Apresentado como novo técnico do São Paulo na última segunda (12), Diego Aguirre tem uma característica pouco comum para a cultura futebol brasileiro: o rodízio de jogadores durante a temporada. O levantamento feito pelo LANCE!mostra que o treinador uruguaio utilizou quase 40 jogadores diferentes quando dirigiu o Internacional, em 2015, e o Atlético-MG, no primeiro semestre do ano seguinte. Na prática, significa que o comandante deve dar chance para todos no Tricolor.
Campeão gaúcho e semifinalista da Copa Libertadores pelo Colorado, Aguirre comandou a equipe de Porto Alegre em 47 partidas oficiais. Ao todo, colocou em campo 39 atletas durante o período e conseguiu 24 vitórias, 15 empates e oito derrotas, somando 61,7% de aproveitamento dos pontos disputados.
Quando foi contratado para assumir o Galo, o uruguaio demonstrou postura muito semelhante e, em 29 jogos – desconsiderados os amistosos de pré-temporada – escalou 36 nomes diferentes com a camisa do clube mineiro. Por lá, Aguirre fez 29 partidas, com um histórico de 14 vitórias, sete empates e oito derrotas, o que lhe rendeu 56,3% de retrospecto.
Atualmente, o elenco do São Paulo tem pouco mais de 30 jogadores, considerando os garotos promovidos do CT de Cotia e os nomes que estão no departamento médico. A tendência é de que Aguirre faça um rodízio entre os atletas e nomes pouco utilizados no clube, como Paulo Henrique, Pedro Augusto, Lucas Fernandes, Bissoli e Paulo Boia devem ganhar oportunidades no Tricolor com a nova comissão técnica.
O treinador não tem problema em falar sobre o assunto. Na opinião do uruguaio, o calendário apertado do futebol brasileiro e os grandes deslocamentos pelo país nas competições nacionais obrigam a revezar os atletas para manter uma equipe competitiva durante toda a temporada.
– É uma coisa que você pode trabalhar bem, ter um grande elenco e ficar perto de um título. Com o Inter chegamos na semifinal da Libertadores e, no futebol, ganhar ou perder a diferença é mínima. Acredito no trabalho. Quero ganhar e quero ser campeão. Tenho a convicção do meu trabalho e sei que é possível ganhar alguma coisa importante – disse o uruguaio quando questionado sobre o tema em sua apresentação no Tricolor do Morumbi.
Apesar de o panorama ser positivo para os jogadores que não tiveram tanta chance com Dorival Júnior, o rodízio deve demorar mais do que o habitual para ser aplicado. Afinal, o São Paulo está nas quartas de final do Campeonato Paulista, na terceira fase da Copa do Brasil e, em um mês, estreia na Copa Sul-Americana contra o Rosário Central, na Argentina.
Fonte: Lance
Valdelino disse tudo no comentário abaixo, nos jogos importantes tem que entrar com força total.
nunca vi fazer rodizio e jogar clássicos com jogadores considerados reservas.
Abraços
Boteco Tricolor
Se colocar o time titular nos jogos importante, principalmente os clássicos, pode rodar a vontade. Considero a rodagem exatamente para isso, a de ter o time inteiro para os jogos importantes, não fazer como o Ozório que rodava por filosofia de vida.