Um mês de Dorival: São Paulo evolui, mas segue ameaçado pela degola

Dorival Júnior completa nesta quinta-feira um mês no cargo de técnico do São Paulo. No dia 10 de julho, em sua entrevista de apresentação, o treinador falou em “buscar o emergencial”, que era tirar o time da zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro. Após sete jogos, contudo, o Tricolor continua entre os quatro últimos colocados e cada vez mais ameaçado de sofrer o que seria o maior vexame de sua história.

O início do trabalho foi promissor. Apesar do empate com o lanterna Atlético-GO e da derrota para a Chapecoense, a equipe mostrou poder de reação no triunfo sobre o Vasco e empate diante do Grêmio, mas sobretudo na épica vitória de virada por 4 a 3 frente ao Botafogo, no Rio de Janeiro, naquele que foi o ápice até o momento da era Dorival.

Após aquela partida, o clima de confiança tomou conta de elenco, comissão técnica e diretoria. Alguns jogadores, inclusive, vislumbraram saltos maiores, como uma vaga na Copa Libertadores da América.

Os resultados subsequentes, porém, mostraram uma outra realidade. As derrotas para Coritiba, em pleno Morumbi lotado, e Bahia, em Salvador, devolveram o São Paulo para a zona do descenso, abalando novamente o astral do grupo.

“O emocional está um pouco mais complicado. Nos últimos jogos, isso foi visto. Eu e outros líderes do grupo tentamos dar essa confiança para os companheiros após levar o gol. O treinador está trabalhando muito nisso”, afirmou Lucas Pratto, em entrevista coletiva, na última quarta-feira.

Com Dorival no comando, o São Paulo ostenta um aproveitamento de 38% dos pontos disputados em um total de sete partidas, sendo duas vitórias, três derrotas e dois empates. Os números, por enquanto, são inferiores aos do antecessor Rogério Ceni, que deixou o clube com 49,5% de aproveitamento, com 14 vitórias, 13 empates e dez derrotas.

Na parte tática, entretanto, o São Paulo evoluiu, na avaliação dos jogadores. Dorival tem prezado pela repetição do time titular, alterando peças apenas por necessidade, como em casos de lesão ou suspensão. Muito embora o comandante tenha acenado no treinamento desta quarta-feira com uma série de mudanças para o duelo com o Cruzeiro.

“O Dorival está mantendo uma disciplina tática, atuando na maioria dos jogos com a mesma formação. Nos últimos dois jogos, o Hernanes atuou mais fechado, mas o resto é o mesmo”, analisou o centroavante, alertando para a vulnerabilidade da defesa tricolor, que é a sexta mais vazada no Brasileirão, com 26 gols sofridos.

“Temos de recuperar a bola o mais rápido possível e, quando não conseguirmos, armar a defesa rapidamente. Temos de corrigir com urgência para não tomarmos tantos gols e melhorar nessa questão”, ressaltou o camisa 14, artilheiro do time no ano, com 12 gols.

O primeiro passo para tirar o status de ameaçado do São Paulo é vencer o Cruzeiro, neste domingo, às 11 horas (de Brasília), no Morumbi, pela 20ª rodada do Brasileiro. Um triunfo tira o time da zona de rebaixamento ao menos momentaneamente, já que a Chapecoense não joga na rodada.

“É a primeira semana cheia que o Dorival tem para trabalhar. É um começo de segundo turno para começar do zero e sair dessa situação que incomoda a todos”, encerrou.

 

Fonte: Gazeta Esportiva

6 comentários em “Um mês de Dorival: São Paulo evolui, mas segue ameaçado pela degola

  1. Evolui???
    Onde???
    Concordo com o Cadu, onde já se viu um técnico ficar de joelhos nas cobranças de pênaltis, alisar a careca do auviliar, vestir cakça da sorte e ficar beijocando medalinha da Nossa Senhora.
    Ridículo.
    Bizarro.
    E tem gente que ainda acha o Cuca um grande treinador.

  2. Acredito no trabalho do Dorival e ainda acho que vai calar a boca de muitos. Se não acontecer, paciência, mas tenho esperança que tudo vá se resolver.

    O cara esta pouquíssimo tempo e já querem outro fala sério!!!

  3. Toda vez que um time “grande” vai mal e o trabalho do treinador é questionado pelos números, ele sai com essa justificativa que é uma verdadeira pérola: “O EMOCIONAL É QUE ESTÁ ATRAPALHANDO!” Só rindo… os caras recebem salários muito acima da média do que é pago ao um trabalhador brasileiro. Tem um padrão de vida com qualidade inquestionável… e ainda vem alegar que o problema é o EMOCIONAL. Acorda Dorival Junior… e arruma outra desculpa, porque essa não cola. O que está faltando é treinamento de fundamentos – nem escanteios os caras acertam – é uma proposta tática ajustada aos caras que temos no plantel. Certamente, você não vai conseguir isso na boa, somente falando e treinando handebol. Só vai conseguir colocando os caras certos e mandando se empenharem, muito mais do que vem se empenhando. Assista um jogo do time da zona leste, somente um jogo, e perceba o que é empenho em campo. Acorda Junior… se não você vai ficar com o troféu de pior treinador de todos os tempos. E a razão será levar o Tricolor para a serie B.

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