Ceni vê elenco carente e considera permanência de Lucas um reforço

Durante os seis meses em que ficou se recuperando de cirurgia no ombro direito, sempoder ser escalado, Rogério Ceni se frustrou com os fracassos na busca do título paulista, que considerava certo, e da Copa do Brasil, que achava até provável. De fora, a análise do capitão é de que o elenco, enaltecido como competitivo pelo presidente Juvenal Juvêncio, é desequilibrado. E pede para que, ao menos, Lucas não seja negociado.

“Principalmente no momento em que perdemos o Fernandinho e o Osvaldo, que seriam nossas outras forças pelos lados do campo, o Lucas traz uma esperança muito grande por título. Um dos maiores reforços que o São Paulo pode ter a permanência deste menino que é diferenciado e, no momento do futebol  brasileiro, é um dos mais importantes do País”, enalteceu o goleiro.

O camisa 01 começou o ano animado pela presença de Fernandinho, vendido ao futebol árabe, Osvaldo, machucado, e Lucas, hoje na Seleção Brasileira. Agora, avisa que faltará peça de reposição. “Gostaria muito que o Lucas ficasse, independentemente de valores. Não sei quanto ele vale nem a situação financeira e as necessidades do clube. Dizem que ele vale R$ 70 milhões, R$ 80 milhões, R$ 90 milhões, mas não sei quanto se gastaria para comprar outro Lucas.”

Luiz Pires/VIPCOMM

Elenco cheio de jovens é considerado desequilibrado por Rogério Ceni, que pede mais contratações

Perder o camisa 7, pelo qual Juvenal já recusou oficialmente proposta de 33 milhões de euros (cerca de R$ 82 milhões) do Manchester United, só complicaria a situação de um grupo que precisa de mais contratados na visão de seu atleta mais experiente. “Temos carências em alguns setores e outros com um número grande de jogadores. Há um desequilíbrio. É necessário reforçar o elenco em algumas posições”, opinou Ceni.

 

A análise, porém, não é uma crítica a Juvenal Juvêncio. O goleiro defende o presidente até na demissão de Emerson Leão, o quinto técnico a deixar o clube desde a saída de Muricy Ramalho, há três anos. “Em todos os lugares tem técnico demitido, só não teve em alguns lugares neste ano. Faz parte do mundo do futebol.”

Cair nas semifinais dos dois torneios já disputados no ano também é minimizado pelo camisa 01. “Até o Barcelona sofre eliminações em todos os anos. Ninguém ganha tudo todo ano. Em 2005, ganhamos o Paulista, a Libertadores e o Mundial, mas perdemos o Brasileiro. Sempre tem frustração durante o ano. O nosso problema é que, a partir de 2009, não tivemos mais oportunidade de título e vai passando a paciência do torcedor”, falou, lembrando do jejum de título que dura desde o Brasileiro de 2008.

Agora à disposição de Ney Franco, Ceni quer ver todos se empenhando por melhores resultados. “Daqui para a frente, temos que fazer o São Paulo mais forte e cada vez melhor. Temos dias difíceis, problemas, somos irregulares, nossa campanha não é excepcional, mas precisamos trabalhar. E trabalhando já é difícil. Só não podemos parar no tempo ou achar que está bom se ganhamos um jogo. Precisamos vencer mais jogo do que a média dos que temos vencido”, cobrou.

Fonte: Gazeta Esportiva

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