Carlos Miguel Aidar

Entrevista exclusiva de Carlos Miguel Aidar ao Tricolornaweb

 

FUTEBOL

1) Qual sua opinião sobre a atual comissão técnica, principalmente Muricy Ramalho?

R: Não poderia ser melhor. O retorno do Muricy ao comando do SPFC era desejado por mim, que o havia avisado que seria por mim chamado em abril tão logo assumisse a presidência do clube. O Juvenal antecipou-se. Gostei. Os demais membros da comissão igualmente são de primeira linha. Oirei com eles até o fim do meu primeiro mandato.

2) Nos últimos anos, ainda que a diretoria tenha trazido jogadores que se destacaram em seus clubes, as contratações têm decepcionado. A diretoria insiste em afirmar que o elenco é bom. O que o senhor acha disso?

R: Sem dúvida o elenco é bom, mas nem sempre você acerta. Isto é o futebol, não dá para discutir. Bons jogadores vieram e se foram sem provar a razão de terem sido contratados, porém outros já justificaram e são titulares. Por isso acredito sempre na capacidade dos diretores e da comissão técnica, embora às vezes mudanças sejam necessárias até mesmo na direção do futebol. O importante é você ter consciência disso.

3) Ainda nessa linha, quais critérios o senhor pretende utilizar para contratar jogadores e reforçar o time?

R: Critérios da necessidade, da oportunidade e da capacidade financeira.

4) A diretoria do São Paulo, assim como em outros clubes, subsidia as torcidas organizadas com privilégio em ingressos e nas viagens. Qual vai ser a sua relação com estar torcidas, que só mancham o nome do clube?

R: Desconheço qualquer subsídio que o SPFC dê a quaisquer de suas torcidas. Na minha gestão haverá sempre estímulo ao torcedor que é a mola mestra da equipe em termos motivacionais sem que isso signifique necessariamente subsídio, se é que você esteja falando em aporte financeiro.

5) Qual vai ser sua atitude, a partir do momento que assumir o cargo, em relação ao projeto de cobertura do estádio do Morumbi?

R: Irei coloca-lo em prática desde o primeiro dia. Ele é absolutamente necessário para que o Morumbi não se torne obsoleto comparativamente com o Palmeiras e o Corinthians.

6) Onde pretende construir os estacionamentos?

R: Nos únicos locais onde são possíveis economicamente falando. Qualquer outro projeto será de valor infinitamente mais dispendioso. Contudo, a construtora a quem for delegada a obra é quem decidirá junto comigo e minha diretoria de obras.

7) Como pensa em administrar o CFA Laudo Natel, em Cotia, hoje alvo de muitas críticas e denúncias, e que não tem revelado jogadores com a qualidade que se deseja, dada a estrutura de primeiro mundo ali existente?

R: A ideia inicial é transformar o CFA Laudo Natél em unidade autônoma de negócio, não apenas para se auto sustentar, como para dar lucro, considerando também o fato de que lucro no caso poderá ser igualmente o aproveitamento no time principal de atletas formados na base.

8) Já ouvi falar até em “terceirização” do CT de Cotia. O senhor é a favor? Se for, explique a razão e como o São Paulo lucraria com isso.

R: Não há essa hipótese, o CFA Laudo Natél em Cotia é e será sempre do São Paulo F. C. Não haverá espaço algum para terceirizar seu funcionamento ou sua exploração. Ao contrário, será a primeira Universidade Brasileira do Futebol genuína e exclusivamente são-paulina.

9) Já tem ideia formada sobre os nomes para constituir o departamento de futebol? Poderia citá-los?

R: Não tenho nomes para divulgar, embora seja claro que os tenho na cabeça. Porém, o momento não é oportuno e nem falei com eles sobre isso.

10) Recentemente, quando o time estava em situação ruim no Brasileiro, a diretoria reduziu drasticamente os preços e conseguiu lotar o Morumbi. Mas hoje tudo voltou ao normal em termos de preço. O que o senhor pensa sobre o preço dos ingressos?

R: Penso que os ingressos populares deverão ser reduzidos, como igualmente entendo que os preços devam ser móveis, significando isso dizer que os jogos mais importantes deverão ter valores de ingressos pouco mais onerosos que jogos menos importantes. Agrada-me a ideia de ingressos a preços reduzidos e o Morumbi lotado.

CLUBE

1) É inegável que o clube melhorou muito nos últimos anos, com obras e manutenção. De maneira geral, o que o senhor vê como prioridade a fazer no campo social?

R: Continuidade das obras, ampliação da segurança, expansão social, teatro, restaurante e, acima de tudo, estacionamentos confortáveis com preços diferenciados para associados comparativamente com torcedores não sócios . Tudo isso será executado durante a primeira gestão.

2) Já vem de muito tempo um pleito no Departamento de Tênis por cobertura de algumas quadras. Isso é possível? Se for, quando a obra poderia ser realizada?

R: Por ora a ideia é criar duas quadras de squash, melhorar a iluminação das quadras de tênis e, mais para frente, construir um ginásio com uma quadra coberta para receber torneios oficiais.

3) O clube não tem, hoje, um salão social compatível com suas necessidades. O atual não apresenta estrutura adequada para as grandes festas que são realizadas. Tem em seu projeto a construção de um novo salão? Se sim, onde seria?

R: Sim, já anunciei oficialmente isso. Será em baixo da parte superior de um dos estacionamentos novos, mais precisamente ao lado do G3.

4) Temos, hoje, duas piscinas que dignificam o sócio do São Paulo: a Olímpica, recém-inaugurada e a dos cogumelos, até com hidromassagem. Também temos as duas ligadas ao Biribol. Mas há uma piscina, a do chafariz, que está em estado lastimável. O que se pretende para ela? Já ouvi falar até em construção de um “bar molhado”. Qual o seu projeto?

R: O bar molhado, defendido por uma pequena parcela de alguns poucos sócios, não será executado por mim, porque pretendo dar um melhor aproveitamento da área de lazer na água. O bar molhado fica para os resorts, não para um clube social como o São Paulo F. C.

5) A Academia foi outro setor que recebeu muitos equipamentos, mas hoje encontra-se “estrangulada”, pelo reduzido espaço em vista do número de sócios que a frequenta. Qual seu projeto para a Academia?

R: Recente conversei com o diretor da área, que, para quem não sabe, é candidato ao Conselho representando a academia. Em seu entender a área está com ocupação adequada e, como qualquer academia, tem horários de picos, mas sempre há vagas para os sócios. Ninguém deixa de fazer ginástica por falta de equipamento ou de horário disponível.

6) Apesar das lanchonetes localizadas no Solarium, na piscina, no Futebol Social, no G5 e o Habib’s, os sócios reclamam da falta de um restaurante digno para quem passa o dia inteiro no clube. O que o senhor pensa sobre esse assunto?

R: Concordo, embora os citados por você sejam todos dignos. Isto não impedirá um restaurante pouco mais sofisticado, ao estilo do Koji, não necessariamente na especialidade gastronômica do mesmo, que será construído quando da criação do edifício garagem ao lado do G3, com vista para o parque aquático. Será um local cobiçado para exploração comercial de restaurantes de respeito no cenário paulistano.

7) O São Paulo teve seu estatuto alterado, passando o mandato presidencial para três anos com direito a uma reeleição, e o dos conselheiros para seis anos. Qual sua posição sobre o atual tempo de mandato? Se houver contrariedade pensa em mudá-lo? Quando?

R: Entendo que o Conselho por 6 anos é o limite, assim como o mandato de 3 anos é o ideal com direito a uma reeleição.

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