Eleição no São Paulo marca ‘racha’ de aliados após 30 anos no clube

A eleição presidencial no São Paulo está marcada para abril do próximo ano, mas já deixa o clube em polvorosa, além de uma sensação de “déjà vu”. Os quatro principais personagens do processo estiveram sempre ao mesmo lado em suas trajetórias políticas. Isso desde 1984, quando Carlos Miguel Aidar foi eleito o presidente mais jovem da história tricolor, aos 37 anos, e teve em sua diretoria Juvenal Juvêncio, que hoje o apoia à sucessão, e também seus prováveis rivais na eleição de 2014: Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, e Kalil Rocha Abdalla (confira ao lado um vídeo sobre a disputa). O ex-superintendente de futebol Marco Aurélio Cunha, que conta com a simpatia de muitos torcedores, não será candidato, mas está na chapa de Kalil.

Os três postulantes a assumirem a cadeira de Juvenal deram entrevistas exclusivas aoGLOBOESPORTE.COM. Elas serão publicadas entre quarta e sexta-feira desta semana, em ordem alfabética: começando por Carlos Augusto, tendo Carlos Miguel e Kalil em sequência.

info TRAJETÓRIA DOS CANDIDATOS SP- 2 (Foto: arte esporte)

Por ironia do destino, e também resultado do estilo centralizador de governo de Juvenal, seu candidato é justamente o único que não fez parte de sua diretoria nos últimos sete anos. Leco e Kalil estiveram ao seu lado o tempo todo. O primeiro divide a situação ao não aceitar o apoio a Aidar, e o segundo pediu demissão para se lançar como opção da oposição, em movimento liderado por Marco Aurélio Cunha, que também fez parte das diretorias de Aidar, na década de 80, e Juvenal, mais recentemente, mas se desentendeu seriamente com o atual presidente, e também seu ex-sogro.

Além de revanchismos pessoais, o processo eleitoral do São Paulo é marcado por separações de aliados, acusações de traições, articulações por apoio, e até troca de e-mails “engraçadinhos” entre os rivais Aidar e Kalil, amigos de longa data, e que não descartam a presença do outro caso sejam eleitos em abril. Sem falar no estado de saúde de Juvenal, que faz tratamento para controlar um câncer de próstata descoberto há cerca de dois anos.

O período de maior conflito ocorreu entre os dias 5 e 12 de setembro. Na quinta-feira, antes de o São Paulo ser derrotado pelo Criciúma, no Morumbi, Juvenal Juvêncio convocou reunião e disse que havia quatro pré-candidatos a concorrerem pela situação: Aidar, Leco, o vice de comunicação Júlio Casares e o vice social Roberto Natel. Parceiro do presidente em toda a gestão, Leco estava certo de que seria indicado, mas a presença de Aidar causou estranheza.

Juvenal os liberou para buscar apoio entre os conselheiros e disse que a candidatura mais bem recebida no clube seria endossada. No entanto, apenas três dias depois, no domingo, o homem-forte do Morumbi chamou Carlos Miguel Aidar à sua casa e disse que ele havia sido escolhido. Ao serem comunicados, os outros três tiveram reações bem distintas.

Casares renunciou imediatamente à candidatura e jurou apoio para que o antigo presidente voltasse ao poder depois de 30 anos. Ele tem sido, inclusive, um dos defensores mais vorazes de Aidar. Natel não escondeu sua irritação. Dono de um dos sobrenomes mais tradicionais da história tricolor – é sobrinho de Laudo Natel, presidente na época da construção do Morumbi -, ele se chateou por ter sido preterido, mas também manteve o apoio à escolha.

Leco não aceitou. Deixou claro a Juvenal que não participaria da eleição de Aidar. Nos dias seguintes, anunciou sua candidatura publicamente e irritou o presidente. Velho companheiro, o atual vice sempre se destacou pela lealdade ao presidente, inclusive em 2011, quando apoiou a reforma estatutária que lhe garantiu o terceiro mandato, mesmo sendo contrário. Ele esperava, agora, ter Juvenal ao seu lado, e não entende como, em apenas três dias, tenha se chegado à conclusão de que Aidar era o melhor candidato. Leco havia sido alertado por diversas pessoas que as pré-candidaturas eram um jogo de cartas marcadas.

Agora, todos partem em busca de apoio. A eleição será realizada na segunda quinzena de abril. Apenas conselheiros escolhem o presidente. São 160 vitalícios, dos quais quatro já morreram, e 80 que serão eleitos pelos sócios na primeira metade do mesmo mês. Leco, Kalil e Aidar são vitalícios, e portanto podem ser candidatos à presidência. É diferente, por exemplo, de Marco Aurélio Cunha, que precisaria ter a assinatura de 55 vitalícios para disputar o cargo.

Kalil, ex-diretor jurídico da gestão de Juvenal, está certo de que vai ganhar graças à popularidade de Marco Aurélio Cunha entre os conselheiros que serão eleitos. A situação, por outro lado, busca impedir que a chapa de Marco Aurélio tenha assinaturas suficientes para concorrer ao Conselho. Faz parte da obssessão de Juvenal em afastar o ex-genro e ex-superintendente do Morumbi.

Aidar e Leco disputam o apoio dos conselheiros da situação, com vantagem para o primeiro justamente por ter o respaldo de Juvenal, que exerce enorme influência no clube. Leco tem seus aliados, e grande força entre a ala mais jovem, que, entretanto, possui poucas vagas no Conselho.

Fonte: Globo  Esporte

4 comentários em “Eleição no São Paulo marca ‘racha’ de aliados após 30 anos no clube

  1. Leco é GROTESCO !!
    Tenho 50 anos, e esse sujeito é um dos PIORES comandantes do SPFC
    que eu já presenciei.
    BARBARIDADE !!
    Que situação LÁSTIMAVEL ter de enxovalhar a LAMA !!!
    Que triste chegamos :
    ter receio do RIDÍCULO !!!!

  2. Nossa, imaginem o SPFC tendo o Leco como presidente…..kkkkk só rindo mesmo.

    Seria o fundo do poço.

    Escolher Aidar é escolher Juvenal por perto….e a torcida quer férias dele.

  3. Precisam e acabar com essa ditadura no SAMPA.
    Todos os socios deveriam ter direito a voto, inclusive os ST,
    ai sim, alanvacariam muitos STs, mas essa abertura jamais,
    fugiria do controle o acabrestamento desses conselheiros nao vitalicios, mas incosequentes, por distribuicao
    de ingressos, para jogos ou shows, enfim para um churrasquinho qualquer,
    ou mesmo um passeiozinho num dos jogos fora do Morumbi.
    Isso, e ou nao e uma ditadurinha, no reino do jj, e sua diretoria maldita,
    mentirosa, arrogante e politiqueira.
    Me importo muito, com o futttebol do time que sempre torci, e torcerei ate o final.
    Masss, esses politiqueiros, que se ferrem todos, mesmo, poucos se preocupam
    realmente com o clube SAO PAULO FC, E SEUS TORCEDORES.
    Sao politicos, politicos, mesmo, como todos os demais.
    Sao apenas gente nociva, inconsequentes.

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