Ainda sem técnico, São Paulo deve manter 3-5-2 dos últimos títulos

O São Paulo não conquista um título desde o Brasileiro de 2008, um jejum que pode completar quatro temporadas, exatamente o período em que todos os técnicos que passaram pelo clube tentaram abrir mão do 3-5-2. No comando interino da equipe, Milton Cruz não fará o mesmo e já avisa: dificilmente abandonará a tática campeã paulista, da Libertadores e do Mundial de 2005 e tricampeã nacional de 2006 a 2008.

“Vai depender do Coritiba, mas eu gostaria de manter a mesma equipe. Mesmo fora de casa, tivemos mais posse de bola e oportunidades de fazer gol contra um time que estava invicto e na liderança do campeonato. Nós nos comprometemos muito bem”, falou o coordenador técnico, planejando manter no domingo o mesmo posicionamento da vitória sobre o Cruzeiro, no sábado.

Enquanto Muricy Ramalho (em sua reta final no clube), Ricardo Gomes, Sérgio Baresi, Paulo César Carpegiani, Adilson Batista e Emerson Leão basearam seus trabalhos no 4-4-2 e não ergueram nenhuma taça na equipe, Milton Cruz optou logo pelo 3-5-2. Como novidade, incumbiu a todos em campo de alguma marcação individual, com exceção de Luis Fabiano e Denis.

Rubens Chiri/www.saopaulofc.net

Milton Cruz apostou em marcação individual e, no 3-5-2, tirou a liderança e a invencibilidade do Cruzeiro

Diante do Cruzeiro, por exemplo, Lucas ficou com Charles, Jadson com Leandro Guerreiro, Cortez com Léo, Douglas com Everton, Maicon com Tinga, Denilson com Montillo, João Filipe (por ser mais rápido) com Fabinho e Rhodolfo e Edson Silva se revezando com Wellington Paulista. Luis Fabiano só deveria aproveitar algum vacilo dos zagueiros Rafael Donato e Victorino.

 

As únicas falhas ocorreram em bolas paradas que Rafael Donato colocou no gol por, além dos erros são-paulinos, mérito seu na avaliação de Milton Cruz. Contra o Coritiba, o posicionamento deve ser bem similar e pouco treinado – o coordenador técnico não gosta de dar coletivos, prefere trabalhos técnicos e táticos.

“Dei força à marcação com três zagueiros, nossa marcação foi perfeita”, comemorou o interino, avisando, porém, que não ficará refém da tática. “O Leão punha jogadores para pegar ritmo mantendo um padrão de jogo. Mas, dependendo do adversário e das peças que temos à disposição, é possível variar o esquema tático. Como eu e o Rojas fizemos em 2003 com vários jogos no 3-5-2 e outros com duas linhas de quatro.”

Desta forma, a esperança é de que, no esquema dos recentes sucessos, a festa volte ao Morumbi. “O torcedor pode esperar que o São Paulo, primeiro, vai tentar ficar entre os quatro primeiros (colocados do Brasileiro) para voltar à Libertadores. Depois, brigará pelo título, que é o que buscamos sempre que entramos em uma competição. Temos jogadores e time para isso”, apostou.

Fonte: Gazeta Esportiva

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