São Paulo conta com invencibilidade na altitude boliviana

Esqueça a bela vantagem conquistada pelo São Paulo com a goleada de 5 a 0 sobre o Bolívar no jogo de ida da primeira fase da Libertadores. Se levar em consideração apenas o seu retrospecto histórico em partidas na altitude boliviana, o São Paulo não terá motivos para preocupar-se com a dificuldade de atuar nos 3,6 mil metros acima do nível do mar de La Paz, na próxima quarta-feira, no duelo de volta. Em sua história, o Tricolor jamais perdeu jogando nas altas cidades da Bolívia. Foram seis jogos ao todo, com três vitórias são-paulinas e três empates.

Curiosamente, o rival do clube do Morumbi por uma vaga na fase de grupos da Libertadores fez parte da inesquecível campanha do primeiro dos três títulos do São Paulo na competição mais importante da América do Sul. Em 1992, em confronto pela fase de grupos, os comandados do falecido técnico Telê Santana foram até La Paz e voltaram com um empate em 1 a 1 com o Bolívar. Três dias antes, em Oruro, cidade ainda mais alta do que a capital boliviana – com 3,7 mil metros de altitude -, o Tricolor havia batido, com louvor, o San Jose por 3 a 0.
Antes disso, em 1974, quando o São Paulo acabou perdendo a final da Libertadores para o argentino Independiente, o time também trouxe resultados convincentes da altitude boliviana. Uma vitória por 1 a 0 sobre o Jorge Wilsterman, em Cochabamba (2,5 mil metros acima do nível do mar), e um empate em 1 a 1 com o Deportivo Municipal, em La Paz.

Nos duelos mais recentes, lá estava o goleiro Rogério Ceni. Na campanha do tricampeonato são-paulino da Libertadores, em 2005, o camisa 1 sofreu três gols, mas o Tricolor buscou um empate por 3 a 3 com o The Strongest, no estádio Hernando Siles, palco também do duelo desta semana. Dois antes, em 2003, pelas quartas de final da Copa Sul-Americana, Ceni sofreu apenas um tento e o seu time goleou o mesmo The Strongest por 4 a 1, em La Paz. Na ocasião, Luis Fabiano, que agora voltou à Bolívia com o São Paulo, marcou um dos gols.

“Eu joguei duas vezes contra o The Strongest. E lembro que teve um jogo que na saída de bola eles já chutaram no gol”, lembrou Rogério, antes de embarcar para a Bolívia. “O Bolívar vai pressionar e bater muito a gol desde o começo do jogo. Mas estamos preparados para essa pressão”, emendou o capitão tricolor.

Jogos do São Paulo na altitude boliviana

14/4/1974 – Jorge Wilsterman 0 x 1 São Paulo – Cochabamba (2,5 mil metros)
17/4/1974 – Deportivo Municipal 1 x 1 São Paulo – La Paz (3,6 mil metros)
17/3/1992 – San Jose 0 x 3 São Paulo – Oruro (3,7 mil metros)
20/3/1992 – Bolívar 1 x 1 São Paulo – La Paz (3,6 mil metros)
29/10/2003 – The Strongest 1 x 4 São Paulo – La Paz (3,6 mil metros)
3/3/2005 – The Strongest 3 x 3 São Paulo – La Paz (3,6 mil metros)

Para manter o seu bom retrospecto na Bolívia, superar a altitude e avançar na Libertadores, Rogério pede que a cabeça não seja o problema dos seus companheiros de equipe.

“Jogar na altitude pode ser difícil, mas está muito ligado ao lado psicológico. Existe a parte prática, muda muito a velocidade da bola e pode faltar ar, por exemplo. Mas quanto mais se fala sobre isso, mais se entra com isso na cabeça e isso pode atrapalhar”, comentou o ídolo da torcida são-paulina.

Vale lembrar que passando pelo Bolívar, o São Paulo terá garantido mais um jogo em La Paz e a chance de aumentar o seu bom retrospecto por lá, já que o The Strongest faz parte do grupo 3 da Libertadores de 2013, ao lado do Atlético-MG e do argentino Arsenal Sarandí.

Fonte: Uol

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