigues dos Santos (ambos de SP)
Assistentes adicionais: Welton Orlando Wohnrath e Flávio Rodrigues de Souza (ambos de SP)
Cartões amarelos: Osvaldo e Rafael Toloi (São Paulo). Chiquinho (Ponte Preta)
Público: 5.685
Renda: R$ 152.795,00

SÃO PAULO: Denis; Douglas, Lúcio, Rhodolfo (Rafael Toloi) e Cortez; Wellington (Paulo Miranda), Denilson e Jadson (Paulo Henrique Ganso); Cañete, Aloísio e Osvaldo
Técnico: Ney Franco

PONTE PRETA: Edson Bastos; Artur, Cléber, Ferrón e Uendel; Baraka, Memo (Xaves), Cicinho e Wellington Bruno (Diego Rosa); Chiquinho e William (Alemão)
Técnico: Guto Ferreira

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