São quase seis meses sem compartilharem o mesmo ambiente. Após ter sua aposentadoria sacramentada no dia 5 de dezembro do ano passado, Rogério Ceni reencontrará um de seus ex-companheiros de São Paulo nos Estados Unidos. Convidado para ser o auxiliar pontual do técnico Dunga na Copa América Centenário, a equipe contará com o reforço de Paulo Henrique Ganso, convocado às pressas para substituir Kaká, cortado por lesão.
Velhos conhecidos, Ganso espera poder contar com o auxílio de Ceni para seguir evoluindo na atual temporada. O meia encheu o ex-companheiro de elogios e admitiu buscar orientações com ele para poder mostrar seu melhor futebol também na Seleção Brasileira após os jogos vistosos que protagonizou com a camisa tricolor, principalmente na Copa Libertadores.
“Não sei nem o que falar do Rogério Ceni, ele é um mito como pessoa e profissional. Quer ganhar tudo, até par ou ímpar. Sempre conversei bastante com ele aqui, ele me ajudou bastante, amadureci muito com ele. Vou pedir orientação, ver o que posso melhorar com ele. Quem está de fora pode analisar melhor. Sem dúvidas vou conversar para melhorar ainda mais”, disse Ganso.
Vivendo uma fase bem diferente comparada à que vivia na época em que Ceni ainda estava em atividade, Ganso acredita que o fato do São Paulo estar lutando por conquistas importantes em 2016 acaba ajudando os jogadores da equipe a receberem grandes oportunidades nas seleções nacionais. Além do meia, Rodrigo Caio e Mena também participarão da Copa América, o último defendendo a seleção chilena.
“Você começa a disputar títulos e passa a ser olhado de uma maneira diferente. Nossa equipe cresceu muito, vamos mostrando nossa qualidade e quando se disputa títulos o olhar é diferente”, disse o jogador, que pede tranquilidade para ir bem na Seleção. “Quando você perde, você é pressionado. Quando você ganha, você é o melhor. A pressão vai existir e todo jogador da Seleção tem que ter tranquilidade, saber disso e fazer o seu melhor”.
Fonte: Gazeta Esportiva
Eu sei que os idólatras vão me maldizer mas não dá para não comentar:
Quando o RC “reinava” no vestiário, muitas vezes critiquei seu endeusamento e dizia que, se ajudava, por um lado, por outro atrapalhava o desenvolvimento de novas lideranças e inibia os mais jovens de participar com ideias e jogarem à vontade, de medo da avaliação do ídolo. Comentava, também, que muitos atletas “pagavam” uma admiração forçada a ele, para não desagradar torcedores e ficar isolado entre os colegas.
Agora, quando todos comentam a melhora nos vestiários do tricolor e no ambiente mais leve e harmonioso, não vejo como não associar uma coisa a outra: a aposentadoria do Rogério e a melhora no ambiente, hoje mais leve e equilibrado entre os atletas, que são mais solicitados a entrevistas e participações nos eventos do clube, e vemos novas lideranças surgindo, a despeito de não serem aquelas especuladas pelo clube quando da aposentadoria do goleiro…