Esqueça a bela vantagem conquistada pelo São Paulo com a goleada de 5 a 0 sobre o Bolívar no jogo de ida da primeira fase da Libertadores. Se levar em consideração apenas o seu retrospecto histórico em partidas na altitude boliviana, o São Paulo não terá motivos para preocupar-se com a dificuldade de atuar nos 3,6 mil metros acima do nível do mar de La Paz, na próxima quarta-feira, no duelo de volta. Em sua história, o Tricolor jamais perdeu jogando nas altas cidades da Bolívia. Foram seis jogos ao todo, com três vitórias são-paulinas e três empates.
Nos duelos mais recentes, lá estava o goleiro Rogério Ceni. Na campanha do tricampeonato são-paulino da Libertadores, em 2005, o camisa 1 sofreu três gols, mas o Tricolor buscou um empate por 3 a 3 com o The Strongest, no estádio Hernando Siles, palco também do duelo desta semana. Dois antes, em 2003, pelas quartas de final da Copa Sul-Americana, Ceni sofreu apenas um tento e o seu time goleou o mesmo The Strongest por 4 a 1, em La Paz. Na ocasião, Luis Fabiano, que agora voltou à Bolívia com o São Paulo, marcou um dos gols.
“Eu joguei duas vezes contra o The Strongest. E lembro que teve um jogo que na saída de bola eles já chutaram no gol”, lembrou Rogério, antes de embarcar para a Bolívia. “O Bolívar vai pressionar e bater muito a gol desde o começo do jogo. Mas estamos preparados para essa pressão”, emendou o capitão tricolor.
Jogos do São Paulo na altitude boliviana
14/4/1974 – Jorge Wilsterman 0 x 1 São Paulo – Cochabamba (2,5 mil metros) |
17/4/1974 – Deportivo Municipal 1 x 1 São Paulo – La Paz (3,6 mil metros) |
17/3/1992 – San Jose 0 x 3 São Paulo – Oruro (3,7 mil metros) |
20/3/1992 – Bolívar 1 x 1 São Paulo – La Paz (3,6 mil metros) |
29/10/2003 – The Strongest 1 x 4 São Paulo – La Paz (3,6 mil metros) |
3/3/2005 – The Strongest 3 x 3 São Paulo – La Paz (3,6 mil metros) |
Para manter o seu bom retrospecto na Bolívia, superar a altitude e avançar na Libertadores, Rogério pede que a cabeça não seja o problema dos seus companheiros de equipe.
“Jogar na altitude pode ser difícil, mas está muito ligado ao lado psicológico. Existe a parte prática, muda muito a velocidade da bola e pode faltar ar, por exemplo. Mas quanto mais se fala sobre isso, mais se entra com isso na cabeça e isso pode atrapalhar”, comentou o ídolo da torcida são-paulina.
Vale lembrar que passando pelo Bolívar, o São Paulo terá garantido mais um jogo em La Paz e a chance de aumentar o seu bom retrospecto por lá, já que o The Strongest faz parte do grupo 3 da Libertadores de 2013, ao lado do Atlético-MG e do argentino Arsenal Sarandí.
Fonte: Uol