Diniz tenta blindar o São Paulo antes de decisão contra o Internacional

O São Paulo tem uma decisão amanhã (4), no Morumbi. Caso vença o Internacional pela penúltima rodada do Campeonato Brasileiro, o Tricolor paulista garantirá uma vaga na fase de grupos da Copa Libertadores de 2020. Além de se preocupar em montar o esquema tático do time, o técnico Fernando Diniz trabalha nos bastidores para tentar blindar o elenco de interferências externas antes da “final”.

A tarefa, porém, não é das mais simples. Assim como faz antes de quase todos os confrontos, uma medida adotada pelo treinador foi fechar o treino de hoje para a imprensa – que só poderá acompanhar o aquecimento dos atletas, no CT da Barra Funda. Desta maneira, o comandante tem mais liberdade trabalhar e cobrar seus pupilos.

No dia a dia, a comissão técnica tenta focar cada vez mais as atenções dos jogadores para o CT da Barra Funda. Além da pressão por resultados, como acontece em todo time grande, o Tricolor paulista vive um momento político conturbado. O próprio executivo de futebol, Raí, tem vínculo com o São Paulo só até o fim desta temporada e há um movimento forte interno para que ele seja substituído por um conselheiro.

“Minha relação com o Raí é ótima, é um ídolo do clube, é uma pessoa que nos ajuda diariamente. Eu tenho uma relação extremamente positiva. Internamente a gente se blinda [o time da política interna] trabalhando constantemente, melhorando o jogador”, disse Diniz, que também é bastante pressionado por conselheiros e torcedores por melhores resultados.

Para se aproximar ainda mais dos atletas e evitar ruídos de comunicação, Diniz prefere ele mesmo conversar com cada jogador – em geral são os auxiliares que têm uma relação mais próxima com os boleiros. Formado em psicologia, ele gosta de falar com os integrantes do elenco para tentar entender as dificuldades e o que pode ser melhorado.

Para muitos, a oscilação de rendimento que o São Paulo tem apresentado durante a temporada está muito ligada ao emocional. Por isso mesmo, a missão de deixar os jogadores livres de outras preocupações é vista como essencial para que o time conquiste uma vitória e garanta a sua classificação.

Suspenso e tranquilo?

O fato de ter de cumprir suspensão automática por receber o terceiro cartão amarelo no Brasileirão não assusta Diniz. Ainda nesta estratégia de blindar o time dos problemas, ele faz questão de minimizar o problema e de exaltar o seu substituto, o assistente Márcio Araújo, que tem vasta experiência como técnico principal.

A derrota para o Grêmio por 3 a 0 no último domingo e a entrevista de Diniz após o confronto não foram bem avaliadas por conselheiros e torcedores. Além do desempenho abaixo do esperado do time, chamou a atenção uma declaração do treinador especificamente. Ele disse que, se ficar no Tricolor paulista por oito meses, o time “vai jogar melhor do que o Fluminense”. Ele se referia à postura e evolução tática de sua equipe —em termos de rendimento, quando foi demitido nas Laranjeiras, o clube carioca estava na zona de rebaixamento do Brasileirão. Ainda assim, o treinador tenta manter a tranquilidade e aplicar a sua metodologia de trabalho.

 

Fonte: Uol

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